Rodolfo
Juarez
Um
momento de crise sugere criatividade, exploração de conhecimentos, tentativas
de êxito e, principalmente, personalidade.
De
pouco ou nada adianta reclamar de situações sobre a qual pouco ou nenhuma
influência tem qualquer executivo ou gestor, para modificar o rumo tomados
pelas novos elementos gerados em situações externas e que foge, completamente,
a qualquer possibilidade de influência do prejudicado.
É
natural que se noticie, alardeie até, as consequências dos problemas para os
quais não houve contribuição local, ou sobre os quais não se tem qualquer
possibilidade de modificação.
Ora, se
as receitas esperadas não estão sendo atingidas, obviamente que não haverá
condições para atender os planos de despesas estabelecidos em qualquer
instrumento de controle ou orçamento.
Controlar
o que não está sob o domínio direto da Administração é impossível!
A
proposta inicial de realização – Plano de Gastos – quando não se confirmam os
recursos de financiamento, precisa ser alterada imediatamente. Não há
alternativa. A intervenção do administrador (ou gestor) precisa ser imediata,
sem rodeio, fundamentado em documentos de conhecimento de todos.
Não é
correto esperar por suplementação que não vem, por financiamentos duvidosos ou
realizar despesas sem a certeza prática de que haverá recursos para honrar
todos os compromissos assumidos.
As
equipes econômicas e de planejamento precisam estar atentas e não podem estar
envolvidas com a gestão, atuar contingenciando despesas ou dizendo que pode
gastar isso ou aquilo, sem que haja o convencimento do executor de forma
completa e com entendimento perfeito da situação.
Como
está, nem mesmo os decretos governamentais são seguidos. Ora, quando é
decretada uma providência, a execução da medida deve ser inerente ao
comportamento dos gestores que, no caso atual do Governo do Amapá, não é
observado, ao contrário, a maioria procura retardar ao máximo a providência
autorizada, sempre olhando para o lado para saber se o seu “vizinho” está
cumprindo a ordem.
Esse
conceito também não chegou a ser desenvolvido com os órgãos do Estado que
continuaram executando o orçamento prometido sem atentar para as alterações que
estavam se procedendo do lado da receita.
O caso
havido entre o governador do estado e os deputados que se declaram integrantes
do que chamara de “grupo independente” foi exatamente isso.
Acostumado
a excesso na arrecadação, houve o acerto para os repasses por conta desse
excesso arredado que não se confirmou, então, com a aproximação do final do ano
e com isso a necessidade de fechar a coluna de repasses, sem que tenha havido o
excesso prometido, os auxiliares do governador tiveram que achar uma desculpa
para apresentar aos deputados que ficaram em dificuldades e reagiram, não
contra a dificuldade, mas contra a promessa mal feita e que descredibilisa a
própria palavra de importantes agentes públicos.
Tudo
isso poderia ter sido evitado se a equipe de planejamento e de ajuste fiscal,
que é pago pela população para fazer isso, houvesse, no tempo certo alertado o
chefe do governo com relação às perspectivas do orçamento aprovado para 2015.
Agora,
o problema está criado e é preciso alguém habilitar-se para resolvê-lo para que
o grande prejudicado não seja o povo do Amapá.
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