sábado, 1 de agosto de 2015

Os predadores sociais

Rodolfo Juarez
As férias do meio do ano estão se completando, os que aqui ficaram para receber os visitantes, já começam a viver a ausência de amigos e amigas e os que foram para fora do Estado já estão chegando para retomar a rotina do que têm que fazer por aqui.
Tudo uma questão de oportunidade em nome da necessidade de respirar novos ares e reabastecer as “baterias”.
Parece até que se trata de uma cortina social, onde muitos, por diferentes motivos, acabam se ausentando do ambiente de trabalho e social em que passam a maior parte do ano, para garantir as estórias, pelos menos durante os primeiros dias do retorno.
Nesse momento a vertente das conversas é a crise que se instalou no país e que está deixando histórias diferentes em cada ambiente e interpretações diferentes por parte de cada um daqueles que se dispõe a analisar o cotidiano.
O fato é que as dificuldades aumentaram para todos e as perspectivas não são as melhores, exigindo que as pessoas se instalem nas cidades de verdade e não sonhem com as fantasias, como as preferidas pelos marqueteiros dos dirigentes sociais.
Imaginar uma “pátria educadora” nas condições que são propostas pelos dirigentes da educação nacional, é um desafio à inteligência de cada brasileiro que está ficando cansado de ser engano.
Mas a “pátria educadora” é só um dos muitos motivos para irritar a população que já não aceita o preconceito que os gestores públicos têm com a eficiência, esse princípio constitucional que o legislador fez questão de evidenciar na Constituição Federal de 88, sem qualquer disfarce, deixando clara a necessidade de ser, esse ponto, levado em consideração.
Mas que nada. Mesmo com todos os limites conhecidos, ninguém trata bem a eficiência que padece de esquecimento ou mesmo da ignorância proposital daqueles que deveriam não só tornar rotina a avaliação com base na eficiência, mas difundi-la para todas as ações dos nacionais.
Os professores – aliás, essa parada do meio do ano é dos professores -, devem vir com o ânimo renovado para preparar os seus alunos nas condições exigidas para assumir as responsabilidades sociais que estão abaladas pela corrupção que insiste em permanecer nas entranhas da administração nacional.
Ninguém sabe mais em quem confiar. Boa parte dos engravatados estão se revelando predadores sociais, se valendo do oportunismo, para garantir as suas riquezas materiais, nem que as emocionais estejam correndo riscos imensuráveis e absolutamente incompatíveis com quilo que, aquela pessoa, representava para a sociedade.
O país está se mostrando absolutamente consumido, por dentro e por fora, com os seus agentes públicos e os agentes privados que movem a economia, mesmo que ainda tenha força para fazer a zoada, mas sempre com a desconfiança nos interlocutores de que não será garantida a condição para completar uma limpeza.
Não que falte disposição, mas que os alicerces de algumas instituições estejam apodrecidos e sustentados por teorias anacrônicas, intestina e sem qualquer condição de ser compreendida pela maioria da população que quer que os seus representantes e dirigentes sejam apenas práticos o suficientes para atender ao que a população deseja.

A volta das férias, mesmo aquelas que foram feitas na base do cartão de crédito ou do financiamento a longo prazo ou através de consignado, deve ser de renovação, com novas exigências, para alcançar os objetivos de um país organizado, sem inflação, e com um estado maltratado, com qualidade de vida e garantias para o futuro das novas gerações.

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