domingo, 22 de setembro de 2013

Nem do parceiro nem do passado

Rodolfo Juarez
Os gestores municipais, nesse momento, passam a impressão que se perderam e estão sem saber o que fazer, no sentido de atender aos milhares de pedidos e cobranças que lhes são feitos, todos os dias das mais diferentes partes ou setores da cidade e do interior.
Não dá para saber se estão presos no emaranhado de promessas feitas, quando da campanha eleitoral, ou se se debatem com as modificações do humor de alguns aliados, efetivos ou imaginários, que nem sempre se valem de comportamentos democráticos para orientar os seus sonhos.
O clima nunca esteve bom entre a população e os gestores municipais, mas agora, também começa a fazer água a relação entre os gestores e os aliados que, de aliados, já não têm nada ou têm pouquíssima coisa do que já tiveram.
A administração tem colocado os gestores, pelo menos é o que parece, em dificuldades para responder perguntas importantes e que exigem respostas urgentes, inadiáveis, como é o caso da coleta de lixo domiciliar, que está esbarrando em problemas que nada tem a ver com o passado e muito menos com o valor. Tem sido travado por erros de pessoas que, ou não dão a orientação certa ou entrega a providência para quem não está habilitado a desenvolver o processo que culminaria com a contratação da empresa concessionária do serviço.
Isso quer dizer que o setor operacional, para o qual está entregue a tarefa, não pode agir, pois, não lhes são dados os instrumentos. Mesmo assim precisa haver a compreensão de que essa tarefa tem que ser executada e, nesse caso, a executora é a própria Prefeitura, não cabendo culpa para parceiros ou para o passado.
Mas a coleta de lixo domiciliar é apenas um ponto, importante, mas um ponto, e por isso, devem os gestores permanecer atentos a tudo que se refere ao assunto, mas lembrando de que outras tarefas aguardam por medidas igualmente importantes, pois, afinal de contas, em se tratando de administração municipal, as atribuições dos administradores são relevantes e importantes, todas elas.
Mesmo que tenha que desfazer a teia fio a fio, mesmo que a concentração exigida seja total, é preciso que as ações sejam continuadas, sem interrupção, pois, só dessa maneira os munícipes poderão compreender os atrasos e, até, os malfeitos ou a falta de tentativa.
Há 100 dias do término deste ano, há quem ainda lembre do prometido para ser realizado nos primeiros 100 dias deste mesmo ano, eleito pela própria administração municipal como o período em que, o que não pudesse ser feito, seria colocado no trilho para que a viagem administrativa começasses e os resultados prometidos aparecessem.
A população, além de não acreditar mais em promessas, está desconfiando de tudo, inclusive daquilo que entende ser possível realizar, mesmo que seja fruto de uma promessa.
Todos já têm tempo necessário para entender a administração municipal, mesmo para aqueles que nada sabiam sobre o assunto. Já passou da hora de pedir as ajudas, principalmente daqueles que podem e querem ajudar. Já passou o tempo de carência que a população dá para todos aqueles que demonstram boa vontade com o serviço público.
O tempo que passou, passou. De nada adiantam as lamentações, as desculpas ou as alegações de dificuldades. Afinal o eleitor confiou e a população concordou que o programa apresentado era o melhor para o município de Macapá.

Não deixar que a decepção tome conta da equipe precisa ser um projeto e cumprir, pelo menos parte do prometido, o compromisso.

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