Rodolfo Juarez
A
Câmara Municipal de Macapá tem chamado a atenção da comunidade muito mais pelas
estripulias dos vereadores do que pelas medidas que indique que estão
justificando o dinheiro que o contribuinte manda, todos os meses, sob a forma
de duodécimo, para atender às propostas dos próprios vereadores.
Faz
tempo que não se anuncia um projeto que atenda aos interesses da população do
município de Macapá. As notícias sempre estão em torno de interesses especiais
e personalíssimos de vereadores e de funcionários.
Recentemente
o embate foi entre as autoridades da Prefeitura de Macapá e da Câmara de
Vereadores a respeito do pagamento de supersalários à funcionários que
trabalham ou trabalhavam na Câmara Municipal de Macapá e que era pago
diretamente pelo Tesouro do Município, em valores que superavam, de muito, o
teto salarial no Brasil e superavam em muito, os salários pagos pela
Prefeitura, inclusive para o prefeito.
Também
é comum os vereadores, com as honrosas exceções à regra, entenderem que podem
fazer da Prefeitura de Macapá um grande cabide de emprego para os seus cabos
eleitorais, trocando esses favores por votos em matéria de interesse do Poder
Executivo Municipal, independente da avaliação do interesse da população.
Durante
muito tempo os presidentes da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Macapá,
também chamados de presidente da câmara, tem agido de forma a atender
interesses seus e de grupos muito específicos, levando à insatisfação de funcionários
municipais que atuam na Prefeitura de Macapá e de funcionários da própria
Câmara Municipal de Macapá a episódios lamentáveis como o da invasão de
plenário e quebra-quebra, cujo prejuízo nunca foi medido, mas que foi pago pelo
contribuinte.
O que
se percebe é que, da parte dos vereadores do município de Macapá, não há uma
luta que possa indicar melhoria para a cidade de Macapá, para os distritos do
município e para os pequenos núcleos urbanos que esperam e precisam, pelo
menos, da atenção do Poder Legislativo Municipal.
Sobram
problemas sociais e econômicos de toda ordem, sem dispor o prefeito de proposta
oriunda dos “representantes do povo”.
O povo
quando escolhe os seus vereadores está certo de que escolheu representantes
para organizar ações que interessem à população. Não pode, depois de eleito, o
vereador esquecer a população e satisfazer-se em reclamar, fazendo indicações
ou projetos, alguns incabíveis, para ser apresentado ao Poder Executivo e por
isso mesmo entender que fez a sua parte.
Não fez
não. A sua parte é construir uma proposta exequível e que possa ser
desenvolvida no tempo, definido pelo próprio vereador, e que atenda aos
interesses da maioria das pessoas ou, pelo menos, daqueles que são diretamente
afetados pelas dificuldades.
As
eleições para a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Macapá têm se transformado
em uma briga de vale tudo, considerando os interesses e compromissos, a imensa
maioria particular e de terceiros, de fora da Instituição, mas importante para
os inconfessáveis propósitos dos seus dirigentes.
Nem
mesmo as mordomias exageradas de que dispões os membros da Mesa,
principalmente, e os demais vereadores, são diminuídas com o passar do tempo
que exige dedicação dos agentes públicos e responsabilidade dos representantes
do povo.
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