Rodolfo Juarez
Esta semana o
Governo do Estado instalou a Secretaria de Estado do Desenvolvimento das
Cidades com uma proposta interessante para um estado que tem poucas áreas
urbanas para cuidar, muitos problemas próprios dessas áreas para resolver e um
compromisso de cuidar das pessoas e das cidades.
Até ai tudo
perfeito!
Mas depois de
instalada a secretaria que fora criada, no semestre passado, com autorização da
Assembleia Legislativa, as interrogações apareceram para todos aqueles que
reconhecem o período inapropriado para aumentar os gastos, seja com o que for,
especialmente com pessoal, material e promessas.
A instalação
foi cheia de pompa, com convidados especiais, presença dos prefeitos e uma
lista de atribuições que para ser desenvolvida, que precisaria de orçamento que
não tem e com falta de parâmetro para justificar tantos compromissos assumidos.
As atribuições
que constam das justificativas enviadas à Assembleia Legislativa solicitando a
autorização, mantidas na autorização, oficializadas na criação e anunciadas
para os prefeitos poderiam ser, perfeitamente, exercidas pela Secretaria de
Estado da Infraestrutura.
Aliás, na
Secretaria de Infraestrutura havia um departamento, identificado como Departamento
de Desenvolvimento Urbano, DDU, que executava o papel proposta para a
Secretaria das Cidades de forma satisfatória contando ainda com os técnicos das
diversas áreas da Engenharia e da Arquitetura, alguns especialmente preparados
em cursos de Urbanismo, para apoiar o processo de execução.
Nos tempos de
dificuldades que o Governo do Estado atravessa, segundo os responsáveis pelas
áreas de planejamento, de finanças e de execução orçamentária do próprio
Governo, momentos de profunda crise, onde há risco real de atraso de pagamento
e absoluta necessidade de conter gastos, vem mais esse poço para sorver os
recursos escassos com lotação de pessoal e material técnico específico e
avançado de informática.
O gigantismo
do Governo é espetacular e deixa qualquer um boquiaberto quando se depara com o
tamanho do governo que tem uma cabeça muito maior que o corpo e, por isso, uma
“barriga” sempre faminta, pronta para devorar tudo o que pode por conta das
suas próprias necessidades.
Há quem
interprete que a providência do governo tem dois objetivos: o primeiro é
enfraquecer as atribuições do secretário de estado da infraestrutura e o
segundo é dar ao amigo, que foi escolhido para secretário, o status que tinha
na administração anterior e que dividiu o corpo técnico entre “amigos” e “não
amigos” do Governo.
Agora o Estado
conta com mais uma unidade específica, com secretário, com pessoal emprestado e
com pouca capacidade de mobilização pela absoluta falta de recursos.
O governador
perdeu a oportunidade de fazer economia e foi “na corda” daqueles que não
conseguem compreender a situação de aperto que o Estado está passando e visando
apenas dividendos (duvidosos!) eleitorais.
Não adianta
nem desejar boa sorte, pois os indicadores estão dizendo que boa sorte se, no
caso, for com relação a dinheiro público, não está do lado de ninguém, mas
muito menos daqueles que são compreende que precisam agir com responsabilidade
para contribuir com a necessária melhoria das condições de vida do povo do
Amapá.
Só aqui no
Amapá que, na crise, se aumenta gastos permanentes sem ter as condições que
justifiquem o retorno.
Daqui a pouco
vem com a desculpa de que precisa aumentar os impostos para que todos paguem os
erros do governo.
Assim não dá.
O Custo Amapá torna-se ainda maior!
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