Rodolfo Juarez
O povo
brasileiro está vivendo mais um desafio e sabe que dele tem que sair com todas
as honras e sem ter exemplos para seguir.
Quase
tudo já estava de cabeça para baixo nas diversas administrações públicas no
Brasil e com mais o vendaval da semana que terminou, o que restava na posição
normal ficou de ponta cabeça, com os brasileiros tendo que enfrentar todos os
invisíveis adversários que se disfarçam de políticos e de empresários para
explorar um povo que nunca deixou de dar crédito a quem para ele dissesse que
merecia esse crédito.
Afinal
na disputa do sanduiche de mortadela com os coxinhas, os dois conseguiram
mostrar a seus respectivos descaramento e a suas incríveis capacidades de criar
embaraços para a população brasileira, que só esperava que os seus escolhidos
fossem os homens dignos que se esforçavam tanto para dizer isso.
Todos
contribuíram com essa grande e virada para o mal! Afinal todos estão mostrando
que nunca perderam a vontade de se dar bem, pouco se importando de como isso
aconteceria ou quanto isso custaria para a população que paga os tributos que
lhes são cobrados, mesmo que muitos dos dirigentes não tenham outro sentimento
se não o se apropriar do erário e transformá-lo em formas de gozo pessoal ou
familiar.
Nesse
momento é importante rever o significado que, pelo menos até agora, foi
empregado para definir empresário nas relações dessa pessoa com os governos,
principalmente aqueles que cresceram de forma exponencial em um curto espaço de
tempo como a JBS, e as empreiteiras que estavam construindo um país sem
alicerce numa economia sem futuro e uma linha de emprego de alto risco.
A
relação estabelecida pelos homens que têm mandato popular com os homens que se
intitulam empresários é escandalosamente perniciosa para o povo brasileiro que
arca com a responsabilidade da estrutura pública.
O
sistema de controle que está instalado é absolutamente falho e não se trata de
questões pontuais, mas de forma generalizada, deixando para as ações especiais
e eventuais a identificação dos escândalos, cada vez maiores e mais
comprometedores.
O caso
específico que foi narrado, sob a forma de delação, é a mais desavergonhada
situação para aqueles que querem negociar no mercado internacional e dizer que
estão contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do povo.
Dessa
forma é impossível contabilizar qualquer tipo de desenvolvimento,
principalmente o econômico e o social. Os população demora à acreditar no que
está acontecendo, de tão surreal que é a forma como são mostrados os fatos,
muito embora já saibam que é uma praga bem maior do que qualquer outra doença
que tome conta do Brasil.
Os
sistemas de controle, bem pagos pela população, são ineficientes, não fosse
isso ninguém levaria tantas vantagens como levam e que para desencapar é
preciso operação policial, a mais sigilosa possível, mas que sempre escapa para
um Jardim como a desta semana.
O
sistema está apodrecido e precisa ser recuperado. Encontrar os elementos de
recuperação deverá ser a tarefa do povo. Por enquanto os mesmos maus
acostumados se apresentam para continuar tudo do jeito que lhes interessa.
Por
enquanto, de acordo com a lábia do malfeitor, a escolha é para saber quem é o
mau ladrão (aquele de delata) e o ladrão ruim (aquele que é delatado) e, entre
esses, ainda escolher quem vai para casa sua própria casa ou quem não vai. Ou
então embaralhar tudo para que ninguém compreenda nada.
Não
subestime os políticos. A maioria deles ainda não se apresentou formando na
linha de frente. Poucos são aqueles que querem consertar a situação. Boa parte
deles quer mesmo é desenvolver a “operação caranguejo” – todos na lama! Lá eles
se dão bem.
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