Rodolfo Juarez
Volto
ao assunto do levantamento da consultoria Macroplan que deixou Macapá, a
capital do Estado do Amapá, no último lugar entre todas as capitais de estados
do Brasil para se viver.
Esta
situação me deixou completamente desconfortável e por várias razões, entre
estas razões está o fato do episódio não ter merecido qualquer comentário dos
dirigentes atuais da cidade, seja do Município, seja do Estado, ou até da União
onde temos representantes importantes na Câmara Federal e no Senado da
República.
Este, a
mim parece, não é um assunto exclusivo deste ou daquele dirigente, mas de todos
aqueles que receberam a confiança do eleitor nas eleições realizadas por aqui
e, neste momento, estão dispondo de um mandato para representar o povo ou
dirigir os interesses desse mesmo povo.
São 23
vereadores, 1 prefeito, 24 deputados estatuais, 1 governador, 8 deputados
federais e 3 senadores. São 60 pessoas, investidas de autoridade pública, por
decisão da população daqui, aos quais foi entregue a responsabilidade para
zelar pela qualidade de vida da população, quando do exercício do mandato para
o qual recebe, regiamente, o pagamento pela disponibilidade e obrigação a qual,
voluntariamente, jurou e aceitou.
Os
assuntos comparados na análise da consultora são pertinentes, não têm qualquer
aberração e os dados utilizados na comparação são todos oficias, não deixando
margem para discussão quanto à colocação vexatória e que escancara a maneira
errada de como estão sendo aplicados os recursos decorrentes dos tributos do
contribuinte.
O mais
complicado, entretanto, parece ser o pouco caso dado por aquelas autoridades ao
assunto importante e que precisa ser tratado com muito zelo e especial atenção,
com seriedade e de forma imediata.
Não dá
para compreender a falta de compromisso daquelas 60 autoridades com a população
da Capital, onde se concentra a maior parcela de eleitores do estado, e que
esperava uma iniciativa que pudesse, ao longo do tempo, mudar o quadro atual e
possibilitar que a cidade saísse dessa desconfortável condição para comparação
com as outras capitais do Brasil.
A
estratégia de ficar calado para ver se o povo esquece o problema é adotada
costumeiramente, mas não está certo neste caso. É preciso atitude, análise
sobre os pontos levantados, trabalhar pelo menos esses pontos e mostrar que são
verdadeiros representantes dos interesses da Capital do Estado.
Ninguém
pode discutir o último lugar apenas porque ficou em último lugar, precisamos
discutir os motivos que levaram a essa situação. Não é possível que entre as
26capitais tenhamos que ser o último, seja qual for a razão.
Precisamos
reconhecer isso sim, que estamos em último devido ao pouco interesse
demonstrado pela grande maioria dos representantes e dirigentes, mas é
necessário que se cobre dessas autoridades ações no sentido de modificar esse
resultado.
Macapá
merece mais do que estão lhe dando. A população de Macapá não está recebendo os
serviços que lhes são prometidos por aqueles que, a cada dois anos, estão nas
ruas em busca de mandato, principalmente renovação deles. Parece até que estão
mais interessados no subsídio e seus adicionais, do que no trabalho que
disseram que estavam dispostos a realizar.
Os
pontos que foram avaliados para chegar à conclusão publicada na revista de
circulação nacional são todos objetivos e, portanto, perfeitamente
identificáveis, ou estão identificados como: educação e cultura, índice 0,362
(25.º lugar); saúde, índice 0,498 (25.º lugar); segurança, índice 0,740 (8.º
lugar); e saneamento e sustentabilidade, índice 0,316 (25.º lugar).
Por
condições óbvias os índices não podem ser comparados entre si, pois são
analisados conforme as condições de cada Capital.
Todos
os dados para a comparação foram coletados de órgãos governamentais da União,
dos Estados e dos Municípios entre os anos e 2004 e 2015.
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