segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Ainda há tempo para evitar o pior

Rodolfo Juarez
Não adianta imaginar que as recentes medidas tomadas pelo Executivo amapaense são suficientes para que o Governo do Estado chegue ao final do ano sem outros sacrifícios.
A medida tomada pelo governo e anunciada pelo governador no começo da semana foi absolutamente necessária, mas, é preciso reconhecer que foram tímidas e que só apresentarão os resultados esperados se houver, da parte dos executores, completo comprometimento com a proposta.
De pouco adiantariam as medidas tomadas se esperar que elas se instalem por elas mesmas, ou se o Governo se acomodar, sem continuar não só entendendo o momento de dificuldades, mas adotando medidas que possam fazer enfrentamento sem maior sacrifício da população.
O contribuinte está preocupado, os prestadores de serviços também.
Imaginam que as economias feitas sejam suficientes para a retomada do esforço coletivo que também influencia na arrecadação, dando elementos para a receita pública crescer sem que tenha que sacrificar, ainda mais o contribuinte, que já vê a inflação corroer as suas economias e o seu salário.
O estado de emergência para ser efetivo precisa de competência para administrá-lo e de avaliação permanente, diária, para acompanhar com a possibilidade de intervenção na proposta a qualquer momento.
A população percebe que as inteligências do governo estão encruadas, principalmente aqueles das quais o momento exige mais. Alguns responsáveis estão acabrunhados, lotados de serviços, concentrado atividades e prejudicando os resultados que precisam ter sustentação na simplicidade, inclusive na comunicação.
A atual equipe não foi preparada e nem esperava ter que enfrentar toda essa tormenta. Alguns membros, inclusive, ainda nem perceberam que a campanha eleitoral acabou no ano passado e que o momento e de trabalho, de aproveitamento das competências.
Se tiver que trocar os membros da equipe ou reforçar a equipe, o momento é agora.
Para a governabilidade não basta atender as exigências dos outros órgãos de governo é preciso que todos eles entrem em fase produtiva para animar o setor privado a desenvolver-se, acreditar, produzir e passar a faturar mais para poder pagar mais tributos.
É uma equação difícil, mas que precisa ser definida para que sejam encontradas as melhores soluções para todos e não para alguns de fora ou de dentro do Governo.
Também não basta o esforço de alguns. Todos precisam compreender e se submeter a uma ordem, obedecendo igualmente, principalmente aqueles que se acham com mais direitos de usufruir os cargos.
É importante considerar que a falta de sensibilidade ou o modo de governar adotado não deu o resultado esperado, pois, isso é certo, ninguém governa para errar. O erro deve ser a consequência de uma tentativa de inovar, criar, avançar na crise, nas dificuldades, dando exemplo de dedicação e, principalmente, competência.
Nem tudo está perdido. Ainda há tempo para evitar o estrondo do desastre completo, mas, para isso, é preciso que haja compreensão do que está sendo feito e abandonadas as práticas do toma-lá-da-cá que não está dando certo, inclusive, no Governo Central.

Coragem para mudar o que precisa ser mudado e preparação para fazer tudo às claras, com absolta transparência seja para quem for. De outra forma, as perspectivas não indicam sucesso administrativo nem político.

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