domingo, 24 de julho de 2011

O GRANDE TEATRO

Rodolfo Juarez
O Estado do Amapá padece de um problema grave que é a falta de informação no tempo em que se precisa dessa informação.
Os organismos que têm a função de fornecer os dados estão desarticulados ou sem a estrutura necessária para fornecer esses dados que servem de parâmetro para as análises que vão orientar os executivos das empresas que precisam tomar decisões, inclusive de investimento no Estado.
Sem os dados oficiais é impossível se perceber as perspectivas que direcionam os interesses do Estado e dos cidadãos do Estado. Ficam todos completamente desarticulados e se valendo de dados nacionais que, nem sempre, são obtidos em fontes confiáveis o suficiente para serem isentos de erros.
Isso vem acontecendo já faz mais de ano.
É preciso que as autoridades do Amapá, aquelas que têm a incumbência de pensar o Estado, voltem suas atenções para esse item, que é decisivo no momento de ser estabelecida a regra de investimento e as prioridades para o desenvolvimento da empresa que deve seguir o rumo que está pretendendo o Estado.
Fonte fidedigna já informou que não tem ninguém tratando desse assunto dentro do Governo. Não há como aceitar essa informação uma vez que é impossível avançar, sem ter esse mínimo dado para construir as prioridades.
É certo que são poucos os que estão trabalhando o desenvolvimento planejado do Amapá. Como também é certo que isso não pode perdurar da forma que está, pois tanto o Estado, como os governantes, como os empreendedores vão acabar dando, de frente, com obstáculos que vão exigir grande esforço para serem vencidos.
Então, porque não começar a trabalhar a obtenção dos dados que espelhem a realidade do Amapá. Principalmente aquelas que possam trazer indicadores que definam as prioridades.
Percebe-se que senadores, deputados federais, além de autoridades do Governo do Estado estão voltados para priorizar, por exemplo, a banda-larga.
Não há qualquer estudo que mostre a dimensão dessa prioridade.
Não podem esses senadores, deputados federais e autoridades do governo, muito bem pagos pelo contribuinte, se esforçarem pretendendo dar prioridade para questões que não são prioritárias, salvo se estão pretendendo atender suas vontades particulares ou arriscarem com um “tiro no escuro”.
Esse é apenas um exemplo, até um dos poucos que estão sendo noticiados, mas sem qualquer vontade de colocá-lo em discussão, mostrando apenas como uma ocupação que pode justificar a ação parlamentar ou governamental das autoridades que estão inquietas por não mostrar qual o papel que estão mesmo pretendendo representar nesse grande teatro que é o Estado do Amapá.
Ninguém fala de projeto. Nem mesmo os empresários que estão preferindo esperar o tom das conversas oficiais para poder afinar os instrumentos empresariais que imaginam que ainda têm.
O momento é grave e já afeta, além daqueles que são os primeiros – como os que vão a feira -, como também aqueles que podem definir, aqui no Amapá, as estrutura que podem oferecer vagas de emprego para a população desempregada e que está se virando como pode e isso já faz algum tempo.
A responsabilidade é de todos, mas cada um precisa fazer a perfeita leitura da situação que continua absolutamente órfã de dirigentes que possam modificar o futuro do Amapá.

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