domingo, 7 de maio de 2017

Escravos da rotina improdutiva

Rodolfo Juarez
As dificuldades, ao que tudo faz parecer, começam se aproximar do Setentrião e por diversas razões. Entre as principais dificuldades estão: a situação dos ambientes urbanos, das rodovias que interligam estes ambientes e as áreas rurais por quais passam essas rodovias.
A capital do Estado e as outras sedes dos municípios, todas elas estão com problemas graves e caros, na sua respectiva infraestrutura. A questão da coleta de esgoto sanitário, além de ser uma questão de saúde pública é tida como uma dificuldade imensa para todos os administradores atuais.
O abastecimento de água tratada, também na vertente da saúde pública, é outro serviço que precisa de investimentos altos e que devem seguir um cronograma que ultrapassa o tamanho dos mandatos e isso se apresenta como uma barreira intransponível para os dirigentes que estão sem iniciativas e agarrados à âncora da crise para justificar o injustificável.
As comunidades rurais que precisam também de infraestrutura para acompanhar o momento onde há oferta de meios mais eficientes de produção estão por lá mesmo, em suas propriedades, defendendo-as para não serem invadidas e esperando a presença dos técnicos que estão na folha de pagamento do Governo do Estado e das respectivas prefeituras, mas que lá não chegam.
O canal irrigante e motivador para a geração de riquezas e empregos, que seriam as rodovias, estão com dificuldades para serem concluídas ou mesmo iniciadas, como se verifica em muitos casos analisados.
É preciso que os administradores saiam dos gabinetes, arregacem as mangas e demonstrem que estão trabalhando para melhorar a situação e não ser escravo de uma rotina improdutiva que exige cadeiras confortáveis e salas com ar condicionado e um batalhão de auxiliares para servir água e café, anotar recados e preparar ambientes para as costumeiras reuniões, inclusive com aqueles que deveriam estar no campo orientando a produção.
Sem mudar o jeito de encarar os problemas do Estado a população herdará mais 4 anos perdidos, onde as discussões e as insatisfações serão as mesmas, a não ser daqueles que conseguem “varar” e conquistar a simpatia do “rei” e ganhar um dinheirinho no final do mês e ouvir as reclamações das dificuldades para pagá-los.
Essa falta de ação do Executivo desmotiva os outros órgãos do Estado que têm excessos em seus orçamentos e que procuram meios de gastar o financeiro, seja lá com que for, pois sabe que em um dia do mês a receita será recomposta como “planejado”.
As prioridades não podem ser apenas as áreas de custeio puro, mas também aqueles que pode gerar riquezas ou melhorar a qualidade de vida da população.
Assim como está, sem perspectiva e tratando apenas do calendário de obrigações administrativas, gerir os interesses dos contribuintes fica sempre para plano inferior, nunca alcançado pelos administradores.

É urgente a mudança de comportamento. Assim, mudaria o sentido das necessidades, inclusive administrativa. É só experimentar...

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