Rodolfo Juarez
Mais
uma vez o Dia do Professor vai passar sem as homenagens daqueles que deveriam
homenageá-los: os alunos, os pais de alunos e os agentes públicos das três
esferas de governo.
A rusga
que foi criada e que provocou um afastamento dos professores da convivência
social-pública, cria uma instabilidade indesejada e que prejudica não a relação
entre os empregadores públicos e os mestres, mas de todos e os professores.
Os
professores no Brasil e especialmente no Amapá precisam ser tratados como
agentes de desenvolvimento, pois, afinal de contas, são eles que transmitem o
conhecimento para as crianças, os jovens e os adultos que se dispõe a aprender
questões, as mais diversas.
Mais
uma vez o que se vai observar são comemorações patrocinadas pelo sindicato da
categoria, sempre com um dia de lazer e com um dia de folga que se dão do
trabalho e da sala de aula.
O
professor deveria comemorar o seu dia na sala de aula, primeiramente com os
seus alunos e depois com a família desses alunos, dando exemplo de cidadania na
presença dos seus orientadores, que muito antes de serem chefes, são pessoas
que precisam ser parceiras dos professores, dos alunos e dos pais de alunos.
Tomara
que haja uma consciência de que as brigas não servem para nada, a não ser para
irritar os professores e deixar os alunos sem saber o que fazer.
A
missão de devolver a paz aos mestres e seus alunos é da direção do sistema
educacional público, sem a diferença de vínculo, se com o município o estado ou
a União. Chega de comparações egoístas, cheda da falta de responsabilidade com
o resultado.
Os
diretores perderam o rumo. A maioria não sabe se fica do lado da administração
educacional ou do lado do desenvolvimento pedagógico da proposta dos currículos
das unidades de ensino.
No meio
disso, professores, alunos e pais de aluno já não sabem mais o que fazer. Há
sempre a insegurança, a possibilidade de uma greve e, com isso, do alongamento
do calendário e a certeza de que os prejudicados são os alunos.
O Dia
dos Professores poderia servir para esse exame de consciência, tanto dos
professores sindicalizados, como da direção dos sindicatos, mas principalmente
por aqueles que se dispõe a organizar a satisfação dos mestres.
Para os
professores vale o mesmo princípio de qualidade, comum a todas as outras
profissões. É preciso que o professor, além de ter a garantia do emprego, seja
bem pago e tenha prazer em ministrar a sua aula.
Os
professores, nesses tempos da Amapá, têm enfrentado guerras que não são suas e,
como não são preparados para isso, sucumbem juntamente com seus alunos e deixam
longe a qualidade de ensino e da aprendizagem.
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