terça-feira, 2 de janeiro de 2018

2018 não é apenas um ano de mudanças...

Rodolfo Juarez
Começa um dos anos mais esperados dos últimos tempos. Tão ou mais esperado do que aquele ano de 1989 quando, depois de 29 anos os eleitores brasileiros tiveram devolvido o direito de votar e eleger um presidente da República.
Naquele ano de 1989 os eleitores elegeram Fernando Collor de Mello que tomou posse em 25 de março de 1990.
Antes a população brasileira havia experimentado uma renúncia (Janio Quadros em 1961), um governo parlamentarista, o de Jango Goulart (entre 1961 e 1964), um governo militar (entre 1964 e 1985); um governo de transição (entre 1985 e 1990) com José Sarney.
Muitos ainda lembram que Fernando Collor renunciou, depois de forte pressão popular, em 29 de dezembro de 1992, assumindo a Presidência da República o mineiro Itamar Franco (governou de 29/12/1992 a 01/01/1995), iniciando um tempo de estabilidade da moeda, informação necessária para o desenvolvimento nacional e confiança nos investimentos internos.
Depois assumira e governaram o Brasil: Fernando Henrique Cardoso (governou de 01/01/95 a 01/01/2003), Luiz Inácio Lula da Silva (governou de 01/01/2003 a 01/01/2011), em seguida Dilma Rousseff (governou de 01/01/2011 a 31/08/2016), quando, depois de ser impedida pelo Congresso, deixou o Governo para Michel Temer em 31/08/2016. Dilma saiu acusando Michel Temer, que havia sido eleito como seu vice, e vários congressistas, de “golpistas”.
Desde antes da posse de Michel Temer o Brasil já estava atolado em um lamaçal de corrupção e que segue até hoje, com muitos políticos e empresários cumprindo pena por condenação regular e outros aguardando o cumprimento ou mesmo a condenação, deixando o País cheio de incertezas e muitas necessidades, inclusive de legitimidade no principal cargo da República.
O ano de 2018, ano de eleições regionais (governadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) e eleição nacional (presidente da República) está sendo focado como um ano onde o eleitor tem oportunidade de dizer o que quer para o Brasil, para o desenvolvimento nacional e, especialmente para a população.
As regras das eleições estão mudadas, mas nem tanto, sustentadas por um Código Eleitoral cheio de remendos e uma Lei Eleitoral que, a cada eleição, é reforçada para defender a sociedade dos maus políticos.
Mas tem sido pouco. As mudanças são consideradas tímidas e os pesos e contrapesos colocados mantém a universalidade, inclusive com relação aos meios de admissão como candidato de políticos considerados, nacionalmente, inadequados para eleger-se para qualquer função pública, mas que, pelo seu desempenho anterior, ou por dispor de “currais eleitorais”, além de dinheiro de fontes inconfessáveis para manter o desempenho eleitoral e continuar “representando” os interesses nacionais no Parlamento Brasileiro ou nas chefias de governos de diversos Estados ou do Distrito Federal.
A movimentação defensiva dos atuais detentores de mandatos está imune aos clamores do povo que não se sendo representado no Congresso ou nas Assembleias Legislativas e, até mesmo, nos Governos Estaduais ou do Distrito Federal.
O eleitor ainda não venceu a barreira da proteção armada pelo seu “representante” ou “dirigente dos interesses do sua Unidade Federativa”.
As forças das massas ainda não são suficientes para afastar os eleitos que são indesejados, principalmente pelo sistema eleitoral adota para escolha os parlamentares, sujeitas à proporcionalidade que acaba produzindo resultados inesperados e levando para os parlamentos pessoas que não demonstram eficácia no desempenho do cargo, como mostra na disputa do próprio cargo político.

O eleitor jovem, mais audacioso, sabe disso e, para ele, está entregue o “bastão” da mudança. 

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