Rodolfo Juarez
As férias do
meio do ano estão se completando, os que aqui ficaram para receber os
visitantes, já começam a viver a ausência de amigos e amigas e os que foram
para fora do Estado já estão chegando para retomar a rotina do que têm que
fazer por aqui.
Tudo uma
questão de oportunidade em nome da necessidade de respirar novos ares e
reabastecer as “baterias”.
Parece até que
se trata de uma cortina social, onde muitos, por diferentes motivos, acabam se
ausentando do ambiente de trabalho e social em que passam a maior parte do ano,
para garantir as estórias, pelos menos durante os primeiros dias do retorno.
Nesse momento
a vertente das conversas é a crise que se instalou no país e que está deixando
histórias diferentes em cada ambiente e interpretações diferentes por parte de
cada um daqueles que se dispõe a analisar o cotidiano.
O fato é que
as dificuldades aumentaram para todos e as perspectivas não são as melhores,
exigindo que as pessoas se instalem nas cidades de verdade e não sonhem com as
fantasias, como as preferidas pelos marqueteiros dos dirigentes sociais.
Imaginar uma
“pátria educadora” nas condições que são propostas pelos dirigentes da educação
nacional, é um desafio à inteligência de cada brasileiro que está ficando
cansado de ser engano.
Mas a “pátria
educadora” é só um dos muitos motivos para irritar a população que já não
aceita o preconceito que os gestores públicos têm com a eficiência, esse
princípio constitucional que o legislador fez questão de evidenciar na
Constituição Federal de 88, sem qualquer disfarce, deixando clara a necessidade
de ser, esse ponto, levado em consideração.
Mas que nada.
Mesmo com todos os limites conhecidos, ninguém trata bem a eficiência que
padece de esquecimento ou mesmo da ignorância proposital daqueles que deveriam
não só tornar rotina a avaliação com base na eficiência, mas difundi-la para
todas as ações dos nacionais.
Os professores
– aliás, essa parada do meio do ano é dos professores -, devem vir com o ânimo
renovado para preparar os seus alunos nas condições exigidas para assumir as
responsabilidades sociais que estão abaladas pela corrupção que insiste em
permanecer nas entranhas da administração nacional.
Ninguém sabe
mais em quem confiar. Boa parte dos engravatados estão se revelando predadores
sociais, se valendo do oportunismo, para garantir as suas riquezas materiais,
nem que as emocionais estejam correndo riscos imensuráveis e absolutamente
incompatíveis com quilo que, aquela pessoa, representava para a sociedade.
O país está se
mostrando absolutamente consumido, por dentro e por fora, com os seus agentes
públicos e os agentes privados que movem a economia, mesmo que ainda tenha
força para fazer a zoada, mas sempre com a desconfiança nos interlocutores de
que não será garantida a condição para completar uma limpeza.
Não que falte
disposição, mas que os alicerces de algumas instituições estejam apodrecidos e
sustentados por teorias anacrônicas, intestina e sem qualquer condição de ser
compreendida pela maioria da população que quer que os seus representantes e
dirigentes sejam apenas práticos o suficientes para atender ao que a população
deseja.
A volta das
férias, mesmo aquelas que foram feitas na base do cartão de crédito ou do
financiamento a longo prazo ou através de consignado, deve ser de renovação,
com novas exigências, para alcançar os objetivos de um país organizado, sem
inflação, e com um estado maltratado, com qualidade de vida e garantias para o
futuro das novas gerações.
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