domingo, 14 de maio de 2017

Ambição sem limite!

Rodolfo Juarez
Os brasileiros estão vivendo o impacto das revelações feitas sobre a maneira como os detentores do Poder agiam para nele manter-se, pouco importando a ética, as regras, a moral e até mesmo, os costumes.
O que está sendo revelado pelos próprios agentes daquele mundo era impossível de ser imaginado e muito mais difícil de ser compreendido pelo povo, que tinha que acreditar em alguma coisa, mesmo que desconfiando de parte delas.
Com tantos “ídolos” políticos dispostos a “lutar pelo povo”, com boa lábia e nenhuma vergonha na cara, conquistavam os mandatos e consumiam as reservas nacionais, pouco se importando com as promessas feitas e com as condições que seria repercutida, da pior forma, na população.
Está muito claro que havia – e ainda há -, na consciência de muitos dos dirigentes de que poderia ser criado e apresentado para a população dois brasis dentro de um mesmo território: o Brasil real, onde ficaria distribuído o povo e seus problemas e outros Brasil virtual, onde estariam boa parte dos dirigentes e suas ambições.
Para o “construir” o Brasil virtual chamaram os marqueteiros, ambiciosos vagabundos, que fazem de suas alucinações de grandeza a materialização da grandeza desses dirigentes fracos e mal intencionados, sempre dispostos a “se dar bem” e pouco se importando com quem se daria mal.
Enquanto isso, no Brasil real os problemas se agigantam, as dificuldades tornam-se insuperáveis, as várias manobras daqueles do Brasil virtual saqueiam as economias do povo pobre e daqueles empreendedores de boa-fé.
Percebam que o grande imã disso tudo está na ambição dos que se consideram “donos” do Poder e das alucinações dos instigados marqueteiros de campanhas políticas, que criam todo tipo de artifício, sem se importar se são ou não criminosos, mas sempre na direção do enriquecimento ilícito, seu e daqueles para os quais trabalham.
Nesta corrente foram implantados o “caixa 2”, os “financiamentos de campanha com dinheiro do setor privado” e o “esgoto criminoso” por onde se desenvolveu o superfaturamento, os aditivos contratuais desnecessários, os aumentos de serviços onde não precisava e, para fechar a tampa, a criação de programas populares de infraestrutura, caros, mas com furos suficientes para escoar toda o dinheiro necessário para satisfazer a ganância da maioria e o espírito megalômano de alguns outros.
Para tentar esconder a corrupção foram criados, pelo que se tem notado, vários artifícios, alguns em conta corrente, só compreendidos agora, depois de desenhados pelos seus autores e/ou executores, disposto ainda a serem premiados por contar suas histórias criminosas.
Mas a ambição não tem limite!
Foram chamados a fazer parte do “banquete dantesco” os megaempresários, os detentores de grande parte do PIB nacional, oferecendo-lhes mais motivos, além daqueles que já tinham, para tornar a aliança perfeita: financiar, com dinheiro dos tributos pagos pelos brasileiros, negócios que levasse a economia nacional para fora do País, pois o espaço aqui, ao que deixam transparecer, já não podia atender as ambições de todos os gananciosos do Poder.

A população assiste a esse “espetáculo” e toma partido, desconfiando que ainda tem muita coisa para ser revelada, com novos protagonistas e em ambientes administrativos mais próximos de cada um.   

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