CIDADE DE ÓBIDOS VI - 17 ANOS DEPOIS
Há 17 anos, no dia 26 de janeiro de
2002, em uma viagem para a sede do Município de Laranjal do Jari no Barco Motor
Cidade de Óbidos VI, na volta sul do rio, na região do Alegre, um choque
frontal com uma balsa de ferro própria para transportar gado bovino, levou a
pique a embarcação de Madeira que tinha 101 pessoas a bordo entre passageiros e
tripulantes.
O resultado do choque frontal entre as
duas embarcações foi a morte de sete passageiros e prejuízos materiais,
inclusive da própria embarcação que foi “engolida” pelo rio. Simone Teran,
Vitor Santos e mais cinco pessoas foram para a lista dos que morreram.
Dois filhos, um cunhado e eu estávamos no
Barco Motor Cidade de Óbidos VI, juntamente com autoridades federais, estaduais
e municipais dos municípios de Santana e Mazagão. O objetivo da viagem era
debater a minuta de plano específico para o desenvolvimento da região sul do
Estado do Amapá.
O plano foi completamente esquecido e
até hoje os familiares dos mortos choram falta dos seus entes queridos,
principalmente quando constatam que nem a morte deles motivou autoridades no
sentido de alterar o entendimento do que representa o transporte fluvial na
região, para o Amapá.
A situação atual dos locais de saídas e
chegada das embarcações fluviais é precária, não foram construídos os
prometidos terminais para passageiros, as rotas não forma definidas por quem
deveria, e a fiscalização se tornou mais frágil devido o aumento do fluxo das
embarcações de transporte de carga e passageiros.
Essa dívida do Estado, no seu mais amplo
sentido, continua sendo irresponsavelmente “empurrada com a barriga” pelas
autoridades que deveriam gerenciar o setor.
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