Rodolfo Juarez
Depois
de vinte e quatro anos de gangorra na gestão do Governo do Estado do Amapá, em
que o PSB e o PDT se revezam na administração estadual, eis que chega, mais uma
vez, a oportunidade do eleitor manifestar-se sobre a seu nível de satisfação.
É
preciso lembrar todos os momentos que foram vividos por aqueles dirigentes,
como se comportaram nos seus mandatos, quais os resultados que obtiveram na
aplicação dos valores arrecadados para manter a máquina pública nos serviços de
atendimento às necessidades da população.
A hora
é de rever todos os passos, considerar todos os resultados, levantar, mesmo que
superficialmente, a situação atual. Dar nota para os serviços que lhes são
oferecidos, especialmente na saúde pública, na escola pública e não segurança
pública. Analisar o desempenho dos agentes públicos durante cada mandato.
É
preciso lembrar o desempenho pessoal dos governadores, inclusive no momento de
deixar o cargo para o vice, naquelas oportunidades em que houve a renúncia por
interesse pessoal, em virtude de exigências legais.
João
Capiberibe tomou posse depois de Annibal Barcellos e governou de 1995 a 2001,
entregando o cargo para a vice-governadora, Dalva Figueiredo, que governou
durante os últimos nove meses de 2002.
Waldez
Góes governou de 2003 a 2009, deixando o governo para o vice Pedro Paulo que
governou durante os últimos nove meses de 2010.
Camilo
Capiberibe governou o Amapá de 2011 a 2014, perdendo a eleição para Waldez Góes
que voltou ao Palácio do Setentrião em 2015 onde está até a data presente.
Uma
história de 24 anos onde dois partidos se revezam no Poder, o PSB e o PDT,
tendo como coadjuvantes PT (Dalva Figueiredo) e PP (Pedro Paulo), partidos dos
dois vices que substituíram os governadores titulares, em 2002 e 2010.
Ainda
dá para remontar os resultados, analisar os programas desenvolvidos e o que
ficou para a posteridade, além da saudade daqueles que foram seus respectivos
auxiliares ou formaram no que ficou denominado como “arco de aliança” no
sentido de permitir a governabilidade, contando com a participação dos
legisladores federais e, principalmente dos estaduais.
É essa
avaliação que precisa ser feita nos aspectos administrativos, sociais, de
desenvolvimento, e econômicos. De cada um desses aspectos catar um exemplo para
representar a gestão.
Então,
dá ou não dá para avaliar os governos passados?
Faça
isso, não deixe se impressionado pelo saudosismo e nem pelas informações
massificadas através de propagandas. Se a população do estado estiver
satisfeita com os resultados, então que continue votando em os mesmos partidos.
Agora,
se percebe que é hora de mudar então que busque nova alternativa, possivelmente
as questões administrativas podem mudar, a sociedade pode influenciar, a economia
melhorar e o desenvolvimento encontrar o caminho de volta trazendo emprego,
satisfação e confiança para a população.
Mesmo
com este cenário é preciso analisar aqueles que se propõe a governar o Amapá a
partir do dia primeiro de janeiro de 2019, com quem ele pretende juntar-se,
quais as propostas que ele apresenta e que são possíveis desenvolver, quais os
indicadores que o credenciam a ter potencial para melhorar os serviços públicos
que hoje são precariamente oferecidos à população.
Não
pode esquecer a importância dos legisladores estaduais, dos legisladores
federais, pois eles também poderão contribuir com o desempenho daquele que vai
governar o Amapá de 2019 a 2022.
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