Rodolfo Juarez
As
altas temperaturas que estão sendo medidas, atualmente, no Amapá indicam que as
cautelas precisam ser adotadas para que a população não seja surpreendida com
os grandes incêndios urbanos.
A
Defesa Civil do Estado deve estar atenta para essas ocorrências possíveis e
preparada para intervir se valendo dos equipamentos que dispõe e de
experiências que teve quando das ocorrências principalmente em bairros com alta
densidade populacional e onde há a prevalência das habitações em madeira.
O vento
e o tempo quente sabidamente são fatores que favorecem aos sinistros urbanos e,
mesmo reconhecendo essa condição, não se observam tomadas de providências no
sentido de melhorar forma de enfrentar os acontecimentos como de informar a
população da melhor maneira de se prevenir contra os incêndios.
Não
custaria uma divulgação pelos meios de comunicação de massa e as redes sociais,
para que todos conhecessem melhor essa possibilidade e encontrasse uma maneira
de, em ocorrendo o fato, melhor se proteger.
O que
se vê de improvisação antes da ação do Copo de Bombeiro Militar e, mesmo
durante a ação dos bombeiros, quando a vizinhança se depara com uma situação
dessas é o retrato do caos, onde todos querem ajudar, mas não sabem como e,
nesse momento, em alguns casos, o que poderia ser um ajuda passa a ser uma
dificuldade a mais para ser vencida.
Por
isso, uma campanha educativa durante os meses de setembro, outubro e novembro
seria muito importante. Atribuindo a cada qual o que pode fazer em um momento
como o de combate ao fogo em residências ou casas de comércio.
Não
adianta esperar pela sorte. Esperar que período do ano com sol intenso passe
para que, também passe o perigo.
Outras
providências podem ser tomadas pelos próprios moradores, aliados com a Defesa
Civil como, por exemplo, uma vistoria no sistema elétrico da residência, um dos
principais motivos para o inicio dos sinistros. Sempre a primeira hipótese são
as ligações, principalmente as clandestinas, mas também perfeitamente possíveis
naquelas legalizadas e que são deixadas, por muito tempo, sem vistoria e com
acréscimo de carga interna na casa, mantendo a mesma fiação e o mesmo sistema
de tomadas e bocais.
Claro
que seria um compromisso social da própria companhia concessionária de
distribuição de energia elétrica, ou mesmo, na condição de serviço precário
prestado pela CEA em todo o Estado, um alerta, nem que fosse apenas como um
chamamento de atenção que poderia ser feito na conta de energia que distribui
para os consumidores, alertando para o perigo dos incêndios nesse período do
ano.
Não é
que apenas o aviso resolvesse todos os riscos, mas certamente chamaria a
atenção do consumidor, pois, afinal de contas, é na casa que estão seus
familiares e seus bens mais preciosos.
São
medias dessa ordem que poderiam estar na mídia e nas redes sociais, como também
a mídia e as redes sociais poderiam despertar e propor, em forma de chamada de
atenção, para cada um dos habitantes das cidades, no sentido de se acautelarem
e terem certeza que podem minorar as ocorrências.
Acredito
que uma vida é muito mais importante que uma árvore e vejo que as pessoas se
posicionam contra a queima de um campo ou de arvores, e não se posicionam
contra a perda de vidas em incêndios urbanos.
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