Rodolfo Juarez
Tenho a
impressão que a maioria dos brasileiros já enterrou, em cova funda, aqueles que
reconheciam como lideranças políticas nacionais.
Estão
vendo, cada vez mais distantes os líderes artificiais e de ocasião, criados e
cevados á base da propina e da roubalheira.
Os
brasileiros estão, nesse momento, se sentindo órfão de lideranças e ao mesmo
tempo, percebendo a maneira apátrida que utilizaram para, primeiro enganar o
eleitor, mas querendo sempre levar vantagem, pouco se importando como as
atitudes que tomavam, mesmo sabendo que estavam fora da lei e que implicava no
sacrifício daqueles que os elegiam e apoiavam as suas escolhas.
Até
para ser empresário precisava se alinhar às exigências dessas pessoas que, em
maioria, a cada quatro anos, vinham para as “suas bases” pedir, outra vez,
votos para continuar “trabalhando” nos seus projetos de enriquecimento pessoal,
familiar e de empresas e corporações.
Sabia
que agindo dessa forma podia contar com o dinheiro para financiar as ricas
campanhas eleitorais, carregadas de mentiras cuidadosamente embaladas nos
programas de campanhas eleitorais, incluindo ai, os apresentados ao eleitor
pelo rádio e pela televisão, nos programas ditos gratuitos.
Os grandes
empresários passaram a não ter escrúpulos.
Massacravam
aqueles empresários que não se alinhavam ao que chamavam nova ordem e que
insistiam em continuar dentro da linha de honestidade, obediente às leis e
respeitando os seus colaboradores e clientes.
Com
compra dos políticos que lhes interessavam, os grandes e inescrupulosos
empresários passaram a agir fora das leis que os atrapalhavam e a mandar fazer
leis que os beneficiavam.
A
desonestidade era tamanha e o “poder de mando” era tanto que credores foram
integrados à empresas para que passassem a dever para eles mesmos, como
aconteceu na JBS que trouxe o credor BNDES para ser sócio e passar a dever para
ele mesmo. Um verdadeiro golpe de facínoras.
Para
não deixar nenhuma possibilidade de errar na mira de suas desonestidades, os
donos e os dirigentes de grandes empresas, cercavam todas as variáveis,
analisando todos os candidatos que tinham chances, compravam e pagavam mais por
aqueles que poderiam controlar no desempenho de suas ações públicas.
A busca
do erro zero passou a ser o principal objetivo.
Enquanto
isso os órgãos de controle da administração pública ou eram boicotados pelo
estrangulamento orçamentário ou controlados pela ação combinada de
parlamentares e de executivos, enviando para aqueles órgãos o que diziam ser
“pessoas de confiança”, noutras palavras, aliados na desonestidade.
As CPIs
aprovadas e instaladas eram manipuladas pelos agentes externos, basicamente as
grandes corporações. As operações policias alcançavam apenas aqueles que estavam
“atrapalhando” o desempenho dos verdadeiros larápios do erário, até que veio a
Lava Jato no tempo certo e no alvo certo, e tudo começou a mudar.
Nesse
momento os brasileiros percebem que não contam com líderes de verdade, que
sejam confiáveis, por isso candidatos de todas as linhagens se apresentam para
ocupar as vagas deixadas.
Os
exageros aparecem por enquanto apenas em nível nacional, no local onde moram os
eleitores as artimanhas se avolumam e a eleição de 2018 pode ser, ao contrário
de alguns que pregam a ditadura sem saber o que é isso, o momento para o
eleitor dar nova direção para o Brasil, elegendo políticos comprometidos com
essa mudança e não sobreviventes dos escândalos que abalaram a confiança do
povo brasileiro.
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