terça-feira, 20 de maio de 2025

Falando de mim mesmo, depois de completar 79 anos de idade.

Rodolfo Juarez

Ontem, dia 19 de maio de 2025, completei 79 anos.

Nasci em 1946, no interior do município de Afuá, na margem direita do igarapé Lipo-Lipo. Tive a trajetória do começo de minha vida, na prática, orientada pela necessidade de me ser oferecido - e aos  meus irmãos -, o conhecimento formal, por escolha do meu pai Heráclito Juarez Filho e da minha mãe Raimunda Pureza Juarez, ambos que agora são duas estrelas que ilumina intensamente aos meus irmãos e a mim, diretamente do céu e que, deixando a preferências dos seus confortos por aqui, seguiram a escolha do que elegeram para ser prioridade: a educação formal dos filhos.

Isso pode ser confirmado quando se observa a linha do tempo e as mudanças nas inflexões da trajetória da vida da família que, no começo de 1953 deixa a base econômica da família, sustentada pelo comércio no interior do município, e muda para a sede municipal, vivendo uma fase de transição do comércio para o serviço, abdicando da compra e venda de produtos da floresta e gêneros da alimentação primária, mudando para a prestação de serviços de transporte de mercadoria de Macapá para Belém e de Belém para Macapá.

Foram 7 anos na sede do município de Afuá, exatamente o tempo que passei estudando no Grupo Escolar de Afuá, onde completei o ensino primário.

Em dezembro 1959 mudamos para Macapá, capital do então Território Federal do Amapá. Mais uma mudança de toda a família e orientada pela não oferta, no município de Afuá do ensino ginasial e colegial.

Bem no começo de 1960, para ingressar no Colégio Amapaense, tive que fazer a prova de admissão, um espécie de vestibular para os pré-adolescentes que pretendiam continuar seus estuados.

Essas decisões foram todas tomadas pelos meus pais.

No Colégio Amapaense fiquei por sete anos como aluno. Nesse tempo, de 1960 a 1966, conheci professores, verdadeiros mestres, que me são caros até hoje. Tanto os do Curso Ginasial, que me mostraram qual caminho seguir depois da conclusão do Curso Científico (assim chamado, à época, o atual curso de 2.º grau).

Para se ter uma ideia, fazia parte do curriculum obrigatório do Curso Ginasial, entre outras disciplinas, matérias como: Latim, Inglês, Francês e Português (Gramática e Literatura).

Em 1965, depois de ser aprovado em Curso de Suficiência em Matemática para o 1.º Grau, realizado e avaliado pela Escola de Filosofia da Universidade Federal do Pará, assinei meu primeiro contrato com a Administração Pública, como professor, e fui designado para ministra aulas de Matemática na Escola Santa Bartolomea Capitâneo, onde permaneci no corpo docente até o ano seguinte, 1966.

Em janeiro de 1967, em Belém, fiz o vestibular para cursar Engenharia Civil na Escola de Engenharia da Universidade Federal do Pará. Aprovado no Vestibular, mudei para Belém onde permaneci até 1971, quando em dezembro daquele ano, recebi o grau de Engenheiro Civil e, ainda em dezembro, voltei a residir em Macapá.

Aqui em Macapá, assumi diversos papeis, entre outros: empresário, funcionário público (municípios de Macapá e Santana, Território Federal do Amapá, Estado do Amapá e União Federal), participei da reorganização e da direção da ACIA onde foi eleito duas vezes presidente, da Fundação da FIEAP, onde fui presidente por duas vezes, da instituição da Senava (Superintendência de Navegação do Amapá) onde fui o primeiro superintendente, da instituição da Companhia Docas de Santana, onde fui o primeiro presidente, e da Municipalização do Porto de Macapá. Também, por duas vezes, fui presidente do Amapá Clube.

Estou refletindo isso, olhando para caminho que caminhei e pelas marcas que deixei, durante estes 79 anos, destacando que, nesse período, ainda deu tempo para fazer mestrado em Engenharia Urbana, pela Fundação Getúlio Vargas, Doutorado em Infraestrutura Urbana, e Advogado, desde 2014, pela Seccional do Amapá da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AP), com escritório jurídico em Macapá, onde continuo acreditando no Estado do Amapá, na importância da Amazônia e no Brasil.

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