Rodolfo Juarez
Desta feita vou destacar dois momentos que merecem não só
a minha atenção como a atenção de todos, inclusive daqueles investidos em
autoridades que receberam autorização da população para tomar decisões em
momentos críticos, delicados e de interesse de todos os que moram em quaisquer
das zonas geográficas de Macapá ou em quaisquer das localidades do Estado do
Amapá.
O primeiro momento é aquele que tem base na madrugada de
domingo, dia 4 de maio de 2025, quando sete pessoas foram
mortas durante uma ação da Polícia Militar do Amapá, em Macapá.
De acordo com o boletim de ocorrência
registrado pelos policiais, os disparos foram uma reação a um ataque a tiros
realizado por ocupantes de um carro branco, sedan, versão que é contestada por
populares, que teriam visto o ocorrido, e por familiares das pessoas mortas.
O fato é que sete pessoas morreram
durante uma ação da Polícia Militar do Amapá e que, de acordo com o boletim de
ocorrência registrado pelos policiais, os disparos foram uma reação a um ataque
a tiros realizado por ocupantes de um carro branco sedam, que essa versão é
contestada por testemunhas afirmando que as vítimas voltavam de um jogo de
futebol e foram mortas pela polícia.
Para a Secretaria de Justiça e Segurança
Pública do Amapá, os policiais atendiam a uma denúncia de tráfego de drogas e
os agentes públicos envolvidos foram afastados.
Vou cuidar primeiro da ação policial que deixou sete
cadáveres amontoados dentro de um carro sedam, em uma via urbana movimentada.
Ora, um veículo sedan é definido como aquele que tem sua estrutura de
carroceria dividida em três volumes: um volume para o motor na frente, outro
para os passageiros no meio, e um volume separado para o porta-malas na
traseira. É uma configuração comum que oferece espaço para passageiros,
cinco no máximo, e bagagem. Sete pessoas vêm um por cima do outro, não tem
outra forma.
Entre os mortos está Erick
Marlon Pimentel Ferreira que, segundo a Sejusp, era conhecido pelo polícia como
chefe do tráfico de drogas na Zona Norte de Macapá e que teria uma extensa
folha criminal. Os outros mortos são: Thiago Cardoso Fonseca, Emanuel Braya
Pimentel Ferreira, Wesley Jhonata Monteiro Ribeiro, Cleiton Ramon da Silva
Ferreira, Wendel Cristian Conceição Wanderley e o menor de 16 anos, Max Dias
Tolosa.
No início das investigações
agentes públicos responsáveis pela apuração dos fatos já informavam que pelo
menos três das sete pessoas mortas não tinham antecedentes criminais, isso sem
divulgar a ficha das outras três pessoas que teriam a ficha criminal.
A Polícia Militar do Amapá,
pelo menos neste caso, não honrou a confiança que a população demonstra, pelo
menos até este episódio, tem no seu desempenho, apontando como um dos serviços
públicos mais aceitos pela população.
O governador Clécio Luis,
que se encontrava nos Estados Unidos quando da ocorrência, prometeu rigor na
apuração dos fatos e punição para os culpados que forem identificados, uma
palavra que a população espera seja cumprida com os rigores que estão na lei.
Em consequência do ocorrido
e por chamamento de familiares de um dos mortos, uma advogada foi presa e
algemada pela Polícia Militar, em flagrante desrespeito à ação profissional da
advogada, ferindo o que manda a prerrogativa atribuída às advogadas e aos
advogados. Uma ação que precisa ter a devida resposta, sob a forma de punição
para o identificado responsável e, para tanto, houve a intervenção imediata de
representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Amapá (OAB/AP).
Matar um investigado não
pode ser o primeiro ato da polícia.
O segundo momento se
concentra no processo de legalização da exploração do petróleo na Margem
Equatorial na região oceânica da costa do Amapá. Uma esperança que ganha
contorno à medida que o tempo passa e promete desenvolvimento para melhorar a
qualidade de vida da população do Estado do Amapá.
Ainda vamos voltar a este
assunto.
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