Assim está a orla do Perpétuo Socorro, em Macapá
Rodolfo Juarez
Mesmo
com as alegações de que o Estado do Amapá está com muitas dificuldades
orçamentárias e financeiras neste começo de ano. Mesmo que a justificativa
esteja baseada na frustração na receita e ainda, que o Supremo Tribunal Federal
demora julgar as ações referentes à repartição do Refis Nacional, mesmo assim,
há serviços que precisam ser feitos para que investimentos de outrora não se
transforme em mais um problema pelo desleixo público quando o governo não
consegue recurso para investir na recuperação de pontos da cidade que estão
feitos e que precisam receber cuidados.
O
Governo do Amapá, no ano que acabou não faz tempo, recebeu a chancela de ser o
Estado que tinha o pior desempenho quando o assunto era a transparência
pública, mesmo sendo essa ferramenta, dito por especialistas, como o principal
instrumento para conter e combater a corrupção sistêmica que está impregnada no
serviço público, também no Amapá.
A orla
limitada pelo canal do Perpétuo Socorro e pelo canal do Jandiá está em processo
de destruição, cada vez mais perdendo a sua força para responder à força da
maré de março principalmente, mas também à força média do Rio Amazonas e,
assim, não tão aos poucos, sendo literalmente engolida pelas águas.
No
momento já se pode observar trechos em que o muro de proteção desapareceu e com
ele desapareceram o parapeito, a calçada de proteção, o meio fio, a linha
d’água e mais de dois terços da pista de rolamento com o asfalto que dava o
acabamento.
É uma
situação perigosa e urgente!
Tecnicamente
se pode dizer que precisa de providências urgentes para que o prejuízo da
população do local não some também as próprias residências como aconteceu no
Araxá, por falta de priorizar o serviço ou, simplesmente, por falta de
interesse público ou competência individual.
A
situação atual foi anunciada há mais de 5 anos, bastando para que a situação
atual fosse confirmada que os governantes do período não demonstrasse interesse
pela qualidade de vida dos moradores e pela valorização da cidade.
O local
é um dos mais aprazíveis de toda a orla e não há justificativa possa amenizar a
situação atual, ou a futura, esta mais precária e exigindo mais recurso para a
recuperação do local.
A responsabilidade
do governador, do vice-governador, do secretário de infraestrutura, do
secretário das cidades, do secretário de planejamento, entre outros chefes de
órgãos que são pagos para zelar pela qualidade de vida de todos os que moram no
Estado do Amapá, deve ser maior que as bizarras justificativas apresentadas,
que a falta de compromisso demonstrado e, até irresponsabilidade com o bem
público.
O local
tem vocação para ser um ponto de lazer e gozo dos macapaenses acaba expulsando os
visitantes para dentro da cidade, levando dentro de cada um deles a decepção
que acumulam dos governantes que precisam responder com ações, com ajustes
efetivos e com realizações.
Macapá,
a capital do Estado, que vai completar 261 no dia 4 de fevereiro, não pode
continuar assim, sem o cuidado do Governo do Estado que a tem como Capital e
com demora em ver seus cuidadores principais de costas para a cidade, mesmo que
assim, também fique de costas para o maior rio do mundo.
Essa
não é a atitude de quem quer cumprir o que prometeu em campanha e que ganhou o
4.º mandato da população sendo o mais votado.
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