Rodolfo Juarez
Já
começaram os desentendimentos entre os dirigentes dos partidos que formaram a
coligação inicial e que elegeu, como governador, o cabeça de chapa, Waldez
Góes.
PDT, PP
e PMDB foram os partidos que coligaram e escolheram a chapa Waldez-Papaléo,
para disputar os cargos de governador e vice-governador e Gilvan Borges como candidato ao Senado.
No
final de setembro o PDT, um dos partidos aliados com o PP e o PMDB realizou um
dia de filiação e houve insistentes propostas para que filiados do PP e do PMDB
assinassem fichas mudando de partido.
Esse
comportamento irritou os dirigentes do PP, principalmente o vice-presidente
estadual, Edinho Duarte, que ‘soltou a língua’ reclamando do procedimento e
considerando a insistência uma afronta.
Entendem
os dirigentes do PP que o PDT não deve ter esse procedimento, principalmente
quando vem de pessoas que firmaram o pacto pela respeitabilidade no sentido de
fortalecer os partidos aliados olhando a governabilidade.
Os
observadores mais próximos avaliaram a situação como um desafio à paciência dos
dirigentes do PMDB e PP, pois, sabiam perfeitamente, de todas as condições em
que a coligação fora estabelecida e naquelas condições não estava o “vale-tudo”
que foi adotado pelo PDT.
Apesar
de ser um problema partidário essa questão tem repercussão na Administração uma
vez que alguns dos postos chaves do Governo estão entregues ao PP e outros ao
PMDB.
E ainda
tem os partidos que aderiram ao projeto inicial para o segundo turno de
votação, assegurando o resultado onde a então oposição ao governo que estava no
exercício não cresceu, tanto no total de votos como no percentual de votos,
atestado isso na comparação entre o primeiro e o segundo turnos de votação.
Os dirigentes
dos partidos que se sentiram afrontados já procuraram identificar as pessoas
que falaram em nome do PDT e que tentaram retirar filiados dos partidos
aliados, sabe lá com qual intensão.
O clima
político não ficou bom e, em estado pequeno como o Amapá, os problemas se
interligam com facilidade e migram para setores da administração que nada ou
pouco tem a ver com um caso de filiação.
Faltou
ética para aqueles dirigentes que aliciaram os filiados do PP e do PMDB.
O
restabelecimento pleno das relações que foram boas durante a campanha e logo
depois da campanha é importante para que essas questões não impliquem em
tomadas de decisões que representem revanche de qualquer uma das partes.
O
respeito e a ética precisam estar acima das vontades de agentes políticos de
visão curta e que não têm capacidade de pensar no geral e acabam querendo ser
“espertos” e dão tiros no pé, prejudicando a todos.
Segundo
se pode apurar há, da parte de alguns dos principais dirigentes do PDT e que
estão servidores públicos, com cargos comissionados ou função gratificada
ou mesmo contrato administrativo,
querendo “contribuir” com a parcela que podem, acabaram metendo os pés pelas
mãos e criando o mal estar entre a cúpula dos partidos.
Além
disso, alguns dos auxiliares de primeiro escalão do Governo se mostram com
“sapato alto” e não compreendem a relação política que precisa ser fortalecida
para que o próprio Governo não enfraqueça.
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