quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Decisão inteligente

Rodolfo Juarez
Pela primeira vez os as coligações, os partidos e os candidatos resolveram ser mais práticos e racionais no enfrentamento da realidade de uma campanha eleitoral, concentrando as ações para que haja segundo turno de votação na eleição para governador do estado do próximo domingo.
E mais, a grande disputa passou a ser pelo segundo lugar, para saber quem se credenciará para enfrentar aquele que está sendo apontado, principalmente pelas pesquisas de intensão de votos, como o virtual primeiro colocado.
Isso não é comum. Noutros tempos simplesmente a tendência apurada nas pesquisas não era aceita pelos concorrentes e verdadeiramente ignorada, com os candidatos com maior potencial, através de suas coordenações de campanha, acreditando que venceriam o pleito.
Uma atitude amadora certamente, mas que distorcia os objetivos traçados para a campanha levando alguns aos desesperos quando do final da apuração.
As eleições para governador do estado deste ano estão equilibradas também por isso. Dos sete candidatos, pelo menos quatro estão na disputa real, com vantagem natural daquele que a pesquisa aponta como favorito, mas que deixa a indicação de que um segundo turno de votação pode acontecer no dia 26 de outubro.
A concentração dos esforços para ser o segundo colocado é a decisão inteligente. Reconhece dois adversários, estuda os seus pontos fracos e procurar mostrar para o eleitor. Algumas vezes a raia do exagero é superada, trazendo a campanha para o baixo-nível, com claros prejuízos para os autores desse baixo nível. Reconhecer esses limites pode ser decisivo para a conquista do segundo lugar, doutra forma, será o passaporte para o resumo histórico das lamentações de uma campanha perdida.
Uma experiência interessante, mas real no caso do Estado do Amapá, na eleição para escolha do governador.
A participação efetiva da militância passou a ter um caráter fundamental, no sentido de motivar os eleitores indecisos e, até mesmo, convencer o eleitor vacilante que mudar não é nenhum pecado.
Estão as caminhadas e bandeiradas, principais forma de manifestação externa, além dos programas e inserções gratuitos no rádio e na televisão, passaram a ser a demonstração obrigatória como se o eleitor estivesse conferindo as quantidades de pessoas e bandeiras para poder decidir-se.

A adaptação foi interessante, o comprometimento dos candidatos que fazem parte das coligações ou são aliados de última hora, também engrossam as fileiras porque, nesse caso, número de pessoas e bandeiras passou a ser importante demais. 

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