terça-feira, 16 de junho de 2015

Trânsito: o nó está apertando.

Rodolfo Juarez
Há um descuido muito grande com relação à urgência como precisa ser tratado o sistema de acessibilidade urbana em Macapá e Santana, principalmente.
Ações isoladas, desgastantes e sem recursos de alguns setores não têm sido eficiente nas propostas de melhorias, mesmo nas situações pontuais.
A principal demonstração do problema está no trânsito onde, apesar do esforço de cada um, as ações são insuficientes para conter os problemas que, a cada ano, se agiganta e supera, quase que imediatamente, todas as medidas urgentes tomadas pelas autoridades do setor.
Tanto as vias urbanas quanto as rodovias municipais, estaduais e federais apresentam resultados que ficam fora dos objetivos dos microplanos que são feitos, apresentados, autorizados e colocado em prática pelos técnicos do setor.
Além disso, a questão da acessibilidade em geral e aquela decorrente do trânsito de veículos, motorizados ou não, está sendo cuidada – se é que se pode chamar de cuidado o que está acontecendo -, de forma isolada por setores dos governos municipais, estadual e federal, sem uma estratégia integrativa onde não haja o desperdício de esforços e dinheiro.
Um exemplo pode ser dado na solução adotada para o problema do trânsito de veículos na Rodovia Duca Serra com a colocação de sinalização semafórica. Não resta qualquer dúvida que foi uma tentativa de organizar o fluxo e aumentar a segurança dos condutores e pedestres naquela rodovia.
Esqueceram de que a sinalização precisa de manutenção e que a manutenção é feita com reposição de peças, conserto de equipamento e por pessoas habilitadas. Estas pessoas habilitadas não constam do quadro de colaboradores das unidades públicas e com um agravante de que se trata de uma sinalização especial, como exige o Código de Trânsito, e de responsabilidade do Estado deveria conservar, manter, atualizar as condições da estrada para que houvesse a redução dos acidentes.
O número de veículos no espaço de rolamento da rodovia continua aumentando e as condições de fiscalização, cuidado e manutenção dos responsáveis por esses serviços está parado, como medidas isoladas e sem qualquer resultado prático.
Todos os setores públicos que, direta ou indiretamente, têm a responsabilidade de adotar medidas para adequar a rodovia à sua atualidade, estão sem condições de agir e, mesmo assim, quando agem, o fazem de forma isolada, sem a reunião de esforços, técnicos e orçamentários, que possibilitem a efetividade das medidas.
Ainda tomando como exemplo o caso da sinalização semafórica da rodovia Dica Serra há de se colocar na grade de análise o problema das dívidas atrasadas com a empresa que foram contratada para a instalação e manutenção dos equipamentos de sinalização rodoviária.
Com essa deficiência os condutores, sempre apressados e desacostumados com o cenário atual, cometem infrações repetidas, utilizando o acostamento e, onde tem, a faixa de segurança da rodovia e, aqui e acolá, sendo punidos pela fiscalização de trânsito, quando são flagrados, multados e responsabilizados por uma situação para o qual não contribuíram e que já garante os recursos para a melhoria e atualização técnica da rodovia, quando pagam os seus tributos.

Os problemas decorrentes da acessibilidade do trânsito em Macapá e nas rodovias estaduais e federais precisam ser encarados, de frente, de forma organizada e com objetivos bem definidos para quando os outros carros que chegarem durante os próximos 5 anos não deem o nó que está sendo anunciado pelas próprias autoridades do trânsito daqui. 

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