Rodolfo
Juarez
Afinal
de contas, para que serviu o contingenciamento do Orçamento Público do Estado?
Qual o significado de considerar prioridade a educação, saúde e segurança
pública, se não foi dado um tratamento de prioridade para estes organismos do
Governo do Amapá?
Passados
onze meses, por mais simples que seja o levantamento feito em qualquer um dos
órgãos considerados prioritários, as modificações na prestação de serviço
dependeu, exclusivamente, como no caso da Segurança Pública, dos seus agentes e
dirigentes.
A saúde
pública na parte que cabe à responsabilidade do Estado continua em situação
muito difícil. Os que precisam acessar o sistema têm imensas dificuldades e as
melhorias esperadas não se confirmaram, mesmo com as mudanças havidas
considerados os primeiros dias da Administração.
A
educação não se firmou. Os problemas com os atrasos de pagamento de prestadores
de serviço, movimento dos professores, insatisfação de todos e resultados nas
provas nacionais continuam indicando que ainda estamos muito longe de atingir
as metas que integram os planos de educação do Estado.
Ora, se
os órgãos que foram escalados para receber a atenção especial da Administração
se encontram em grandes dificuldades, então há de se pensar: para que valeu o
sacrifício do contingenciamento? De que valeu a declaração de situação de
emergência, especialmente no setor saúde.
Até as
obras dos setores considerados prioritários, a maioria financiada com recurso
do empréstimo feito junto ao BNDES, não andou e quando andou foi muito aquém do
que era preciso, demonstrando que continuam erradas as medidas tomadas para
acelerar o processo e responder para a população, já demais prejudicada,
especialmente devido a qualidade dos serviços que presta.
A
segurança pública, nos quatro primeiros meses, conseguiu, com o esforço dos
gestores, a convencer a população que atravessa um novo tempo, entretanto,
recentemente, a crise no abastecimento de combustível, revelou que nada mudara
ou a prioridade alegada não havia se confirmado.
O
Orçamento Público tem prazo para concluir a sua execução e, desde o começo, os
executores do Orçamento do 2015 do Estado do Amapá, sabiam que tudo o que está
previsto se encerra no dia 31 de dezembro de 2015. Estamos um mês daquela data
e, até agora, não houve a contra-ordem para o descontingenciamento dos recursos
que, estrategicamente ficariam parados.
Das
duas uma: ou não foi obedecida a orientação do comando da administração; ou o
dinheiro foi gasto com outras destinações, contrariando a Lei do Orçamento que,
afinal de contas, é aquela que orienta todas as despesas do setor público
estadual.
Os
diretamente prejudicados, a população, ficaram esperando pelos resultados que
não apareceram, a não ser os entreveros e as brigas entre pessoas e entre
representantes de importantes poderes do Estado.
As
promessas inseridas nas propostas constantes do orçamento de 2015 não deixaram
de ser, apenas, propostas e não foram transformadas em realidade para melhorar
a qualidade de vida da população e a esperança de melhores para os que moram no
Estado do Amapá.
Para se
ter uma idéia, contingenciar 40% do Orçamento Público do Estado do Amapá, com
exceção da saúde, educação e segurança pública, significa represar, no mínimo
oitocentos milhões de reais que deveriam estar disponível para não contrariar a
própria Lei do Orçamento, aprovada pela Assembleia Legislativa para ser
executado pelos Poderes do Estado.
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