Rodolfo Juarez
Pela
primeira vez os as coligações, os partidos e os candidatos resolveram ser mais
práticos e racionais no enfrentamento da realidade de uma campanha eleitoral,
concentrando as ações para que haja segundo turno de votação na eleição para
governador do estado do próximo domingo.
E mais,
a grande disputa passou a ser pelo segundo lugar, para saber quem se
credenciará para enfrentar aquele que está sendo apontado, principalmente pelas
pesquisas de intensão de votos, como o virtual primeiro colocado.
Isso
não é comum. Noutros tempos simplesmente a tendência apurada nas pesquisas não
era aceita pelos concorrentes e verdadeiramente ignorada, com os candidatos com
maior potencial, através de suas coordenações de campanha, acreditando que
venceriam o pleito.
Uma atitude
amadora certamente, mas que distorcia os objetivos traçados para a campanha
levando alguns aos desesperos quando do final da apuração.
As
eleições para governador do estado deste ano estão equilibradas também por
isso. Dos sete candidatos, pelo menos quatro estão na disputa real, com
vantagem natural daquele que a pesquisa aponta como favorito, mas que deixa a
indicação de que um segundo turno de votação pode acontecer no dia 26 de
outubro.
A
concentração dos esforços para ser o segundo colocado é a decisão inteligente.
Reconhece dois adversários, estuda os seus pontos fracos e procurar mostrar
para o eleitor. Algumas vezes a raia do exagero é superada, trazendo a campanha
para o baixo-nível, com claros prejuízos para os autores desse baixo nível. Reconhecer
esses limites pode ser decisivo para a conquista do segundo lugar, doutra
forma, será o passaporte para o resumo histórico das lamentações de uma
campanha perdida.
Uma
experiência interessante, mas real no caso do Estado do Amapá, na eleição para escolha
do governador.
A
participação efetiva da militância passou a ter um caráter fundamental, no
sentido de motivar os eleitores indecisos e, até mesmo, convencer o eleitor
vacilante que mudar não é nenhum pecado.
Estão
as caminhadas e bandeiradas, principais forma de manifestação externa, além dos
programas e inserções gratuitos no rádio e na televisão, passaram a ser a
demonstração obrigatória como se o eleitor estivesse conferindo as quantidades
de pessoas e bandeiras para poder decidir-se.
A
adaptação foi interessante, o comprometimento dos candidatos que fazem parte
das coligações ou são aliados de última hora, também engrossam as fileiras
porque, nesse caso, número de pessoas e bandeiras passou a ser importante
demais.
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