sábado, 16 de agosto de 2014

Administrar e fazer campanha

Rodolfo Juarez
Administrar e fazer campanha decisivamente não são tarefas para qualquer um e aqueles que estão experimentando, pela primeira vez, essa situação, precisam estar atentos aos erros que podem cometer e pelos quais podem ser responsabilizados.
Erros que podem estar diretamente relacionados com a administração e erros que dependem da campanha propriamente dita, com suas limitações e com as suas necessidades que podem trair o executor do processo e, até, imaginar que pode mais do que a regra permite.
É uma delicadeza esse processo que exige tempo, principalmente dos candidatos, tanto para manter a administração funcionando, como para ativar a campanha que tem os concorrentes que se tornam cada vez mais forte quanto mais errada é conduzido o processo.
Nem mesmo vantagens excepcionais funcionam nesses casos. Vale a habilidade para separar as duas obrigações, igualmente importantes e das quais tem que prestar conta por cada passo e por cada ato.
O eleitor está atento à tudo e não admite erros, muito embora aqueles que são eleitores e auxiliares da gestão ou da campanha, às vezes não entendam dessa forma e metam os pés pelas mãos, comprometendo o candidato que, não raro, ficam no que se chama comumente “sinuca de bico”.
É um belo exercício quando se compreende o cenário, mas é um caminho perigoso quando se confunde a coisa e se mistura a administração com a campanha ou a campanha com a administração.
Este ano quem está vivendo essa experiência é o candidato do PSB e atual governador Camilo Capiberibe. Duas frentes estão ativadas para trabalharem cada uma em uma direção: o governo do Estado e a campanha pela reeleição.
Alguns problemas já surgiram, muito mais pelo desconhecimento da regra ou pela interpretação dela. Os desvios mais perigosos são efetivados por aqueles que são adeptos do modelo de que “em campanha política só não vale perder”. Esse perigo é enfrentado todos os dias por aqueles que formam no time que trabalha pela reeleição do governante.
As possibilidades de erro são muito mais frequentes do que aqueles que trabalham sem o compromisso de ter que administrar o Estado.
Não é a mesma circunstância que enfrenta, por exemplo, os que tentam a reeleição para os cargos de deputado e senador um vez que, na prática, deixam completamente os seus afazeres legislativo e se dedicam, completamente à campanha, comparecendo apenas como ouvinte nas sessões do parlamento que são absolutamente obrigatórias.

Então, os que estão com a responsabilidade de governar o Estado e fazer a campanha pela reeleição, tenham calma e muito cuidado para não serem prejudicados por ações e arroubos daqueles que querem ser mais ativos ou eficientes do que realmente precisam ser.

Nenhum comentário:

Postar um comentário