Rodolfo Juarez
Este é
o último domingo, antes da eleição do dia 5 de outubro, que vai passar sem os
comentários sobre o desempenho dos candidatos nos programas gratuitos de rádio
e televisão. Isso porque, a partir do meio da semana começam as propagandas dos
candidatos para convencer o eleitor a votar neles.
Este
ano, mais até que os outros, o eleitor está na expectativa dos programas que
serão levados ao ouvinte de rádio e ao telespectador de televisão e se
justifica essa apreensão pela forma como os partidos políticos e os seus
dirigentes utilizaram os espaços que lhes foram concedidos na televisão para
apresentação de programas de 10 ou 5 minutos e as inserções.
A
comparação será feita inevitavelmente. Afinal de contas há um desalento com
relação ao tipo de comunicação que os partidos e os políticos utilizam para
pensar a realidade, sempre muito mais favorável do que aquela vivida no dia a
dia pela população.
Em
alguns momentos, principalmente na propaganda oficial, o exagero chega a
ultrapassar os limites da coerência e apresentar a cidade ou o estado com
condições que não são experimentadas pela população que vive na cidade ou no
campo real.
As
equipes de divulgação passaram a utilizar critérios que ultrapassam o bom senso
e se não vão além da boa fé, mas fica muito próximo da má fé, em uma atitude
que desagrada e descredibilisa as próprias divulgações que, certamente, são
tomadas com o objetivo de agradar o contribuinte e valorizar o trabalho
daqueles que lidam com os recursos públicos.
Por
essas e outras que há uma expectativa fora do normal com relação aos programas
gratuitos e de divulgação eleitoral, no rádio e na televisão.
Começa
dia 19, terça-feira, e os candidatos que seguirem a mesma linha das divulgações
oficiais perderão a credibilidade e terão muito mais dificuldades para firmar
as suas propostas, por melhores que possam parecer.
É um
momento em que o zelo das coordenações de campanha deve ser redobrado para que
os horários sejam ocupados sem promessas ou ataques ou que sejam apenas
repetições do que já se tornou conhecido, mesmo que sejam com outras imagens,
mas se tiverem o mesmo sentido, o risco de não dar certo é muito grande.
E são
muitos os candidatos que estão apostando tudo nos programas gratuitos que farão
veicular no rádio e na televisão.
Os que
pensam assim têm toda a razão, afinal é a última cartada legal antes da
votação. É o momento para mostrar-se, de corpo presente ao eleitor, dando
oportunidade para que haja a definição dos indefinidos e, até, mudança para
aqueles que repensarem o seu apoio.
Os
programas irão até a antevéspera da eleição, tempo suficiente para que todos os
candidatos se apresentem.
Para
alguns haverá mais dificuldades de que para outros. As coligações ou os
partidos (no caso de estarem “solteiros” na disputa) são os responsáveis pela
definição de quem e quando cada candidato vai aparecer principalmente nas
eleições proporcionais. Nas eleições majoritárias (para governador, para
presidente e para senador) cada candidato já tem o seu tempo definido pelo
próprio Tribunal Regional Eleitoral.
Se os
candidatos e os partidos souberem tirar proveito dos programas, como mensagens
adequadas, poderão ter sucesso. Doutra forma, poderão irritar o eleitor e jogar
todo o trabalho no lixo.
Ah! Os
domingos serão o único dia da semana sem os programas eleitorais gratuitos no
rádio e na TV.
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