Rodolfo Juarez
Os
brasileiros estão vivendo o impacto das revelações feitas sobre a maneira como
os detentores do Poder agiam para nele manter-se, pouco importando a ética, as
regras, a moral e até mesmo, os costumes.
O que
está sendo revelado pelos próprios agentes daquele mundo era impossível de ser
imaginado e muito mais difícil de ser compreendido pelo povo, que tinha que
acreditar em alguma coisa, mesmo que desconfiando de parte delas.
Com
tantos “ídolos” políticos dispostos a “lutar pelo povo”, com boa lábia e
nenhuma vergonha na cara, conquistavam os mandatos e consumiam as reservas
nacionais, pouco se importando com as promessas feitas e com as condições que
seria repercutida, da pior forma, na população.
Está
muito claro que havia – e ainda há -, na consciência de muitos dos dirigentes
de que poderia ser criado e apresentado para a população dois brasis dentro de
um mesmo território: o Brasil real, onde ficaria distribuído o povo e seus
problemas e outros Brasil virtual, onde estariam boa parte dos dirigentes e
suas ambições.
Para o
“construir” o Brasil virtual chamaram os marqueteiros, ambiciosos vagabundos,
que fazem de suas alucinações de grandeza a materialização da grandeza desses
dirigentes fracos e mal intencionados, sempre dispostos a “se dar bem” e pouco
se importando com quem se daria mal.
Enquanto
isso, no Brasil real os problemas se agigantam, as dificuldades tornam-se
insuperáveis, as várias manobras daqueles do Brasil virtual saqueiam as economias
do povo pobre e daqueles empreendedores de boa-fé.
Percebam
que o grande imã disso tudo está na ambição dos que se consideram “donos” do
Poder e das alucinações dos instigados marqueteiros de campanhas políticas, que
criam todo tipo de artifício, sem se importar se são ou não criminosos, mas
sempre na direção do enriquecimento ilícito, seu e daqueles para os quais
trabalham.
Nesta
corrente foram implantados o “caixa 2”, os “financiamentos de campanha com
dinheiro do setor privado” e o “esgoto criminoso” por onde se desenvolveu o
superfaturamento, os aditivos contratuais desnecessários, os aumentos de
serviços onde não precisava e, para fechar a tampa, a criação de programas
populares de infraestrutura, caros, mas com furos suficientes para escoar toda
o dinheiro necessário para satisfazer a ganância da maioria e o espírito
megalômano de alguns outros.
Para
tentar esconder a corrupção foram criados, pelo que se tem notado, vários
artifícios, alguns em conta corrente, só compreendidos agora, depois de desenhados
pelos seus autores e/ou executores, disposto ainda a serem premiados por contar
suas histórias criminosas.
Mas a
ambição não tem limite!
Foram
chamados a fazer parte do “banquete dantesco” os megaempresários, os detentores
de grande parte do PIB nacional, oferecendo-lhes mais motivos, além daqueles
que já tinham, para tornar a aliança perfeita: financiar, com dinheiro dos
tributos pagos pelos brasileiros, negócios que levasse a economia nacional para
fora do País, pois o espaço aqui, ao que deixam transparecer, já não podia
atender as ambições de todos os gananciosos do Poder.
A
população assiste a esse “espetáculo” e toma partido, desconfiando que ainda
tem muita coisa para ser revelada, com novos protagonistas e em ambientes
administrativos mais próximos de cada um.
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