Rodolfo Juarez
O final
da semana que passou a violência mostrou quanto está intensa a sua presença no
Amapá. De nada adianta as autoridades escamotearem as informações ou
abastecerem os bancos de dados com informações que não retratam a realidade
social que a sociedade amapaense está experimentando.
Morreram
mais de uma dezena de pessoas por morte violenta!
O que
isso representa? Porque isso está acontecendo?
São
questionamentos que precisam não apenas de respostas, mas de detalhado estudo,
pois, o contribuinte, através dos tributos, paga muita gente para garantir a
segurança pública que não pode ser um item de uma campanha política ou uma
referência da eficiência do servidor público da área da segurança.
Os responsáveis
pelo setor precisam fazer uma análise do que está acontecendo, encontrar uma
forma de combater a criminalidade que seja duradoura, confiável e que evite as
desavenças entre os profissionais, servidores do Estado, que precisam estar,
todos do mesmo lado.
Discutir
que os percentuais de subida ou queda das estatísticas não pode servir a
argumentação das autoridades que administram a segurança pública, não pode ser
indicador de satisfação ou eficiência no serviço se, pelo menos uma morte
violenta foi anotada.
A meta
deve ser morte violenta zero!
De nada
adianta a satisfação estatística dos gestores, o que interessa é a felicidades
das famílias. Pode-se assegurar que muitas famílias choram pela dor da perda,
pelo inesperado incidente e por não ver-se amparada e garantida pelo Poder
Público, que dá a impressão que não está interessado em evitar o sofrimento,
mas simplesmente, em defender-se perante o “chefe”.
O pico
de mortes violentas havidas no final da semana passada demonstra que ninguém
tem o controle de nada na segurança pública. Até mesmo o respeito à sociedade
está se perdendo quando se refere ao sistema que o setor público dispõe.
Unir
todo o mundo da defesa social no Amapá, encontrar o entendimento entre os
setores administrativos e operacionais, definir uma estratégia eficiente para
os operacionais executarem, deve ser, por enquanto, a meta das polícias
fardadas ou não, doutra forma, até mesmo os exageros como os da semana passada,
entrarão no cotidiano da população e desacreditarão, ainda mais, a ação dos
órgãos responsáveis pela defesa e tranquilidade do cidadão.
Focar
nos resultados da semana que passou e estabelecer metas, em números absolutos a
partir daqueles apurados de quinta a domingo, pode ser uma estratégia que se
torne eficiente.
Não
fanfarrear resultados falsos, sendo duro no anúncio dos resultados reais,
também pode contribuir para, quem sabe um dia, voltar a contar com o apoio da
população que anda escasso e em queda.
Se não,
declarar a independência das forças de segurança, com os seus gestores tendo
mandato outorgado pela população, será o caminho único.
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