Rodolfo Juarez
Apesar
de se tratar de uma oportunidade única para alguns candidatos, principalmente
os que concorrem aos cargos definidos em eleição proporcional, algumas
coligações e partidos, não aproveitam todo o tempo, tanto do rádio como da
televisão, para a propaganda gratuita.
No
mínimo, fica estabelecido um paradoxo entre a importância alegada (o que é
verdadeiro) e o aproveitamento da oportunidade.
A
realidade, entretanto, mostra a cada dia, no rádio e na TV, que durante a
apresentação dos programas políticos, em alguns preciosos minutos e segundos,
fica a faixa indicando que não foram enviados os programas, com uma música ao
fundo.
Então,
dá a impressão que o tão importante não é tão importante assim, prevalecendo o
dito pelo não dito e as explicações para o eleitor - convocado todos os dias,
pelos partidos, coligações, Justiça Eleitoral e os candidatos -, nunca
aparecem.
Os
programas, alguns até interessantes, outros nem tanto, seguem ocupando um
espaço nobre, com justificativas que não estão servindo à sua finalidade e, por
outro lado, entretanto, acabam por ser um momento de folga para um descanso da
TV, do rádio e dos ouvidos do eleitor e do não eleitor.
Uma
pena!
Uma
desconsideração que, em alguns momentos serve para decidir o voto dos
indecisos, acabar com a quantidade do voto em branco que é apurada e dos votos
anulados, às vezes suficientes para eleger um parlamentar.
É por
isso que se avalia a importância dessas atitudes tomadas pelo eleitor, que
podendo contribuir com o resultado (ele é obrigado a votar no dia da eleição),
se irrita e anula ou ignora a importância do pleito, votando em branco, indo o
seu voto parar na coluna dos votos inválidos.
O voto
nulo e o voto em branco são votos de revolta do eleitor, mas que, seguramente
prejudica a boa escolha, pois o eleitor comparece, ficando na fila,
apresentando-se perante o mesário e ocupando o mesmo tempo, ou mais, que
aqueles que vão e decidem-se por um nome.
O voto
banco e o voto nuto podem ser resultado do pouco caso das coligações, dos
partidos e candidatos, que com essa omissão, mesmo sem querer, ofendem o
eleitor que se irrita com as letrinhas brancas sobre o fundo azul preferido
pelos operadores de másters de televisão geradora selecionada pelos
representantes da Justiça Eleitoral.
A
definição de qual será a emissora geradora do sinal, áudio e imagem da
televisão e do sinal e áudio do rádio se transforma em um “presente de grego”,
isto porque os operadores não conseguem agradar a todos os encarregados da
distribuição dos programas e das inserções. Como há necessidade de um mínimo de
tempo para verificação da gravação com relação à qualidade e o tempo, nem
sempre a relação entre as secretarias das emissoras geradoras (rádio e televisão)
e os entregadores dos programas e inserções permanece boa e o mais comum e se
tornar uma zona de atrito que só irrita funcionários das emissoras e os
entregadores.
Como
geradora é geradora e em Macapá são apenas três emissores de televisão com essa
qualificação, ninguém quer ficar com a incumbência, devido a zona de atrito que
é criada e, até, as questões que vão parar na Justiça devido aos inevitáveis
erros de execução.
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