Rodolfo Juarez
A
Justiça Eleitoral tem até o dia 6 de outubro deste ano para publicar dando
conhecer ao eleitor e aos partidos políticos, as regras das eleições de 2018
quando serão eleitos o presidente e o vice-presidente da República, o
governador e o vice-governador do Estado, dois senadores, oito deputados
federais e vinte e quatro deputados estaduais.
É que
começa a contar, no dia 6 de outubro de 2017, o prazo de um ano antes das
eleições nacional e regionais para a realização do pleito, no primeiro domingo
de outubro de 2018 que marca a eleição para o dia 7 de outubro.
O
eleitor já vinha percebendo a “areia movediça” sobre a qual caminhavam os seus
escolhidos, alguns já completamente enlambuzados durante o seu caminhar, mas
que conseguiam disfarçar e enganar o eleitor pelas com os malabarismos que
faziam, seja cobrando dos seus “padrinhos” as contas, seja acreditando que o
eleitor está disposto a nada ver, desde que lhe dê um bom tapa-olho.
Veio,
nesse tempo, operação policial Lava-Jato e tomou contado cenário, se
ramificando e atraindo para Curitiba alguns dos mais influentes políticos e
que, para alcançar os postos de influência, agora se sabe, se valiam de
procedimentos criminosos que transformarão grandes empresas, inclusive a
Petrobrás, em seu alvos preferenciais, através de colocação de aliados em
pontos que consideravam estratégicos para os malfeitos.
A mídia
acabou se transformando no principal instrumento de divulgação das ações da
Polícia, da Justiça e do Ministério Público que, devido ao grande número de
processo que foram gerados em decorrência da operação, entenderam por bem
estabelecer força-tarefa com dedicação exclusiva para os crimes que se repetem
em diversos personagens, alguns deles expoentes da política até o inicio de
2015.
A
inquietação da população acabou por acender diversas vontades em diversos
personagens que estão fazendo de tudo para ser o preferido da mídia e do
telespectador, ás vezes sendo usados por um e por outro.
Mas o
Brasil precisa seguir e a legitimidade vem com a eleição direta para os cargos
em disputa no dia 7 de outubro de 2018 em primeiro turno e para os que
precisarem ir ao segundo turno a data também já está marcada: dia 28 de
outubro.
São
mais de 100 milhões de eleitores que, desta vez, terão que escolher nomes
diferentes daqueles que estavam acostumados a escolher e identificar o que
restou dos partidos, alguns sem chão, que ainda flutuam no ar vendo suas
principais lideranças serem afastadas das disputas.
Mas a
escolha continua sendo privativa do eleitor, muito embora, desta vez tendo que
assumir um papel decisivo e de verdadeiro protagonista no processo eleitoral,
para poder ver, a partir de 2019 os novos modelos de desenvolvimento para cada
Estado e para o País.
O
eleitor saberá selecionar aqueles que vão substituir os que não deram certo,
que pisaram na bola e que passaram de referência política para a condição
indesejada de condenado.
Esta
claro que alguns que ainda não foram retirados de circulação ainda serão. Como
também algumas meias-verdades ainda serão completadas, como também ver-se-á
pretensões de pessoas que hoje combatem a política, nela ingressando para
disputar cargo eletivo trazendo na mochila, justificativas pelo sua escolha,
deixando de ser o estilingue para ser a vidraça.
Até a
publicação das regras das eleições de 2018, ainda decorrerão 113 dias,
convenhamos: pouco tempo para o tamanho da empreitada que, por isso, ainda não
trará modernidade que o sistema eleitoral precisa e a confiança que partidos
políticos e candidatos desejam ter para não serem surpreendidos com o terceiro
turno das eleições, nos tribunais.
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