domingo, 28 de junho de 2015

Vexame verde e amarelo

Rodolfo Juarez
Nem mesmo a seleção brasileira conseguiu dar uma trégua na desconfiança geral que experimenta a população brasileira nos dias atuais devido às manchetes do petrolão, da inflação, da recessão, do desemprego e da corrupção.
Era tudo o que os administradores brasileiros, especialmente da União e da Confederação não queriam. Mas a mediocridade prevaleceu, a falta compromisso predominou e o resultado foi a desclassificação de uma competição continental. Nada daquelas que tem representante do outro lado do Atlântico ou dos países que ficam acima da Linha do Equador.
Os brasileiros da seleção de futebol foram incompetentes. E logo no momento de que tanto precisavam os que mandam no Brasil e no futebol brasileiro.
O placar, a forma ou as condições pouco importam nesse momento. Não há desculpa da altitude, de melhor condicionamento dos adversários ou da falta de mimos para os jogadores selecionados.
Foi ruindade mesmo!
E onde começa tudo isso?
Naturalmente que os problemas começam na estrutura administrativa do futebol, cheia de cartolas descomprometidos, onde a honestidade não é o forte.
O acontecido recentemente na Suíça, na sequência da Copa do Mundo realizada no Brasil, onde o povo espera pelo prometido e que foi catalogado como o “legado da Copa” para a população, é uma consequência.
Não teve legado nenhum para o povo. Mas se soube do “legado” que manteve o representante da administração do futebol brasileiro na Fifa preso em Genebra e a saída do ambiente da conferência do presidente da Confederação Brasileira, vindo se homiziar no Brasil, tomando a grande providência de mandar tirar o nome da “autoridade retida” da fachada do prédio que abriga – ou se esconde -, a CBF.
No campo o que se viu na Copa América, antes de começar a competição, foi um amontoado de jogadores, cada qual querendo aparecer individualmente, para garantir alguns euros a mais, de preferência.
O Brasil não se deu bem, mas o jogador Roberto Firmino, esse sim, não tem do que reclamar.
Dunga não conseguiu comandar a equipe. Preferiu olhar para trás no tempo e ver os jogos amistosos que havia ganhado e para cima, para ver nas cabines da TV Globo o seu parceiro: Galvão Bueno e seus miquinhos amestrados.
No campo um time indisposto, não reconhecendo a bola como instrumento de trabalho e aprimorando os acenos para os torcedores confiantes que sempre estão prontos à aplaudir.
Até a Venezuela que não tem o futebol como prioridade em seu amadorismo ou mesmo no profissionalismo bolivariano, ofereceu tanta resistência que só não ganhou o jogo e desclassificou o Brasil logo ali, porque não tinha confiança nas suas possibilidades e nem as informações da mediocridade do time brasileiro.
Os comentaristas que falam a verdade e não fantasiam para justificar as inverdades dos “donos” das transmissões exclusivas dos jogos, estão agradecendo aos paraguaios pelo que poderia ser a repetição do vexame havido na Copa da Fifa quando a seleção foi desmoralizada pela Alemanha.
A vez seria da Argentina. Pronta – ou quase – para tentar repetir a ocorrência daquela outra semifinal.

O vexame verde e amarelo não vai se repetir. Antes tinha uma seleção com razoáveis jogadores e muita disposição – a do Paraguai. 

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