Rodolfo Juarez
Começa
um dos anos mais esperados dos últimos tempos. Tão ou mais esperado do que
aquele ano de 1989 quando, depois de 29 anos os eleitores brasileiros tiveram
devolvido o direito de votar e eleger um presidente da República.
Naquele
ano de 1989 os eleitores elegeram Fernando Collor de Mello que tomou posse em
25 de março de 1990.
Antes a
população brasileira havia experimentado uma renúncia (Janio Quadros em 1961),
um governo parlamentarista, o de Jango Goulart (entre 1961 e 1964), um governo
militar (entre 1964 e 1985); um governo de transição (entre 1985 e 1990) com
José Sarney.
Muitos
ainda lembram que Fernando Collor renunciou, depois de forte pressão popular,
em 29 de dezembro de 1992, assumindo a Presidência da República o mineiro
Itamar Franco (governou de 29/12/1992 a 01/01/1995), iniciando um tempo de
estabilidade da moeda, informação necessária para o desenvolvimento nacional e
confiança nos investimentos internos.
Depois
assumira e governaram o Brasil: Fernando Henrique Cardoso (governou de 01/01/95
a 01/01/2003), Luiz Inácio Lula da Silva (governou de 01/01/2003 a 01/01/2011),
em seguida Dilma Rousseff (governou de 01/01/2011 a 31/08/2016), quando, depois
de ser impedida pelo Congresso, deixou o Governo para Michel Temer em
31/08/2016. Dilma saiu acusando Michel Temer, que havia sido eleito como seu
vice, e vários congressistas, de “golpistas”.
Desde
antes da posse de Michel Temer o Brasil já estava atolado em um lamaçal de
corrupção e que segue até hoje, com muitos políticos e empresários cumprindo
pena por condenação regular e outros aguardando o cumprimento ou mesmo a
condenação, deixando o País cheio de incertezas e muitas necessidades,
inclusive de legitimidade no principal cargo da República.
O ano
de 2018, ano de eleições regionais (governadores, deputados estaduais,
deputados federais e senadores) e eleição nacional (presidente da República)
está sendo focado como um ano onde o eleitor tem oportunidade de dizer o que
quer para o Brasil, para o desenvolvimento nacional e, especialmente para a população.
As
regras das eleições estão mudadas, mas nem tanto, sustentadas por um Código
Eleitoral cheio de remendos e uma Lei Eleitoral que, a cada eleição, é
reforçada para defender a sociedade dos maus políticos.
Mas tem
sido pouco. As mudanças são consideradas tímidas e os pesos e contrapesos
colocados mantém a universalidade, inclusive com relação aos meios de admissão
como candidato de políticos considerados, nacionalmente, inadequados para
eleger-se para qualquer função pública, mas que, pelo seu desempenho anterior,
ou por dispor de “currais eleitorais”, além de dinheiro de fontes
inconfessáveis para manter o desempenho eleitoral e continuar “representando”
os interesses nacionais no Parlamento Brasileiro ou nas chefias de governos de
diversos Estados ou do Distrito Federal.
A
movimentação defensiva dos atuais detentores de mandatos está imune aos
clamores do povo que não se sendo representado no Congresso ou nas Assembleias
Legislativas e, até mesmo, nos Governos Estaduais ou do Distrito Federal.
O eleitor
ainda não venceu a barreira da proteção armada pelo seu “representante” ou
“dirigente dos interesses do sua Unidade Federativa”.
As
forças das massas ainda não são suficientes para afastar os eleitos que são
indesejados, principalmente pelo sistema eleitoral adota para escolha os
parlamentares, sujeitas à proporcionalidade que acaba produzindo resultados
inesperados e levando para os parlamentos pessoas que não demonstram eficácia
no desempenho do cargo, como mostra na disputa do próprio cargo político.
O
eleitor jovem, mais audacioso, sabe disso e, para ele, está entregue o “bastão”
da mudança.
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