Rodolfo
Juarez
Na
semana passada o governador do Amapá determinou a extinção de algumas unidades
de gestão da estrutura do Governo, a diminuição do número de cargos
comissionados e o corte de alguns poucos contratos administrativos, entre
outras providências.
Com
relação à extinção de algumas unidades de gestão, como secretárias e fundos, na
prática ainda não foi executada, ficando apenas na ordem, sendo que as
providências para a efetivação correm vagarosamente e, este mês, não está
garantida a efetivação daquela ordem.
Nos
casos de diminuição do número de cargos comissionados e de corte no número de
cargos administrativos, é possível que essa “economia” ainda não seja sentida
quando da elaboração da folha de pagamento.
Esses
anúncios públicos deveriam ser feitos juntamente com a mostra da lista nominal
dos cortes ou da solução que é dada, não deixando dúvida para o próprio corpo
do Governo com relação àqueles contratos e cargos comissionados que estão sob a
proteção de agentes estranhos à administração ou de outros órgãos do Estado.
Estão
criados uma confusão e um clima de desconfiança que não faz bem para ninguém:
nem para o governador, nem para as pessoas que são saem e também, para aqueles
que ficam.
A
autoridade dos mandatários e seus auxiliares tendem ao desgaste desnecessário e
à desconfiança do que realmente se pretende com as medidas.
Que são
medidas necessárias, ninguém tem dúvida! Que tem o apoio da população, isso é
fato comprovado!
Então,
porque não agir de forma definitiva a cada decisão?
Até
agora nem o corte de 25% no total de contratos administrativos, anunciado no
primeiro decreto, ainda foi avaliado e agora, se a nova ordem for descumprida,
daqui a pouco não haverá espaço para atitudes como essas, importantes sob todos
os aspectos, inclusive o econômico e o da governabilidade.
As
outras medidas precisam ser consideradas irreversíveis, pelo menos por
enquanto, e não permitir que as coisas fiquem conforme o humor de um auxiliar,
secretário ou colaborador. A autoridade, que já está arranhada, precisa ser
tratada, recuperada e se apresentar nutrida para evitar problemas internos e
enfrentar, objetivamente, os problemas externos.
O
primeiro teste será na apresentação da Proposta Orçamentária para 2016, para a
qual foram criadas muitas expectativas, mas que, também, deve trazer novidades
e modernidade, para substituir o carcomido modelo adotado durante os últimos 10
anos, tendo que ser reconstruído, a cada ano, pela comissão de orçamento da Assembleia
Legislativa.
O
orçamento para 2016 pode fortalecer a mensagem do Governo durante a abertura do
ano legislativo. Estabelecendo um diálogo franco, realista e que possa produzir
um relacionamento novo entre o Executivo e os demais órgãos do Estado, como
Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça e Ministério
Público.
A
dívida pública precisa ser tratada com responsabilidade e não como desculpa
pelos “não feitos” administrativos.
A
administração dessa conta é um projeto que precisa ser do conhecimento da
população, a principal sacrificada e que não ainda não teve oportunidade,
sequer, de ouvir uma explicação e muito menos decidir sob qualquer parte se a
sua aplicação.
Já
passou da hora de ser esmiuçada a conta total, para que todos compreendam como
o pagamento está sendo feito e a importância de honrar esse pagamento, para que
não seja o Estado do Amapá um devedor contumaz e mal pagador, alardeando
esperança de perdão para uma dívida que fez e que está apresentando
pouquíssimos resultado: veja o caso da federalização da CEA.
O Amapá
precisa de ações transparentes e debatidas à exaustão para melhorar a eficácia
dos resultados.
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