sábado, 29 de agosto de 2015

O puxa-saco

Rodolfo Juarez
Não sou adepto da máxima popular de que “é melhor puxar saco do que puxar carroça”, muito embora reconheça que são muitos os que aderem, voluntariamente, a primeira hipótese (puxar saco)
O puxa-saco, ou o bajulador ou bajuladora, é um indivíduo cheio de nocividade para a sociedade e para o grupo que se insere, às fezes depois de muito “batalhar”, especialmente quando a motivação principal tem a ver com a política eleitoral.
Entende o auxiliar puxa-saco que o seu “chefe” de plantão gosta desse tipo de “agrado” e se joga, profissionalmente, na atividade de bajulador, sem se importar com o desagrado que coloca em sua volta.
Para alguns puxar saco, é a única forma de formar em um “time” e ser escalado para “jogar”; para outros, aqueles que nem se preocupam estar naquele “time”, o que sobra é todo o tempo para estar esperando que o “chefe” diga alguma coisa, seja o que for, inclusive asneira, para que ele repita, de forma amplificada e irradiando para todos os lugares onde a “notícia importante” não tenha chegado ou encontrado algum interessado.
Mas o puxa-saco é dose!
Você conhece algum puxa-saco?
Se não, identifique um e analise cuidadosamente. Procure entender a motivação que ele tem e vai se surpreender com o que vai apurar.
Se já identificou, catalogue pelo menos 10 condutas do puxa-sado (!) e procure entender os motivos.
Alguns interpretações são absolutamente compatíveis com o perfil do puxa-saco: incompetente, frustrado, sem iniciativa e uma necessidade imensa de agradar os estranhos “chefes” que encontra pela vida.
A certeza é que o puxa-saco é previsível, isto é, ele dá todas as pistas de comportamento e se posiciona sempre no ângulo de visão que permite que o “chefe” o veja.
Agora não espere dele que vá enfrentar um problema pelo “chefe”. Não! Nestes casos é o primeiro que desaparece.
Os puxa-sacos têm mais espaço no ambiente político e ele tem preferência pelo político que tenha mandato. Ele está sempre disposto a servir, seja do que for, inclusive de palhaço para encobrir a sua frustração de não conseguir ser o que queria.
Para alguns indivíduos ser puxar-saco tem dado resultado, tanto que conseguem passar todo o tempo de um mandato exercendo o seu papel de puxa-saco e não cansa. Está sempre disponível para fazer “qualquer coisa” muito embora nunca lhe seja confiado nada que exija raciocínio, conhecimento, inventividade ou inovação.
Habilidoso no trato com o “chefe” chega a exageros que nem percebe e a estar disponível durante o tempo ocioso daquele que escolheu para “puxar”.
Claro que ninguém quer sair por ai escolhendo puxar carroça, mas, aqueles que fazem isso estão esperando só uma oportunidade para mudar de “profissão”.
Aliás, alguém conhece um puxador de carroça?
Se a resposta for não, entenda que se trata de uma questão de oportunidade, pois, até mesmo o puxa-saco tem encontrado dificuldade para identificar o seu “chefe” e o puxador de carroça, tem dificuldades, mas prioriza a dignidade para suprir as suas necessidades.
Se só houvesse essas duas alternativas para um indivíduo - puxar saco ou puxar carroça -, seria muito mais fácil identificar 10 indivíduos que optariam por puxar sado, do que 10 indivíduos que prefeririam puxar carroça.

Pense nisso!  

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