Rodolfo
Juarez
Administrar
e fazer campanha decisivamente não são tarefas para qualquer um e aqueles que
estão experimentando, pela primeira vez, essa situação, precisam estar atentos
aos erros que podem cometer e pelos quais podem ser responsabilizados.
Erros que
podem estar diretamente relacionados com a administração e erros que dependem
da campanha propriamente dita, com suas limitações e com as suas necessidades
que podem trair o executor do processo e, até, imaginar que pode mais do que a
regra permite.
É uma
delicadeza esse processo que exige tempo, principalmente dos candidatos, tanto
para manter a administração funcionando, como para ativar a campanha que tem os
concorrentes que se tornam cada vez mais forte quanto mais errada é conduzido o
processo.
Nem mesmo
vantagens excepcionais funcionam nesses casos. Vale a habilidade para separar
as duas obrigações, igualmente importantes e das quais tem que prestar conta
por cada passo e por cada ato.
O eleitor
está atento à tudo e não admite erros, muito embora aqueles que são eleitores e
auxiliares da gestão ou da campanha, às vezes não entendam dessa forma e metam
os pés pelas mãos, comprometendo o candidato que, não raro, ficam no que se chama
comumente “sinuca de bico”.
É um belo
exercício quando se compreende o cenário, mas é um caminho perigoso quando se
confunde a coisa e se mistura a administração com a campanha ou a campanha com
a administração.
Este ano
quem está vivendo essa experiência é o candidato do PSB e atual governador
Camilo Capiberibe. Duas frentes estão ativadas para trabalharem cada uma em uma
direção: o governo do Estado e a campanha pela reeleição.
Alguns
problemas já surgiram, muito mais pelo desconhecimento da regra ou pela
interpretação dela. Os desvios mais perigosos são efetivados por aqueles que
são adeptos do modelo de que “em campanha política só não vale perder”. Esse
perigo é enfrentado todos os dias por aqueles que formam no time que trabalha
pela reeleição do governante.
As
possibilidades de erro são muito mais frequentes do que aqueles que trabalham
sem o compromisso de ter que administrar o Estado.
Não é a
mesma circunstância que enfrenta, por exemplo, os que tentam a reeleição para
os cargos de deputado e senador um vez que, na prática, deixam completamente os
seus afazeres legislativo e se dedicam, completamente à campanha, comparecendo
apenas como ouvinte nas sessões do parlamento que são absolutamente
obrigatórias.
Então, os
que estão com a responsabilidade de governar o Estado e fazer a campanha pela
reeleição, tenham calma e muito cuidado para não serem prejudicados por ações e
arroubos daqueles que querem ser mais ativos ou eficientes do que realmente
precisam ser.
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