Rodolfo Juarez
Devemos
saudar o ano novo. Afinal 2019 foi esperado por muitos brasileiros e agora já
está ai com suas novidades, suas esperanças e pronto para numerar as suas
promessas e desejos pessoais, além dos seus sonhos coletivos que justificam
esperança em dias melhores.
Olhando
outra face desse imenso poliedro vê-se que tem muitas faces que simplesmente não
acreditam em bons resultados e, por isso, estão cobrando daqueles que não só
permitiram chegar a essa situação, mas contribuíram para ela, gente que prefere
ficar de costas para os primeiros acontecimentos de 2019.
Muitas
faces são ocupadas por pessoas insatisfeitas.
É
apenas uma situação ocasional? Diriam os “congelados”: certamente que não!
O Amapá
ficou fora da rota da mudança. Foi assim que a maior parte dos eleitores quis.
Dizer agora que não está feliz, que não está satisfeito, que esperava outra
coisa. De pouco adianta. A realidade é essa e assim deve continuar, pois, essa
é a estratégia utilizada por aqueles que conseguiram convencer a maioria
daqueles que se dignaram a votar em outubro.
A
terceira festa já foi realizada – a posse. Lembre-se que antes houve o dia da
vitória e depois o dia da diplomação.
O
primeiro anúncio também já foi feito: “é preciso diminuir o total da folha de
pagamento” e os dispensáveis serão dispensados, ou seja, os comissionados
(nomeados) e aqueles que estabelecem o vínculo precário por contrato
administrativo. Foi importante para a campanha, mas nem tanto para a
governança.
As
propostas para 2019 e os três anos seguintes foram anunciadas apenas para o TSE,
entretanto, os 22 bilhões de reais que serão gastos durante os próximos 4 anos
não serão suficientes para atender os erros e acertos do Governo que não
encontra, depois de 12 anos de mandato, pelo menos um caminho para o
desenvolvimento do Estado.
Algumas
sugestões que são dadas todos os anos não são incluídas nas listas de possibilidade
de execução do Governo. Agora, a prioridade tem que ser dada conforme a Ação
Civil Pública mais urgente, ou seja, o Ministério Público é quem se vê obrigado
a orientar até o plano de obras do Governo do Estado.
São
quase 200 obras que foram iniciadas e que estão paradas em todo o Estado,
completamente abandonadas pela gestão e fazendo parte de uma lista sem fim,
pois, a cada dia mais uma necessidade ali é anotada.
A
alegada “frustração” da Receita pela queda das transferências constitucionais é
uma justificativa sem fundamentos, uma vez que a receita total prevista no
orçamento para 2018 vai ser superada, assim como era perfeitamente previsível
que a repatriação de recursos do exterior é ocasional e, assim, não poderia
estar em previsão para pagamento de direitos trabalhistas dos funcionários,
como o 13.º salário.
O fato
é que o mandato anterior terminou sobre um monte de problemas para a
administração e o administrador, talvez problemas que não possam ser superados
por infringência a artigos da Lei de Responsabilidade Fiscal e do Código Penal.
O resto
a pagar de 2018, que atravessa para 2019, supera a capacidade de pagamento do
Estado e deixa fornecedores de material e serviços com seus resultados
complicados e com suas empresas cambaleando. São muitas e de diversos setores
da Economia.
O
Estado está e ainda vai ficar, por muito tempo, com as suas contas no vermelho.
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