sábado, 23 de agosto de 2014

Horário reservado

Rodolfo Juarez
Apesar de se tratar de uma oportunidade única para alguns candidatos, principalmente os que concorrem aos cargos definidos em eleição proporcional, algumas coligações e partidos, não aproveitam todo o tempo, tanto do rádio como da televisão, para a propaganda gratuita.
No mínimo, fica estabelecido um paradoxo entre a importância alegada (o que é verdadeiro) e o aproveitamento da oportunidade.
A realidade, entretanto, mostra a cada dia, no rádio e na TV, que durante a apresentação dos programas políticos, em alguns preciosos minutos e segundos, fica a faixa indicando que não foram enviados os programas, com uma música ao fundo.
Então, dá a impressão que o tão importante não é tão importante assim, prevalecendo o dito pelo não dito e as explicações para o eleitor - convocado todos os dias, pelos partidos, coligações, Justiça Eleitoral e os candidatos -, nunca aparecem.
Os programas, alguns até interessantes, outros nem tanto, seguem ocupando um espaço nobre, com justificativas que não estão servindo à sua finalidade e, por outro lado, entretanto, acabam por ser um momento de folga para um descanso da TV, do rádio e dos ouvidos do eleitor e do não eleitor.
Uma pena!
Uma desconsideração que, em alguns momentos serve para decidir o voto dos indecisos, acabar com a quantidade do voto em branco que é apurada e dos votos anulados, às vezes suficientes para eleger um parlamentar.
É por isso que se avalia a importância dessas atitudes tomadas pelo eleitor, que podendo contribuir com o resultado (ele é obrigado a votar no dia da eleição), se irrita e anula ou ignora a importância do pleito, votando em branco, indo o seu voto parar na coluna dos votos inválidos.
O voto nulo e o voto em branco são votos de revolta do eleitor, mas que, seguramente prejudica a boa escolha, pois o eleitor comparece, ficando na fila, apresentando-se perante o mesário e ocupando o mesmo tempo, ou mais, que aqueles que vão e decidem-se por um nome.
O voto banco e o voto nuto podem ser resultado do pouco caso das coligações, dos partidos e candidatos, que com essa omissão, mesmo sem querer, ofendem o eleitor que se irrita com as letrinhas brancas sobre o fundo azul preferido pelos operadores de másters de televisão geradora selecionada pelos representantes da Justiça Eleitoral.
A definição de qual será a emissora geradora do sinal, áudio e imagem da televisão e do sinal e áudio do rádio se transforma em um “presente de grego”, isto porque os operadores não conseguem agradar a todos os encarregados da distribuição dos programas e das inserções. Como há necessidade de um mínimo de tempo para verificação da gravação com relação à qualidade e o tempo, nem sempre a relação entre as secretarias das emissoras geradoras (rádio e televisão) e os entregadores dos programas e inserções permanece boa e o mais comum e se tornar uma zona de atrito que só irrita funcionários das emissoras e os entregadores.
Como geradora é geradora e em Macapá são apenas três emissores de televisão com essa qualificação, ninguém quer ficar com a incumbência, devido a zona de atrito que é criada e, até, as questões que vão parar na Justiça devido aos inevitáveis erros de execução.

Nenhum comentário:

Postar um comentário