segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A prova

Rodolfo Juarez
Depois de uma campanha eleitoral que deixa poucos bons exemplos, a eleição do domingo marcou o que a população, através dos eleitores, em sua maioria, anunciava desde o primeiro tuno – a vitória da oposição.
A situação, sempre representada por quem está no poder estadual, viu-se enfrenando várias frentes e deixou a impressão que não deu importância a todas e imaginou que poderiam superar todos os problemas, diminuindo a importância do adversário.
Não deu certo!
O enfrentamento à rejeição acumulada desde o começo da gestão não recebeu a atenção daqueles que se inscreveram para gerenciar o processo da campanha.
A obrigação de quem administra uma campanha é conhecer a realidade, sem rodeios ou fantasias. Até mesmo o candidato precisa ser alertado para as dificuldades que eventualmente enfrente. À vezes ele prefere seguir em frente do seu jeito, pois, a meta que desenhou tem outros propósitos.
No caso, a rejeição do candidato Camilo Capiberibe superava a metade da vontade do eleitor e, por mais que houvesse cem por cento de acerto na outra ponta da campanha, não alcançaria a maioria necessária para reelegê-lo governador do Estado.
A aposta foi alta, mas o erro foi grosseiro!
Não se deu atenção para a rejeição, ou se teve essa atenção foi equivocada, tanto que o resultado final não deixou qualquer dúvida.
Reconhecer os pontos fortes do adversário, mesmo sendo considerado inimigo, é também, uma obrigação de qualquer coordenador de campanha. E as preferências do eleitor estavam muito claras e, até, davam as dicas de como poderiam ser estancadas. Outra falha que não deixou o candidato da situação avançar.
Do lado da oposição, que tinha Waldez Góes como referência, havia uma  simpatia popular que se consolidava com cada agressão e com cada enxovalho que era praticado pelos adversários políticos.
Waldez Góes antes mesmo de ser candidato já havia sido vitimizado na avaliação da maioria do eleitorado que passou a se instalar como um exército de defesa de alguém que é agredido sem ter a condição de defesa.
Isso não foi percebido pelos “agentes” da situação.
Sem mudar a estratégia de luta e sem considerar a rejeição da maioria, cada dia ficava mais difícil avançar e cada dia da campanha ficava mais difícil mudar o cenário favorável, a priori, para quem faz a oposição.

As urnas serviram a penas para a prova dos noves.

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