Rodolfo Juarez
A
proposta constitucional, onde a União, os Estado e os Municípios funcionam de
forma complementar na administração dos interesses da população, indica que o
sucesso administrativo do todo depende do sucesso de cada uma de suas partes.
Da
mesma forma, qualquer um dos 26 estados e o Distrito Federal, que forma a
Federação, só poderá ser eficiente em sua administração, quando todos dos
órgãos do Estado estão em permanente sintonia, seguindo um mesmo plano e indo
num mesmo rumo.
A
fragilidade a que foi levada a Assembleia Legislativa, com o afastamento dos
deputados titulares dos cargos de presidente e primeiro secretário da Mesa
Diretora da Assembleia Legislativa deixando-os, naqueles cargos, de forma
interina, dois outros deputados, além de fragilizar a administração do Poder, o
coloca em defesa permanente contra os ataques frequentes e de toda ordem.
A
Assembleia Legislativa do Estado do Amapá, formada por 24 deputados que
representam a população de todo o Estado, eleitos, democraticamente, em
eleições regulares e por escolha do eleitor, considerado cidadão em condições
de representar todos, sem exceção.
Já
houve tempo para que as avaliações administrativas de comportamento estivessem
concluídas e as pendencias gerenciais, terminadas. Mesmo considerando as
questões judiciais em andamento.
Como
está não pode continuar. Nenhum deputado estadual tem suficiente autonomia e
pleno exercício administrativo, quando sabe que pode ter que devolver o cargo
ao titular a qualquer momento em que ele seja considerado apto a retomá-lo.
Responder
interinamente nada tem a ver com permanentemente, no pleno exercício de suas
funções.
Para as
decisões com repercussão imediata, até que é possível compreender, entretanto,
nada tem a ver isso com decisões de médio prazo ou de longo prazo. E a
significação de médio prazo ou de longo prazo para o poder legislativo é
limitado a um ano, exatamente o tamanho do período legislativo.
Então,
já está ou não, demorando a decisão que acabe com a substituição no caso dos
“impedimentos eventuais” atribuídos ao presidente e ao primeiro secretário da
Assembleia Legislativa do Amapá.
Até
para os que estão afastados do cargo de dirigentes da Mesa, mas que permanecem
no pleno exercício do cargo de deputado estadual, essa é uma situação que não
os deixa em condições de exercer, no limite de sua capacidade, o próprio cargo
de deputado estadual, demais importante para a população representada na Casa
de Leis.
Doutra
parte, os substitutos eventuais, não têm a segurança que precisa ter o
dirigente de um poder tão importante quando o Poder Legislativo.
Já
passou da hora da própria Assembleia Legislativa dar uma resposta para a
população, voltando a normalidade administrativa, para que possa exercer o
poder em sua plenitude.
Vale
dizer que a força do povo é correspondente à força dos seus representantes
políticos e que, por isso, a força do povo amapaense está prejudicada pela
indefinição administrativa na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.
Se essa
situação é boa para algum setor da administração, se pode garantir que é
péssima para a população, que não se vê representada, mas observa o esforço
muito grande de alguns deputados para manter os motores da assembleia funcionando,
pelo menos, a meia-força.
Mas não
basta só isso, pois qualquer dos poderes do Estado precisa estar não só
funcionando a toda a força, mas rendendo de forma eficiente para que o tempo e
o orçamento público não sejam desperdiçados em aplicações que não corresponda
aos interesses da população.
Já
passou da hora de ser resolvida, de forma definitiva, a pendencia do comando da
Assembleia Legislativa do Estado do Amapá, há quase dois anos sendo
administrada por deputados exercendo as principais funções de gestão de forma
interina.
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