Rodolfo Juarez
Estamos
a cindo dias das eleições nacional e regional, em segundo turno de votação, e o
eleitor faz questão de esquecer a ideologia dos partidos e saírem para mostrar
o que pensam dos candidatos e suas histórias.
Fazia
tempo que o eleitor brasileiro não se importava e pouco ligava para o partido e
os seus representantes que estavam no Poder ocupando os principais cargos da
República. Desta feita o eleitor, desincumbindo-se da missão que a legislação
lhe entrega para cumprir, mostra-se disposto a ignorar tudo, declarar a
política sem líderes e procurar um caminho novo, pelo menos no âmbito nacional.
A
política oferece essas oportunidades circunstanciais que movem uma nação inteira
no rumo que entendem ser melhor e que possa representar o que pensa a maioria
do povo. Muitas vezes, como parece ser agora, a preferência vem para negar um
modelo de gerencia, encerrar um período com tantos problemas, fechar uma etapa
da administração pública nacional.
Nem
mesmo os instrumentos modernos disponíveis e que podem ser usados
diversificando as oportunidades, têm suportado a vontade popular de
participar observadas as convicções que
assumem e que estão mostrando as dificuldades e facilidades de um pleito e
revelando que a “máquina gerencial eleitoral” precisa de reparos urgentes e de
medidas que possam reconquistar a confiança de todos.
É uma
campanha onde o jovem se mostra nas ruas, embrulhados em bandeiras ou
tremulando-as com orgulho e sabendo o que pretende com esse ato. Os motivos
estão dentro de casa ou chegam dentro da casa pelos meios de comunicação, agora
ampliados pela disponibilidade das redes sociais.
Os
pontos fracos e completamente inadequados vêm daqueles que têm obrigação de
serem éticos e profissionais - os marqueteiros.
São
eles que recebem os recados desesperados dos coordenadores de campanha para
fazer isso ou aquilo; mas são eles que vasculham os porões da imoralidade para
tentar iludir o eleitor, apresentando peças publicitárias que são verdadeiros
atos irresponsáveis porque conduzem o eleitor a erro.
As
eleições de 2018 mostram um grupo de auxiliares de publicidade ou de programa
político ou de inserções para serem veiculados nos horários “gratuitos”
colocados à disposição, pela Justiça Eleitoral, aos partidos e candidatos e que
irritam e envergonham o telespectador, mesmo sem qualquer resultado prático, a
não ser o da desmoralização do processo.
Os
candidatos se valem disso para ocupar os horários e não apresentam as suas
propostas e os seus argumentos, e quando apresentam são vazios, inviáveis,
muito mais próximos da mentira do que das expectativas desenhadas pelo eleitor.
Temas
nacionais como desenvolvimento e crescimento, qualidade de vida e ambiente para
o trabalho, profissionalismo e desemprego, pobreza e riqueza, administração e
corrupção, impunidade e desafio, transparência e conhecimento, entre tantos são
deixados para a maresia interpretativa do eleitor, que fica duvidando até da
sua real importância como definidor da escolha.
Por
aqui, no Amapá, restou a estrofe de uma mesma música, que há 24 anos vem sendo
cantada sem qualquer afinação e deixando a canção sem qualquer sucesso e a
população no aperto, vendo um Estado sem rumo, engolido pela crise que faz
questão de ampliar, ou se valendo de projetos amadores e exageradamente
pessoais.
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