Rodolfo Juarez
Ontem, dia 19 de
maio de 2025, completei 79 anos.
Nasci em 1946, no
interior do município de Afuá, na margem direita do igarapé Lipo-Lipo. Tive a
trajetória do começo de minha vida, na prática, orientada pela necessidade de
me ser oferecido - e aos meus irmãos -,
o conhecimento formal, por escolha do meu pai Heráclito Juarez Filho e da minha
mãe Raimunda Pureza Juarez, ambos que agora são duas estrelas que ilumina
intensamente aos meus irmãos e a mim, diretamente do céu e que, deixando a
preferências dos seus confortos por aqui, seguiram a escolha do que elegeram
para ser prioridade: a educação formal dos filhos.
Isso pode ser
confirmado quando se observa a linha do tempo e as mudanças nas inflexões da
trajetória da vida da família que, no começo de 1953 deixa a base econômica da
família, sustentada pelo comércio no interior do município, e muda para a sede
municipal, vivendo uma fase de transição do comércio para o serviço, abdicando da
compra e venda de produtos da floresta e gêneros da alimentação primária,
mudando para a prestação de serviços de transporte de mercadoria de Macapá para
Belém e de Belém para Macapá.
Foram 7 anos na
sede do município de Afuá, exatamente o tempo que passei estudando no Grupo
Escolar de Afuá, onde completei o ensino primário.
Em dezembro 1959
mudamos para Macapá, capital do então Território Federal do Amapá. Mais uma
mudança de toda a família e orientada pela não oferta, no município de Afuá do
ensino ginasial e colegial.
Bem no começo de
1960, para ingressar no Colégio Amapaense, tive que fazer a prova de admissão,
um espécie de vestibular para os pré-adolescentes que pretendiam continuar seus
estuados.
Essas decisões
foram todas tomadas pelos meus pais.
No Colégio
Amapaense fiquei por sete anos como aluno. Nesse tempo, de 1960 a 1966, conheci
professores, verdadeiros mestres, que me são caros até hoje. Tanto os do Curso
Ginasial, que me mostraram qual caminho seguir depois da conclusão do Curso
Científico (assim chamado, à época, o atual curso de 2.º grau).
Para se ter uma
ideia, fazia parte do curriculum obrigatório do Curso Ginasial, entre outras
disciplinas, matérias como: Latim, Inglês, Francês e Português (Gramática e
Literatura).
Em 1965, depois de
ser aprovado em Curso de Suficiência em Matemática para o 1.º Grau, realizado e
avaliado pela Escola de Filosofia da Universidade Federal do Pará, assinei meu
primeiro contrato com a Administração Pública, como professor, e fui designado
para ministra aulas de Matemática na Escola Santa Bartolomea Capitâneo, onde
permaneci no corpo docente até o ano seguinte, 1966.
Em janeiro de
1967, em Belém, fiz o vestibular para cursar Engenharia Civil na Escola de
Engenharia da Universidade Federal do Pará. Aprovado no Vestibular, mudei para
Belém onde permaneci até 1971, quando em dezembro daquele ano, recebi o grau de
Engenheiro Civil e, ainda em dezembro, voltei a residir em Macapá.
Aqui em Macapá,
assumi diversos papeis, entre outros: empresário, funcionário público
(municípios de Macapá e Santana, Território Federal do Amapá, Estado do Amapá e
União Federal), participei da reorganização e da direção da ACIA onde foi
eleito duas vezes presidente, da Fundação da FIEAP, onde fui presidente por
duas vezes, da instituição da Senava (Superintendência de Navegação do Amapá)
onde fui o primeiro superintendente, da instituição da Companhia Docas de
Santana, onde fui o primeiro presidente, e da Municipalização do Porto de
Macapá. Também, por duas vezes, fui presidente do Amapá Clube.
Estou refletindo
isso, olhando para caminho que caminhei e pelas marcas que deixei, durante
estes 79 anos, destacando que, nesse período, ainda deu tempo para fazer
mestrado em Engenharia Urbana, pela Fundação Getúlio Vargas, Doutorado em
Infraestrutura Urbana, e Advogado, desde 2014, pela Seccional do Amapá da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB/AP), com escritório jurídico em Macapá, onde
continuo acreditando no Estado do Amapá, na importância da Amazônia e no
Brasil.
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