segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Novo rumo para o Governo

Rodolfo Juarez
O governador do Estado precisa, urgentemente, posicionar-se quanto à estratégia que escolheu para exercer o cargo de mandatário do Poder Executivo do Estado do Amapá.
Não está dando certo a proposta que escolheu para dar rumo ao Governo que tem a responsabilidade de comandar.
Os auxiliares mais diretos, ou não entenderam os comandos ou não confiaram e estão reagindo não fazendo o que é preciso ser feito e, ao contrário, pouco ligando para as dificuldades que o Estado atravessa.
É certo que muitos dos que compõem o Governo do Estado, atualmente, não estão compromissados com a governabilidade. Não colocam entre as suas necessidades profissionais as prioridades que nascem da população. Preferem utilizar as suas próprias regas administrativas e que, sabidamente, não estão dando certo.
Até mesmo profissionais comprometidos com a causa do Governo e que estão responsáveis por importantes setores, mostram-se decepcionados com os resultados obtidos até agora e, principalmente, com o ‘sapato alto’ de alguns dos seus colegas de administração.
É preciso encontrar uma forma que possibilite retomar o comando da administração, mudando as características da medição de resultados.
De nada adianta confiar em quem não apresenta os resultados, naqueles que insistem em velhas teses e não se valem de alternativas e muito menos, não mudam o comportamento para atender as limitações dos tempos atuais.
Não faz tempo que o Estado não tinha uma dívida pública consolidada e, com isso, precisando destinar parcelas da receita para pagamento das parcelas dos empréstimos.
Há necessidade de estruturar o Executivo Estadual para que ele não se torne frágil nas exigências dos outros órgãos do Estado.
Não dá para admitir que, no estágio atual de delicadeza administrativa ainda se atue com amadorismo, onde as respostas mais difíceis são dadas pelo próprio governador e onde se registre a fuga constante da responsabilidade daqueles que se propuseram a ser responsáveis por manter o Estado em condições de desenvolver-se e melhorar a qualidade de vida da população.
Os empregos estão indo embora. As dívidas com fornecedores estão crescendo. A desconfiança entre os funcionários do Estado aumentando. São poucos os profissionais responsáveis pela tarefa de gerir as facilidades e as dificuldades do Estado, que se apresenta para informar ou noticiar o que acontece e quais as providências que estão sendo tomadas.
A vaidade, no ambiente atual do Estado está em alta, quando deveria, nesse momento, estar em alta a profissionalização, o comprometimento e a vontade de falar a verdade, não escamoteando os resultados e sem fugir dos compromissos.
Não tem justificativa, por exemplo, a forma de divulgação adotada para a 51.ª Expofeira, quando depois de ocupar quase todo o Governo, repassa para órgãos estranhos à administração o gerenciamento de quase 2 milhões de reais da publicidade sabendo que, desse valor, 20% fica diretamente com o gerenciador, não fortalecendo a administração e muito menos a divulgação da Expofeira.
Esse é um exemplo.
A impressão que fica é de que não existem dificuldades e a maneira de tomar decisão obedece regras que nada tem a ver com a crise, dando a impressão que há sobra de dinheiro e muita ocupação da equipe, coisas que, verdadeiramente, não estão ocorrendo.
É preciso dar novo rumo para o Governo enquanto o leme ainda não quebrou, pois, como vai as dificuldades só aumentarão e as soluções ficarão, cada vez mais, como impossíveis de serem encontradas.

O tempo não espera! 

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