quinta-feira, 18 de maio de 2017

Operação Caranguejo

Rodolfo Juarez
O povo brasileiro está vivendo mais um desafio e sabe que dele tem que sair com todas as honras e sem ter exemplos para seguir.
Quase tudo já estava de cabeça para baixo nas diversas administrações públicas no Brasil e com mais o vendaval da semana que terminou, o que restava na posição normal ficou de ponta cabeça, com os brasileiros tendo que enfrentar todos os invisíveis adversários que se disfarçam de políticos e de empresários para explorar um povo que nunca deixou de dar crédito a quem para ele dissesse que merecia esse crédito.
Afinal na disputa do sanduiche de mortadela com os coxinhas, os dois conseguiram mostrar a seus respectivos descaramento e a suas incríveis capacidades de criar embaraços para a população brasileira, que só esperava que os seus escolhidos fossem os homens dignos que se esforçavam tanto para dizer isso.
Todos contribuíram com essa grande e virada para o mal! Afinal todos estão mostrando que nunca perderam a vontade de se dar bem, pouco se importando de como isso aconteceria ou quanto isso custaria para a população que paga os tributos que lhes são cobrados, mesmo que muitos dos dirigentes não tenham outro sentimento se não o se apropriar do erário e transformá-lo em formas de gozo pessoal ou familiar.
Nesse momento é importante rever o significado que, pelo menos até agora, foi empregado para definir empresário nas relações dessa pessoa com os governos, principalmente aqueles que cresceram de forma exponencial em um curto espaço de tempo como a JBS, e as empreiteiras que estavam construindo um país sem alicerce numa economia sem futuro e uma linha de emprego de alto risco.
A relação estabelecida pelos homens que têm mandato popular com os homens que se intitulam empresários é escandalosamente perniciosa para o povo brasileiro que arca com a responsabilidade da estrutura pública.
O sistema de controle que está instalado é absolutamente falho e não se trata de questões pontuais, mas de forma generalizada, deixando para as ações especiais e eventuais a identificação dos escândalos, cada vez maiores e mais comprometedores.
O caso específico que foi narrado, sob a forma de delação, é a mais desavergonhada situação para aqueles que querem negociar no mercado internacional e dizer que estão contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do povo.
Dessa forma é impossível contabilizar qualquer tipo de desenvolvimento, principalmente o econômico e o social. Os população demora à acreditar no que está acontecendo, de tão surreal que é a forma como são mostrados os fatos, muito embora já saibam que é uma praga bem maior do que qualquer outra doença que tome conta do Brasil.
Os sistemas de controle, bem pagos pela população, são ineficientes, não fosse isso ninguém levaria tantas vantagens como levam e que para desencapar é preciso operação policial, a mais sigilosa possível, mas que sempre escapa para um Jardim como a desta semana.
O sistema está apodrecido e precisa ser recuperado. Encontrar os elementos de recuperação deverá ser a tarefa do povo. Por enquanto os mesmos maus acostumados se apresentam para continuar tudo do jeito que lhes interessa.
Por enquanto, de acordo com a lábia do malfeitor, a escolha é para saber quem é o mau ladrão (aquele de delata) e o ladrão ruim (aquele que é delatado) e, entre esses, ainda escolher quem vai para casa sua própria casa ou quem não vai. Ou então embaralhar tudo para que ninguém compreenda nada.

Não subestime os políticos. A maioria deles ainda não se apresentou formando na linha de frente. Poucos são aqueles que querem consertar a situação. Boa parte deles quer mesmo é desenvolver a “operação caranguejo” – todos na lama! Lá eles se dão bem.

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