sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Governo do Estado aumenta o Custo Amapá

Rodolfo Juarez
Esta semana o Governo do Estado instalou a Secretaria de Estado do Desenvolvimento das Cidades com uma proposta interessante para um estado que tem poucas áreas urbanas para cuidar, muitos problemas próprios dessas áreas para resolver e um compromisso de cuidar das pessoas e das cidades.
Até ai tudo perfeito!
Mas depois de instalada a secretaria que fora criada, no semestre passado, com autorização da Assembleia Legislativa, as interrogações apareceram para todos aqueles que reconhecem o período inapropriado para aumentar os gastos, seja com o que for, especialmente com pessoal, material e promessas.
A instalação foi cheia de pompa, com convidados especiais, presença dos prefeitos e uma lista de atribuições que para ser desenvolvida, que precisaria de orçamento que não tem e com falta de parâmetro para justificar tantos compromissos assumidos.
As atribuições que constam das justificativas enviadas à Assembleia Legislativa solicitando a autorização, mantidas na autorização, oficializadas na criação e anunciadas para os prefeitos poderiam ser, perfeitamente, exercidas pela Secretaria de Estado da Infraestrutura.
Aliás, na Secretaria de Infraestrutura havia um departamento, identificado como Departamento de Desenvolvimento Urbano, DDU, que executava o papel proposta para a Secretaria das Cidades de forma satisfatória contando ainda com os técnicos das diversas áreas da Engenharia e da Arquitetura, alguns especialmente preparados em cursos de Urbanismo, para apoiar o processo de execução.
Nos tempos de dificuldades que o Governo do Estado atravessa, segundo os responsáveis pelas áreas de planejamento, de finanças e de execução orçamentária do próprio Governo, momentos de profunda crise, onde há risco real de atraso de pagamento e absoluta necessidade de conter gastos, vem mais esse poço para sorver os recursos escassos com lotação de pessoal e material técnico específico e avançado de informática.
O gigantismo do Governo é espetacular e deixa qualquer um boquiaberto quando se depara com o tamanho do governo que tem uma cabeça muito maior que o corpo e, por isso, uma “barriga” sempre faminta, pronta para devorar tudo o que pode por conta das suas próprias necessidades.
Há quem interprete que a providência do governo tem dois objetivos: o primeiro é enfraquecer as atribuições do secretário de estado da infraestrutura e o segundo é dar ao amigo, que foi escolhido para secretário, o status que tinha na administração anterior e que dividiu o corpo técnico entre “amigos” e “não amigos” do Governo.
Agora o Estado conta com mais uma unidade específica, com secretário, com pessoal emprestado e com pouca capacidade de mobilização pela absoluta falta de recursos.
O governador perdeu a oportunidade de fazer economia e foi “na corda” daqueles que não conseguem compreender a situação de aperto que o Estado está passando e visando apenas dividendos (duvidosos!) eleitorais.
Não adianta nem desejar boa sorte, pois os indicadores estão dizendo que boa sorte se, no caso, for com relação a dinheiro público, não está do lado de ninguém, mas muito menos daqueles que são compreende que precisam agir com responsabilidade para contribuir com a necessária melhoria das condições de vida do povo do Amapá.
Só aqui no Amapá que, na crise, se aumenta gastos permanentes sem ter as condições que justifiquem o retorno.
Daqui a pouco vem com a desculpa de que precisa aumentar os impostos para que todos paguem os erros do governo.

Assim não dá. O Custo Amapá torna-se ainda maior! 

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