Rodolfo Juarez
Os
profissionais administradores estão habituados a ouvir que a competitividade
entre empresas privadas está cada vez maior, e que é preciso ainda mais empenho
para permanecer no mercado. Por isso, a melhor defesa é o planejamento, seja
ele de curto, médio ou longo prazo, permitindo que os gestores tenham mais
capacidade de controle em se adaptar às transformações do mercado.
Por outro
lado, muita gente esquece que as cidades, estados e países também funcionam
como grandes empresas, tendo necessidades muito parecidas como as tais. Os
especialistas garantem as cidades devem desempenhar um novo papel, voltado para
a competitividade, visto que a competição entre localidades é algo inevitável
para sua sobrevivência no mundo globalizado.
Assim, essas
grandes "empresas públicas" precisam ser tratadas como um produto,
utilizando, inclusive, ferramentas de marketing, para que possam aumentar sua
capacidade de atração.
A partir dessa
reflexão, pode-se dizer que as cidades precisam criar suas imagens, destacar
aquilo que o município tem a oferecer, para que possam ser atraentes para a
vinda de novos moradores, novas empresas, novos investimentos, com a cautela de
não criar uma realidade deformada e facilmente desmascarada.
Em 2017 apenas
8 Estados e o Distrito Federal melhoram o desempenho no ranking da
competitividade. No cenário desafiador poucos estados conseguiram manter as
contas sob controle e ainda promover melhoria no atendimento ao cidadão, na
infraestrutura e no ambiente de negócios.
Um estudo
idealizado e produzido pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com
a Tendência Consultorias, é o mais completo do gênero no País e avalia,
anualmente, desde dois mil e onze, a performance dos 26 Estados e do Distrito
Federal em dez pilares: capital humano, educação, eficiência da máquina
pública, infraestrutura, inovação, potencial de mercado, segurança pública,
solidez fiscal, sustentabilidade ambiental e sustentabilidade social.
Os pilares são
compostos por 66 indicadores apurados por instituições de referência, como o
IBGE, o Ipea (Instituto de Planejamento de Economia Aplicada, ligado ao
Ministério do Planejamento) e a Secretaria do Tesouro Nacional.
O ranking da
competitividade dos 26 Estados e o Distrito Federal foi publicado no começo
deste ano referente ao resultado obtido em 2017 que mostra o Estado do Amapá na
posição número 26, a frente apenas do Estado de Sergipe.
O detalhe é
que o Amapá, em 2017, caiu, no ranking da competitividade, da posição 16 para a
posição 26, registrando a maior queda entre todas as Unidades da Federação.
Quando
analisados cada um dos 10 eixos que definem o ranking de competitividade dos
estados, o Amapá aparece apenas no eixo Sustentabilidade Ambiental, na posição
10. Nos demais eixos, que revelam apenas os dez primeiros, o Amapá ficou fora.
Esta apuração
revela a necessidade do Estado do Amapá, através de todos os seus órgãos,
especialmente o Governo do Estado, estabelecer metas para serem alcançadas,
neste processo de recuperação.
Não adianta
olhar para o retrovisor, justificar os resultados obtidos, é preciso que sejam
estabelecidas ações recuperadoras, uma vez que o Amapá tem potencial para
melhor a sua posição neste ranking.
O desafio
coloca em teste a competência do governo, os objetivos reais da administração,
e deixa muito claro que a estratégia usada até agora está completamente fora
dos caminhos que podem levar os indicadores econômicos do estado à melhoria no
desempenho de suas premissas.
Como está
apenas o desafio é muito bom, pois, a atualidade, na medida do resultado
conhecido, é péssima para todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário