Rodolfo Juarez
A
Democracia é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam
igualmente, diretamente ou através de representantes eleitos, na proposta, no
desenvolvimento na criação de leis, exercendo o poder da governação através do
sufrágio universal.
A
Democracia abrange as condições sociais, econômicas e culturais que permitem o
exercício livre e igual da autodeterminação política.
Esse é
o cenário desejado por todos os brasileiros que, de dois em dois anos, vão às
urnas, livres e individualmente, para escolher os seus dirigentes ou
representantes. No momento do voto o eleitor exerce o seu direito de escolha
entre as alternativas que lhes oferecidas e o que imagina que é bom para a
nação.
Antes
da escolha alguém estabelece as regras para até o momento da escolha do
eleitor, em seguida, outra vez as são definidas para a efetiva apuração do que,
à luz da verdade, a maioria quis escolher, em seguida as regras da identidade
dos eleitos, resumidas em um diploma que, também por regra, apresenta para
aqueles que, em nome de todo o povo, dar-lhe a posse para representar, caso dos
parlamentares, ou dirigir os seus interesses, caso dos executivos eleitos.
As
regras gerais e particularizadas são de responsabilidade dos representantes
eleitos que podem, também por maioria, seja simples ou qualificada, manter as
existentes ou alterá-las conforme a dinâmica social que experimenta a nação.
Na
invenção dos representantes do povo, coube à Justiça Eleitoral definir quem tem
direito a voto e a votar, nas eleições para escolha dos representantes e dos
dirigentes dos interesses do País, como também de definir as diversas fazes de
uma eleição: habilitação do eleitor, habilitação dos candidatos, as regras da
campanha eleitoral, para o dia da eleição, para a apuração, para declaração dos
eleitos e finalmente, para a posse dos eleitos.
A
execução dessas fases, pela Justiça Eleitoral, é que apresentam a possibilidade
de indefinições que implicam em julgamentos muito demorados e que provocam
incertezas e oportunidades para os aproveitadores ou inconformados com
eventuais derrotas ou insatisfações ideológicas.
A
inteligências dos responsáveis pelo processo eleitoral precisa encontrar uma
maneira de evitar que um candidato ou candidatura, possa passar de fase com
pendências naquela em que estava, os seja, só avança para a fase da campanha,
que realmente seja candidato, assim como o eleitor, que tem um tempo para fazer
a sua inscrição como eleitor na Justiça Eleitoral, se não o fizer não terá o
direito de votar.
A
higidez adotada para o eleitor não se propaga para o candidato, uma vez que, em
muitos casos, são aceitos dependendo de decisões posteriores, ou que até tomam
posse dependendo de decisões posteriores, deixando todos em confusão
desnecessária e que, na maioria dos casos, é responsável por instabilidades que
afetam o começo de tudo, a Democracia.
O que
se acompanhou esta semana no Tribunal Superior Eleitoral foi um esforço para
acomodar situações que pouco tem a ver com justiça e muito tem a ver com a
realidade de um povo – o povo brasileiro.
Entre
corrigir o erro de ter dado posse a eleitos que se valeram de artifícios
comprovadamente contrários às regras da escolha e submeter o pais a riscos
desconhecidos, os ministro do órgão máximo da Justiça Eleitoral, preferiram,
por maioria, não arriscar.
A
Justiça Eleitoral Brasileira precisa se reinventar para continuar realizando o
trabalho que vem fazendo e reconhecer que o autoelogio precisa ter sustentação
na praticidade para garantir a confiança do eleitor, se não pode virar um
bibelô de porcelana.
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