Rodolfo Juarez
Já tem
muita gente preocupada com o rumo que tomou o Estado do Amapá, que dispensou
boa parte de sua capacidade de trabalho, para adotar um modelo administrativo
completamente arcaico e que está baseado no perigoso sistema do “toma lá dá
cá”.
A
fragilidade dos partidos políticos, muito em decorrência da forma como são
administrados, deixa a administração estadual sem personalidade.
Ninguém
quer assumir, da parte do Governo, as responsabilidades pelo processo de
desenvolvimento para entregar essa tarefa aos dirigentes partidários do partido
que venceu a eleição e de todos aqueles que foram seus aliados de primeira, de
segunda ou de enésima hora.
Esse
modelo, adotado por aqui desde os primeiros mandatos do início da vida do
Estado do Amapá, acabou particularizando a disputa entre dois partidos, o PDT e
o PSB, com os dois necessitando, desesperadamente, fazer alianças para ter
chance de chegar ao topo da administração e lá se encastelar, uma espécie de
gozo oficial das benesses que a Administração Estadual pode oferecer.
Os
cargos mais importantes passaram a ser prometidos em troca de segundos nos
programas gratuitos de rádio e televisão, para atender às exigências dos
marqueteiros que preferem o Caixa 2 para receber pelo seus serviços.
Com
esse comportamento a Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA passou a ser uma
das principais moedas de troca política, pois, de lá, saíram deputados
federais, deputados estaduais, vereadores que ainda estão, não mais a partir da
CEA, militando na vida partidário-eleitoral-administrativa.
Enquanto
isso não se cumpre qualquer planejamento, não se avalia os resultados de médio
e longo prazo, não se tem a exata medida da capacidade deste ou daquele governo
a não ser pelo resultado das urnas da próxima das eleição.
Já se
percebe que essa estratégia não dá certo, a não ser para poucos daqueles que
estão “encostados” na administração estadual e que durante quatro ou oito anos,
têm garantido o “leite das crianças”.
Mas é
só isso!
É
preciso adotar outro entendimento para a administração pública desse Estado,
onde se tenha a possibilidade de medir a eficiência, um dos princípios da
Administração Pública e que é medidor técnico de que o gestor está acertando ou
errando.
Afinal
são mais de 5 bilhões de reais o orçamento anual do Estado, uma quantidade de
dinheiro que deveria atender às necessidade desta população de pouco mais de
700 mil habitantes, mas não é assim.
O
pagador de tributos não está satisfeito por não conseguir ver transformado este
seu esforço em serviços e condições que pudessem melhorar a qualidade de vida.
Vivemos
histórias repetidas de dinheiro do erário mal aplicado e situações repetidas
que induzem à falta de esperança por viver em ambientes urbanos que poderiam
ser melhores, dispondo de coleta de esgoto, fornecimento de água e de todos os
outros serviços públicos, como a saúde a educação e a segurança, em processo de
crescimento objetivando a melhoria do atendimento.
Não
agir foi o modelo instalado, e aceitar, passivamente, tudo o que está
acontecendo, muito embora, os atuais governistas falem, abertamente, que são
candidatos a continuar no comando do Estado.
O
eleitor, por óbvio, é o quem vai decidir!
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