domingo, 31 de julho de 2011

TOM E JERRY

Rodolfo Juarez
O mês de julho deste ano foi marcado por uma disputa particular entre o governador Camilo Capiberibe e o prefeito Roberto Góes. Os dois relembraram este ano as contendas havidas na Assembléia Legislativa, quando os dois cumpriam mandato de deputado estadual.
Naquele momento a palavra era o limite e os insultos, de parte a parte, e as provocações, à vezes pueris, retratavam a juventude e a inexperiência dos dois parlamentares de então, censurados em várias oportunidades pelo deputado que presidia a sessão pública no Plenário da Casa do Povo.
Em cada sessão as galerias esperavam os novos episódios da luta entre os dois, cada um apresentando uma armadilha nova, pronto para disparar e apanhar um ao outro. Os dois, muito espertos, não se deixavam dominar e nem se abater. Mantiveram as rusgas até quando se licenciaram para serem candidatos ao cargo de Prefeito de Macapá.
Naquele tempo já pareciam com Tom e Jerry.
Tom e Jerry é uma das mais tradicionais séries animadas de curta-metragem criada por Willam Hanna e Joseph Barbera para a Metro-Goldwyn-Mayer, cujo tema é a eterna rivalidade entre um gato doméstico, o Tom, e um rato, o Jerry.
O centro da trama se baseia geralmente em tentativas frustradas do Tom para capturar Jerry, e o caos e a destruição que se segue.
Tom raramente consegue agarrar o Jerry, principalmente por causa das habilidades do engenhoso ratinho, e também por causa de sua própria estupidez. As perseguições são eletrizantes e sempre vêm acompanhadas por boa trilha sonora.
Nas tentativas são utilizadas diversas armadilhas e truques que no final não dão resultado satisfatório. Bombas e ratoeiras, as armadilhas mais comuns, não dão certo o que aumenta a rivalidade entre os dois - o gato e o rato.
Alguns personagens também marcam presença na trama como o cachorro buldog Spike e o rival de Tom, o gato Butch.
Pois bem, quis o destino e os eleitores que a luta entre os dois – Roberto e Camilo -, se classificassem para as disputas, em um segundo turno de votaçao, para saber quem seria o prefeito de Macapá.
No final foi Roberto Góes quem recebeu o diploma de prefeito da Capital sem, entretanto, Camilo Capiberibe deixar de continuar atazanando a vida do agora prefeito, pedindo, em todas as instância possiveis e inimaginávies, a cassação daquele diploma recebido por Roberto.
Mais uma vez quiz o destino, as marezias de uma operação policial e o eleitor, que Camilo Capiberibe assumisse o Governo do Estado do Amapá. E lá estavam, de novo, Roberto e Camilo, como Tom e Jerry, um perseguindo o outro e o outro perseguindo o um.
Até uma carta, como o nome de Carta de Macapá, serviu de armadilha de um contra o outro e, agora mesmo, durante as férias de julho, próprias para o veraneio, lá estavam eles, sem qualquer necessidade aparente, disputando espaço: um com o programa Macapá Verão e o outro com o programa Euquador Verão.
Encarregaram a mídia de narrar cada episódio e obrigaram o contribuinte a ficar assistindo e, às vezes aplaudindo, outras vaiando o nosso Tom e o nosso Jerry.
Até agora ainda não dão para saber quem é o Tom e quem é o Jerry? Quem é o Spike e quem é o Butch?
Você sabe?

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