sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Dirigentes de partidos em rota de colisão

Rodolfo Juarez
Já começaram os desentendimentos entre os dirigentes dos partidos que formaram a coligação inicial e que elegeu, como governador, o cabeça de chapa, Waldez Góes.
PDT, PP e PMDB foram os partidos que coligaram e escolheram a chapa Waldez-Papaléo, para disputar os cargos de governador e vice-governador e Gilvan Borges  como candidato ao Senado.
No final de setembro o PDT, um dos partidos aliados com o PP e o PMDB realizou um dia de filiação e houve insistentes propostas para que filiados do PP e do PMDB assinassem fichas mudando de partido.
Esse comportamento irritou os dirigentes do PP, principalmente o vice-presidente estadual, Edinho Duarte, que ‘soltou a língua’ reclamando do procedimento e considerando a insistência uma afronta.
Entendem os dirigentes do PP que o PDT não deve ter esse procedimento, principalmente quando vem de pessoas que firmaram o pacto pela respeitabilidade no sentido de fortalecer os partidos aliados olhando a governabilidade.
Os observadores mais próximos avaliaram a situação como um desafio à paciência dos dirigentes do PMDB e PP, pois, sabiam perfeitamente, de todas as condições em que a coligação fora estabelecida e naquelas condições não estava o “vale-tudo” que foi adotado pelo PDT.
Apesar de ser um problema partidário essa questão tem repercussão na Administração uma vez que alguns dos postos chaves do Governo estão entregues ao PP e outros ao PMDB.
E ainda tem os partidos que aderiram ao projeto inicial para o segundo turno de votação, assegurando o resultado onde a então oposição ao governo que estava no exercício não cresceu, tanto no total de votos como no percentual de votos, atestado isso na comparação entre o primeiro e o segundo turnos de votação.
Os dirigentes dos partidos que se sentiram afrontados já procuraram identificar as pessoas que falaram em nome do PDT e que tentaram retirar filiados dos partidos aliados, sabe lá com qual intensão.
O clima político não ficou bom e, em estado pequeno como o Amapá, os problemas se interligam com facilidade e migram para setores da administração que nada ou pouco tem a ver com um caso de filiação.
Faltou ética para aqueles dirigentes que aliciaram os filiados do PP e do PMDB.
O restabelecimento pleno das relações que foram boas durante a campanha e logo depois da campanha é importante para que essas questões não impliquem em tomadas de decisões que representem revanche de qualquer uma das partes.
O respeito e a ética precisam estar acima das vontades de agentes políticos de visão curta e que não têm capacidade de pensar no geral e acabam querendo ser “espertos” e dão tiros no pé, prejudicando a todos.
Segundo se pode apurar há, da parte de alguns dos principais dirigentes do PDT e que estão servidores públicos, com cargos comissionados ou função gratificada ou  mesmo contrato administrativo, querendo “contribuir” com a parcela que podem, acabaram metendo os pés pelas mãos e criando o mal estar entre a cúpula dos partidos.

Além disso, alguns dos auxiliares de primeiro escalão do Governo se mostram com “sapato alto” e não compreendem a relação política que precisa ser fortalecida para que o próprio Governo não enfraqueça.

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