quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Amapá: cuidado com o tempo demais seco


Rodolfo Juarez
As altas temperaturas que estão sendo medidas, atualmente, no Amapá indicam que as cautelas precisam ser adotadas para que a população não seja surpreendida com os grandes incêndios urbanos.
A Defesa Civil do Estado deve estar atenta para essas ocorrências possíveis e preparada para intervir se valendo dos equipamentos que dispõe e de experiências que teve quando das ocorrências principalmente em bairros com alta densidade populacional e onde há a prevalência das habitações em madeira.
O vento e o tempo quente sabidamente são fatores que favorecem aos sinistros urbanos e, mesmo reconhecendo essa condição, não se observam tomadas de providências no sentido de melhorar forma de enfrentar os acontecimentos como de informar a população da melhor maneira de se prevenir contra os incêndios.
Não custaria uma divulgação pelos meios de comunicação de massa e as redes sociais, para que todos conhecessem melhor essa possibilidade e encontrasse uma maneira de, em ocorrendo o fato, melhor se proteger.
O que se vê de improvisação antes da ação do Copo de Bombeiro Militar e, mesmo durante a ação dos bombeiros, quando a vizinhança se depara com uma situação dessas é o retrato do caos, onde todos querem ajudar, mas não sabem como e, nesse momento, em alguns casos, o que poderia ser um ajuda passa a ser uma dificuldade a mais para ser vencida.
Por isso, uma campanha educativa durante os meses de setembro, outubro e novembro seria muito importante. Atribuindo a cada qual o que pode fazer em um momento como o de combate ao fogo em residências ou casas de comércio.
Não adianta esperar pela sorte. Esperar que período do ano com sol intenso passe para que, também passe o perigo.
Outras providências podem ser tomadas pelos próprios moradores, aliados com a Defesa Civil como, por exemplo, uma vistoria no sistema elétrico da residência, um dos principais motivos para o inicio dos sinistros. Sempre a primeira hipótese são as ligações, principalmente as clandestinas, mas também perfeitamente possíveis naquelas legalizadas e que são deixadas, por muito tempo, sem vistoria e com acréscimo de carga interna na casa, mantendo a mesma fiação e o mesmo sistema de tomadas e bocais.
Claro que seria um compromisso social da própria companhia concessionária de distribuição de energia elétrica, ou mesmo, na condição de serviço precário prestado pela CEA em todo o Estado, um alerta, nem que fosse apenas como um chamamento de atenção que poderia ser feito na conta de energia que distribui para os consumidores, alertando para o perigo dos incêndios nesse período do ano.
Não é que apenas o aviso resolvesse todos os riscos, mas certamente chamaria a atenção do consumidor, pois, afinal de contas, é na casa que estão seus familiares e seus bens mais preciosos.
São medias dessa ordem que poderiam estar na mídia e nas redes sociais, como também a mídia e as redes sociais poderiam despertar e propor, em forma de chamada de atenção, para cada um dos habitantes das cidades, no sentido de se acautelarem e terem certeza que podem minorar as ocorrências.
Acredito que uma vida é muito mais importante que uma árvore e vejo que as pessoas se posicionam contra a queima de um campo ou de arvores, e não se posicionam contra a perda de vidas em incêndios urbanos.

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