Rodolfo Juarez
São notórias
as dificuldades que Governo vem tendo para debater com os seus servidores,
implicando em adiamentos injustificados de discussões importantes, esgotamento
da paciência das lideranças sindicais e oportunismo de alguns no trato de
questões tão relevantes.
Isso mesmo:
relevantes: aliás, muito relevantes.
Faz tempo que
o “capital” humano passou a ser mais importante e decisivo do que o “capital”
dinheiro, ou o “capital” da estratégia, ou mesmo o “capital” da boa “visão
gerencial”.
As grandes
corporações – e o estado do Amapá é uma delas - precisam ser diferenciadas,
garantir a motivação dos seus colaboradores que, na gestão pública são os
servidores e funcionários públicos, elementos indispensáveis para fazer
funcionar a “maquina” estatal.
É na crise que
se evidenciam os talentos!
O Amapá, seja
nas entranhas do Governo ou fora dela, dispõe de talentos que precisam ser
exercitados, colocados à prova e não subestimados ou temidos.
A população
está em polvorosa com o atual estado de coisas. A falta de perspectiva e a
repetição de velhas fórmulas funcionam como sendo um freio muito forte a conter
todas as iniciativas que apresentam riscos.
E qual
atividade humana que não apresenta riscos?
A própria
administração pública é uma atividade cheia de riscos. Por isso os controles
que são instados e colocados para funcionar no sentido de conter os excessos e
evitar que as questões prejudiciais se instalem na administração.
Agora isso não
pode inibir a criatividade, a capacidade de inovar, mesmo que seja uma atitude
simples, mas se for inovadora, precisa ser apoiada, desenvolvida e colocada em
prática, avisando a todos de sua eficácia.
Os problemas
são sempre colocados como desculpas e não como uma retroalimentação do processo
para que não se repitam, ou seja, minimizados a níveis que podem ser
controlados sem causar os prejuízos que são alegados com grande frequência.
A receita
estatual, toda ela, não está dando para repetir as realizações de outros
períodos, então é importante que se recolham as armas, garantam o conhecimento
e passem a ser efetivos em ações proativas.
Ignorar a
realidade e, principalmente, que não está em condições de modificar essa
realidade com os instrumentos que dispõe, além de ser muito arriscado, em todos
os sentidos, é um tremendo equívoco.
O Amapá
precisa “nadar”, avançar para o seu futuro, resolvendo o seu presente e
deixando de reclamar do passado para o qual todos contribuíram: governantes,
população e imprensa. Cada qual com a sua fatia de contribuição.
É hora também
de declarar a culpa, reconhecer que errou e entender que o setor público da
sociedade não é um cabide de emprego ou lugar para agasalhar pessoas
despreparadas, inclusive para enfrentar o momento.
Não dá mais
para imaginar um estado virtual, aquele vivido pelos dirigentes públicos que, a
cada final de mês recebem salário suficiente para comer, beber, se divertir e
gozar, enquanto uma grande parte da população não sabe nem como vai fazer, logo
amanhã, para comer.
A situação do
Estado é grave e as consequências poderão ser desastrosas para dirigentes que
nada ou pouco tem a ver com a situação, inclusive os eleitos, principal vitrine
da sociedade que confiou na capacidade de cada um que escolheu para gerenciar
os interesses do Estado e, essencialmente, os seus próprios interesses.
Encontrar uma
desculpa para cada problema e fugir das decisões, por mais impactante que seja,
é a pior demonstração de fraqueza de um governante que precisa ser líder.
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