Rodolfo Juarez
Macapá,
Santana, Laranjal do Jari, Oiapoque, Porto Grande e todas as demais sedes
municipais e outros núcleos urbanos, no Estado do Amapá, padecem da falta de
planejamento e de orientação técnica para governar, com os administradores
preocupados em resolver os problemas urgentes de cada dia.
Os
municípios a cada ano estão vendo as suas receitas não serem suficientes para
satisfazer as despesas, deixando a necessidade das populações muito aquém das
possibilidades dos gestores e, de vez em quando, mais atribuição é dada para
ser cumprida pelo Município.
Na
saúde são muitos os projetos entregues à responsabilidade da gestão da saúde
municipal como se o órgão não integrasse uma engrenagem que tem como motores a
prefeitura e a câmara municipal, reportando-se administrativamente a
ministérios, conselhos, comissões entre outros organismos.
Na
educação o projeto é tratar o assunto com independência, criando uma zona de
desconforto entre os gestores, provocando dúvidas e mostrando equívocos que
repercutem nos resultados. E quando pior, pior. Poucos pensam em recuperar a
qualidade, pensam mais em criticar, muito embora até o piso salarial, que é
alívio para os professores, torna-se uma forca para as administrações.
As
creches, elementos de programas nacionais, com projetos completamente fora das
realidades locais e trazendo um compromisso que não tem a contrapartida
financeira, quando se leva em conta o custo de manutenção e de pagamento dos profissionais
necessário ao funcionamento da creche.
Essa
situação avança pela cultura e pelas finanças, tornando o Município cada vez
mais dependente de questões que não estão bem definidas e onde assume os ônus e
despreza os bônus.
O
resultado disso tudo é sentido nos serviços prestados e nos investimentos que
são de responsabilidade do município, como: asfalto, sinalização viária,
sinalização de trânsito, manutenção dos equipamentos, desenvolvimento do lazer,
empoderamento social das lideranças comunitárias, além de típicas atividades
que precisam do desenvolvimento e controle do município.
Mesmo
como um plano-piloto a providência é urgente. As administrações municipais
precisam dispor de um plano de desenvolvimento urbano para cidades como Macapá,
Santana, Laranjal do Jari e Oiapoque, tantas são as questões que precisam ser
resolvidas.
O
zoneamento, a iluminação pública, as calçadas, os meios-fios, as linhas d’água,
as ruas, os sistemas de distribuição de energia, água, telefone, internet; as
coletas de águas pluviais, de esgoto, coleta de lixo domiciliar; o transporte
coletivo, os transportes individuais públicos, entre tantas necessidades
precisam de regulamentação e de fiscalização.
A
expansão urbana precisa ser organizada e projetada, para induzir o crescimento
da cidade que está entregue às vontades das incorporadoras ou daqueles que têm
como adquirir terras para fazer loteamento.
As
prefeituras dão a impressão de que desistiram de organizar a cidade, deixando
lugar para praças, parques e jardins. Reservar ambientes que possa permitir o
equilíbrio entre o meio ambiente natural e o meio ambiente urbano, deixando
politizar ou criminalizar o setor.
Votar a
dispor de um Plano de Desenvolvimento Urbano, discutido pela população,
submetido aos vereadores e aprovado pela administração, devolveria a capacidade
do município buscar financiamento a fundo perdido e melhora a condição de vida
da população.
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