Rodolfo Juarez
Os
gestores municipais, nesse momento, passam a impressão que se perderam e estão
sem saber o que fazer, no sentido de atender aos milhares de pedidos e
cobranças que lhes são feitos, todos os dias das mais diferentes partes ou
setores da cidade e do interior.
Não dá
para saber se estão presos no emaranhado de promessas feitas, quando da
campanha eleitoral, ou se se debatem com as modificações do humor de alguns
aliados, efetivos ou imaginários, que nem sempre se valem de comportamentos
democráticos para orientar os seus sonhos.
O clima
nunca esteve bom entre a população e os gestores municipais, mas agora, também
começa a fazer água a relação entre os gestores e os aliados que, de aliados,
já não têm nada ou têm pouquíssima coisa do que já tiveram.
A
administração tem colocado os gestores, pelo menos é o que parece, em
dificuldades para responder perguntas importantes e que exigem respostas
urgentes, inadiáveis, como é o caso da coleta de lixo domiciliar, que está
esbarrando em problemas que nada tem a ver com o passado e muito menos com o
valor. Tem sido travado por erros de pessoas que, ou não dão a orientação certa
ou entrega a providência para quem não está habilitado a desenvolver o processo
que culminaria com a contratação da empresa concessionária do serviço.
Isso
quer dizer que o setor operacional, para o qual está entregue a tarefa, não
pode agir, pois, não lhes são dados os instrumentos. Mesmo assim precisa haver
a compreensão de que essa tarefa tem que ser executada e, nesse caso, a
executora é a própria Prefeitura, não cabendo culpa para parceiros ou para o
passado.
Mas a
coleta de lixo domiciliar é apenas um ponto, importante, mas um ponto, e por
isso, devem os gestores permanecer atentos a tudo que se refere ao assunto, mas
lembrando de que outras tarefas aguardam por medidas igualmente importantes,
pois, afinal de contas, em se tratando de administração municipal, as
atribuições dos administradores são relevantes e importantes, todas elas.
Mesmo
que tenha que desfazer a teia fio a fio, mesmo que a concentração exigida seja
total, é preciso que as ações sejam continuadas, sem interrupção, pois, só
dessa maneira os munícipes poderão compreender os atrasos e, até, os malfeitos
ou a falta de tentativa.
Há 100
dias do término deste ano, há quem ainda lembre do prometido para ser realizado
nos primeiros 100 dias deste mesmo ano, eleito pela própria administração
municipal como o período em que, o que não pudesse ser feito, seria colocado no
trilho para que a viagem administrativa começasses e os resultados prometidos
aparecessem.
A
população, além de não acreditar mais em promessas, está desconfiando de tudo,
inclusive daquilo que entende ser possível realizar, mesmo que seja fruto de
uma promessa.
Todos
já têm tempo necessário para entender a administração municipal, mesmo para
aqueles que nada sabiam sobre o assunto. Já passou da hora de pedir as ajudas,
principalmente daqueles que podem e querem ajudar. Já passou o tempo de carência
que a população dá para todos aqueles que demonstram boa vontade com o serviço
público.
O tempo
que passou, passou. De nada adiantam as lamentações, as desculpas ou as
alegações de dificuldades. Afinal o eleitor confiou e a população concordou que
o programa apresentado era o melhor para o município de Macapá.
Não
deixar que a decepção tome conta da equipe precisa ser um projeto e cumprir,
pelo menos parte do prometido, o compromisso.
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