Rodolfo Juarez
Depois
de uma campanha eleitoral que deixa poucos bons exemplos, a eleição do domingo
marcou o que a população, através dos eleitores, em sua maioria, anunciava
desde o primeiro tuno – a vitória da oposição.
A
situação, sempre representada por quem está no poder estadual, viu-se
enfrenando várias frentes e deixou a impressão que não deu importância a todas
e imaginou que poderiam superar todos os problemas, diminuindo a importância do
adversário.
Não deu
certo!
O
enfrentamento à rejeição acumulada desde o começo da gestão não recebeu a
atenção daqueles que se inscreveram para gerenciar o processo da campanha.
A
obrigação de quem administra uma campanha é conhecer a realidade, sem rodeios
ou fantasias. Até mesmo o candidato precisa ser alertado para as dificuldades
que eventualmente enfrente. À vezes ele prefere seguir em frente do seu jeito,
pois, a meta que desenhou tem outros propósitos.
No
caso, a rejeição do candidato Camilo Capiberibe superava a metade da vontade do
eleitor e, por mais que houvesse cem por cento de acerto na outra ponta da
campanha, não alcançaria a maioria necessária para reelegê-lo governador do
Estado.
A
aposta foi alta, mas o erro foi grosseiro!
Não se
deu atenção para a rejeição, ou se teve essa atenção foi equivocada, tanto que
o resultado final não deixou qualquer dúvida.
Reconhecer
os pontos fortes do adversário, mesmo sendo considerado inimigo, é também, uma
obrigação de qualquer coordenador de campanha. E as preferências do eleitor
estavam muito claras e, até, davam as dicas de como poderiam ser estancadas. Outra
falha que não deixou o candidato da situação avançar.
Do lado
da oposição, que tinha Waldez Góes como referência, havia uma simpatia popular que se consolidava com cada
agressão e com cada enxovalho que era praticado pelos adversários políticos.
Waldez
Góes antes mesmo de ser candidato já havia sido vitimizado na avaliação da
maioria do eleitorado que passou a se instalar como um exército de defesa de
alguém que é agredido sem ter a condição de defesa.
Isso
não foi percebido pelos “agentes” da situação.
Sem
mudar a estratégia de luta e sem considerar a rejeição da maioria, cada dia
ficava mais difícil avançar e cada dia da campanha ficava mais difícil mudar o
cenário favorável, a priori, para quem faz a oposição.
As
urnas serviram a penas para a prova dos noves.
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