Rodolfo
Juarez
Não
adianta imaginar que as recentes medidas tomadas pelo Executivo amapaense são
suficientes para que o Governo do Estado chegue ao final do ano sem outros
sacrifícios.
A
medida tomada pelo governo e anunciada pelo governador no começo da semana foi
absolutamente necessária, mas, é preciso reconhecer que foram tímidas e que só
apresentarão os resultados esperados se houver, da parte dos executores,
completo comprometimento com a proposta.
De
pouco adiantariam as medidas tomadas se esperar que elas se instalem por elas
mesmas, ou se o Governo se acomodar, sem continuar não só entendendo o momento
de dificuldades, mas adotando medidas que possam fazer enfrentamento sem maior
sacrifício da população.
O
contribuinte está preocupado, os prestadores de serviços também.
Imaginam
que as economias feitas sejam suficientes para a retomada do esforço coletivo
que também influencia na arrecadação, dando elementos para a receita pública
crescer sem que tenha que sacrificar, ainda mais o contribuinte, que já vê a
inflação corroer as suas economias e o seu salário.
O
estado de emergência para ser efetivo precisa de competência para administrá-lo
e de avaliação permanente, diária, para acompanhar com a possibilidade de
intervenção na proposta a qualquer momento.
A
população percebe que as inteligências do governo estão encruadas,
principalmente aqueles das quais o momento exige mais. Alguns responsáveis
estão acabrunhados, lotados de serviços, concentrado atividades e prejudicando
os resultados que precisam ter sustentação na simplicidade, inclusive na
comunicação.
A atual
equipe não foi preparada e nem esperava ter que enfrentar toda essa tormenta.
Alguns membros, inclusive, ainda nem perceberam que a campanha eleitoral acabou
no ano passado e que o momento e de trabalho, de aproveitamento das
competências.
Se
tiver que trocar os membros da equipe ou reforçar a equipe, o momento é agora.
Para a
governabilidade não basta atender as exigências dos outros órgãos de governo é
preciso que todos eles entrem em fase produtiva para animar o setor privado a
desenvolver-se, acreditar, produzir e passar a faturar mais para poder pagar
mais tributos.
É uma
equação difícil, mas que precisa ser definida para que sejam encontradas as
melhores soluções para todos e não para alguns de fora ou de dentro do Governo.
Também
não basta o esforço de alguns. Todos precisam compreender e se submeter a uma
ordem, obedecendo igualmente, principalmente aqueles que se acham com mais direitos
de usufruir os cargos.
É
importante considerar que a falta de sensibilidade ou o modo de governar
adotado não deu o resultado esperado, pois, isso é certo, ninguém governa para
errar. O erro deve ser a consequência de uma tentativa de inovar, criar, avançar
na crise, nas dificuldades, dando exemplo de dedicação e, principalmente,
competência.
Nem
tudo está perdido. Ainda há tempo para evitar o estrondo do desastre completo,
mas, para isso, é preciso que haja compreensão do que está sendo feito e abandonadas
as práticas do toma-lá-da-cá que não está dando certo, inclusive, no Governo
Central.
Coragem
para mudar o que precisa ser mudado e preparação para fazer tudo às claras, com
absolta transparência seja para quem for. De outra forma, as perspectivas não
indicam sucesso administrativo nem político.
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