terça-feira, 24 de setembro de 2019

A estrutura da orla de Macapá está em risco


Rodolfo Juarez
Sem nenhuma atenção dos governantes durante os últimos anos pela manutenção do que foi construído com muito sacrifico financeiro, mas com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população, está indo, literalmente, “por água abaixo” o que parecia um desafio vencido.
Alguns trechos da orla de Macapá já podem ser considerados irrecuperáveis e terão que ser completamente refeitos, tão crítica é a situação depois do rompimento da estrutura que mantinha de pé a urbanização do local, que contava de rua asfaltada com mão dupla, linha d’água, meio fio, calçada e balaustres de proteção.
A falência das estruturas facilita a solapagem do aterro e a fuga de todo o material para a praia, primeiramente, depois para o leito do rio Amazonas para ser carregado pelas águas para lugares não sabidos.
Esse é o atual retrato da orla do bairro Cidade Nova que tinha ainda uma infraestrutura de laser e que, agora, está completamente abandonado com a vizinhança vendo a mudança de finalidade, que era centrado no lazer e no turismo, para ser ocupada por viciados, principalmente em drogas, carregando os demais vícios acessórios para o local.
A orla do bairro Perpétuo Socorro, adaptada a um complexo pré-existente com um cais precário para carga e descarga de mercadoria e, embarque e desembarque de passageiros, com um píer avançado onde está instalado um posto de combustível para o abastecimento de pequenas embarcações, também está precisando de recuperação, principalmente no canal do Igarapé das Mulheres, principal coletor de águas pluviais do bairro, que se encontra com a saída completamente entulhada, precisando, urgentemente, de dragagem, mas ninguém sabe por onde anda a draga que era usada para executar esse tipo de serviço.
Adiante, em frente à antiga Residência Governamental, no local onde havia um campo de futebol e que foi desativado em 2010 para que ali fosse dada continuidade ao projeto do Parque do Forte, o espaço que fica em baixo das antigas arquibancadas virou o local preferido para moradores de rua e recebeu o apelido indesejado de “Cracolândia”.
Mesmo sendo considerado o trecho mais completo da orla, o que fica entre o Trapiche Elieser Levy, inclusive e a Fortaleza de São Jose de Macapá, uma das partes mais frequentadas do Lugar Bonito, a situação é muito precária e instável, com a falta constante da iluminação do próprio parque e a falta de manutenção no sistema elétrico que está desativado e que era apoiado no balaustre de tubos de ferro. O trapiche e seu bondinho é um capítulo da parte triste.
Entre Fortaleza de São José e o Araxá o local ainda conta com alguma preservação, mas já dá sinais de fadiga, principalmente nas partes construídas à base de madeira e parafuso. O próprio Araxá precisa de atenção para que o projeto urbano implantado ali continue cumprindo a sua finalidade.
Do Araxá para frente, onde não foram construídos os muros de arrimo, a situação é precária, muito embora haja um início de construção de um muro de arrimo que nunca é concluído e que já foi objeto de anúncio de diversos secretários de infraestrutura de variados governadores.
Se não der a atenção que a orla da cidade de Macapá, desde o Canal do Jandiá, até a Lagoa de Estabilização de esgoto sanitário, a população de Macapá, os visitantes costumeiros e os turistas lamentarão a perda de um dos principais motivos que levaram as pessoas admirarem tanto a orla da cidade.

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