quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Eleições 2018: o eleitor está com a palavra


Rodolfo Juarez
Está chegando a hora para que os 512.110 eleitores habilitados a votar, decidirem, democraticamente, quais serão as pessoas que, durante os próximos quatro anos, de janeiro de 2019 a dezembro de dezembro de 2022, estarão representando o povo ou administrando os interesses desse povo.
As eleições de 2 senadores, 8 deputados federais, 24 deputados estaduais definem os 34 representantes do povo do Amapá nos parlamentos local e nacional, com a incumbência de tornar conhecidas as nossas peculiaridades e abrir espaços legais para que haja a solução dos problemas da população local.
A eleição do presidente da República tomou aspecto diferente por se tratar de um processo que acumulou o passado de estripulias de governantes que iludiram a população e escamotearam os resultados, deixando à vista apenas a parte do que parecia honesta, da busca da igualdade e do desenvolvimento social, escondendo verdades que agrediram violentamente a população afetada e que, até agora, ainda não compreendeu a irresponsabilidade como assuntos tão importantes para o povo brasileiro foram assim tratados por dirigentes democraticamente eleitos.
A eleição do governador do Estado do Amapá é muito importante e por vários e diferentes motivos, entre esses motivos está o atraso social em que nos encontramos e as dificuldades que vêm aumentando a cada ano, com o crescimento do número de desempregados, a queda dos serviços públicos prestados, a incapacidade de melhoria demonstrada e em um cenário onde a dívida pública do Estado cresce com o tamanho dos problemas.
Entre os serviços públicos de responsabilidade do Governo do Estado, a qualidade da prestação cai a olhos vistos e de forma sistemática e indiscutível.
No sistema público de saúde são vistos pacientes pelos corredores dos hospitais públicos estaduais, demora na realização de exames e procedimentos cirúrgicos, falta de material, desde os mais simples até os mais complexos, aparelhos de exames indispensáveis quebrados ou sem funcionar deixando o sistema estadual sem condições de atender a população mais carente e que, em tese, teria direito naquele atendimento.
O sistema público de educação passa por males equivalentes com atraso nos calendários, evasão escolar, além de índices, apurados pelo Ministério da Educação que deixa o Amapá no fim da fila entre os outros estados brasileiros quando o assunto é o nível da aprendizagem.
Outros sistemas públicos importantes padecem de problemas que não são resolvidos ou que demoram demais para encontrar a solução e, quando encontra, não dá mais para consertar.
Até mesmo a parte mais elementar administração dos interesses do estado está contaminada por procedimentos inadequados, tanto que, por exemplo, o IMAP e o IEF têm sido alvo frequente de operação policial que, além de prejudicar as pessoas envolvidas direta e indiretamente, ainda cria uma desconfiança social indisfarçável.
Programas de grande envergadura também estão sendo mal gerenciado pelo governo, entre esses programas, o Programa de Desenvolvimento Humano Regional Integrado – PDRI, financiado com dinheiro emprestado do BNDES, mais de um bilhão de reais, com mais de cem milhões de recursos do Tesouro Estadual, que está na mira dos órgãos de controle.
Este cenário precisa mudar e o eleitor tem a grande chance de autorizar a mudança de verdade, elegendo um governador que não esteja também contaminado pelo vício ou que tenha participado, mesmo que indiretamente, do descaso ou descuido perpetrado.

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