Rodolfo Juarez
Já vivi vários momentos da política brasileira. Nasci em
1946 e, mesmo morando no interior do Estado do Pará, meu pai se atualizava e a
nós, seus filhos, dando oportunidade para conhecer relatos e descrições das
épocas mais distantes da nossa realidade.
Tanto que os livros de importantes historiadores da
primeira e da segunda guerra mundial faziam parte da biblioteca do meu pai, bem
como os romances dos escritores brasileiros mais conhecidos e que descreviam as
sociedades contemporâneas que formavam o Brasil, lá pelo começo do século XX.
As revistas O Cruzeiro, Manchete, Fatos e Fotos, e
Realidade com regularidade chegavam, mesmo com as editorias atrasadas, mas
chegavam. Tive perfeita noção da conquista da Copa do Mundo de 1958 pela
seleção brasileira, por exemplo, devido a estas revistas. Isso significa dizer
que tive oportunidade de considerar o quanto valorosa foi a conquista para o
torcedor e todo o povo brasileiro.
Já em Macapá desde 1959, por aqui vivi a intranquilidade
nacional com a renúncia do presidente Jânio Quadros, o Homem da Vassoura que,
manhoso como era e trazendo o costume de quando governou São Paulo com
bilhetinhos, também tentou governar o Brasil com os seus bilhetinhos.
As dificuldades brasileiras aumentaram quando João
Gulart, o vice- de Jânio, assumiu o Governo e com clara tendência de tornar o
Brasil uma República Socialista. Em pouco tempo saímos do Presidencialismo para
o Parlamentarismo, uma providência que não diminuía a tensão.
A movimento revolucionários acabou crescendo e
conquistando força suficientes para retirar João Goulart do Poder, que primeiro
se retirou para o Rio Grande do Sul, onde um dos seus coincidentes de
pensamento, Leonel Brizola, lhe prometia guarda e que, de lá, governaria o
Brasil. Não deu certo e teve que sair para exílio, para o Uruguai onde tinha
fazendas.
A administração pelos revolucionários militares, depois
de devolver o presidencialismo, continuou até a eleição indireta de Tancredo
Neves que morreu antes de, efetivamente, tomar posse. Sarney, o seu vice,
assumiu. Negociou o tamanho do mandato que tinha para cumprir e renunciou a um
ano, passando de 6 para 5 anos o tamanho do mandato. Nesse tempo os brasileiros
enfrentaram um inflação mensal impensável, acima de mil porcento.
De lá para cá os eleitores brasileiros não ficaram mais
satisfeitos com os resultados oferecidos pelos dirigentes. Collor renunciou,
Lula em dois mandatos acabou indo às varas criminais do Judiciário e aos
tribunais que o condenaram. A Dilma acabou sendo impitimada e Lula preso.
Vem Bolsonaro, com outra mensagem, armando todo mundo,
com a bandeira do Brasil apoiada no pescoço e uma faixa com a palavra
“direita”. Brigas, confrontos e desafios, até o 8 de janeiro que, pelo menos
até agora, o grande público não sabe quem está falando a verdade. A dúvida é o
pior dos problemas.
Os poderes se engalfinham e até movem os “moinhos” de
outros países, mostrando que a administração pública não está merecendo boa
nota.
Os escândalos estão se tornando frequentes, a corrupção
dá a impressão de que continua firma nas diversas dobras do Governo e em
caminhada de aumento. Até os aposentados e os beneficiários do INSS estão
assustados com a roubalheira.
Na confusão a “primeira-dama” da pitaco onde não deve e
aumenta o constrangimento, mesmo entre os parceiros ideológicos
O eleitor brasileiro precisa entrar em cena e assumir a
responsabilidade quando for chamado para escolher o próximo presidente que
precisa ser uma pessoas preparadas para governar o Nação. Essa responsabilidade
é do eleitor e tomara que todos eles compreendam que não importa se o
governante é da esquerda ou da direita. O escolhido precisa ser honeste e
competente.
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