Rodolfo Juarez
Há um
descuido muito grande com relação à urgência como precisa ser tratado o sistema
de acessibilidade urbana em Macapá e Santana, principalmente.
Ações
isoladas, desgastantes e sem recursos de alguns setores não têm sido eficiente
nas propostas de melhorias, mesmo nas situações pontuais.
A
principal demonstração do problema está no trânsito onde, apesar do esforço de
cada um, as ações são insuficientes para conter os problemas que, a cada ano,
se agiganta e supera, quase que imediatamente, todas as medidas urgentes
tomadas pelas autoridades do setor.
Tanto
as vias urbanas quanto as rodovias municipais, estaduais e federais apresentam
resultados que ficam fora dos objetivos dos microplanos que são feitos,
apresentados, autorizados e colocado em prática pelos técnicos do setor.
Além
disso, a questão da acessibilidade em geral e aquela decorrente do trânsito de
veículos, motorizados ou não, está sendo cuidada – se é que se pode chamar de cuidado
o que está acontecendo -, de forma isolada por setores dos governos municipais,
estadual e federal, sem uma estratégia integrativa onde não haja o desperdício
de esforços e dinheiro.
Um
exemplo pode ser dado na solução adotada para o problema do trânsito de
veículos na Rodovia Duca Serra com a colocação de sinalização semafórica. Não
resta qualquer dúvida que foi uma tentativa de organizar o fluxo e aumentar a
segurança dos condutores e pedestres naquela rodovia.
Esqueceram
de que a sinalização precisa de manutenção e que a manutenção é feita com
reposição de peças, conserto de equipamento e por pessoas habilitadas. Estas
pessoas habilitadas não constam do quadro de colaboradores das unidades
públicas e com um agravante de que se trata de uma sinalização especial, como
exige o Código de Trânsito, e de responsabilidade do Estado deveria conservar,
manter, atualizar as condições da estrada para que houvesse a redução dos
acidentes.
O
número de veículos no espaço de rolamento da rodovia continua aumentando e as
condições de fiscalização, cuidado e manutenção dos responsáveis por esses
serviços está parado, como medidas isoladas e sem qualquer resultado prático.
Todos
os setores públicos que, direta ou indiretamente, têm a responsabilidade de
adotar medidas para adequar a rodovia à sua atualidade, estão sem condições de
agir e, mesmo assim, quando agem, o fazem de forma isolada, sem a reunião de
esforços, técnicos e orçamentários, que possibilitem a efetividade das medidas.
Ainda
tomando como exemplo o caso da sinalização semafórica da rodovia Dica Serra há
de se colocar na grade de análise o problema das dívidas atrasadas com a
empresa que foram contratada para a instalação e manutenção dos equipamentos de
sinalização rodoviária.
Com
essa deficiência os condutores, sempre apressados e desacostumados com o
cenário atual, cometem infrações repetidas, utilizando o acostamento e, onde
tem, a faixa de segurança da rodovia e, aqui e acolá, sendo punidos pela
fiscalização de trânsito, quando são flagrados, multados e responsabilizados
por uma situação para o qual não contribuíram e que já garante os recursos para
a melhoria e atualização técnica da rodovia, quando pagam os seus tributos.
Os
problemas decorrentes da acessibilidade do trânsito em Macapá e nas rodovias
estaduais e federais precisam ser encarados, de frente, de forma organizada e
com objetivos bem definidos para quando os outros carros que chegarem durante
os próximos 5 anos não deem o nó que está sendo anunciado pelas próprias
autoridades do trânsito daqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário