Rodolfo Juarez
Os
tempos de crise são propícios para o exercício da criatividade, da
inventividade, da inovação.
Ora,
como estamos experimentando, mais uma vez, esse tempo no Estado do Amapá,
então, teoricamente, as condições estariam apropriadas para esse exercício e
até os testes dos modelos que poderiam facilitar a recuperação da confiança e
da eficácia administrativa local.
Não tem
no Amapá um empreendimento maior do que o Governo do Estado. Todos os outros,
públicos, meio públicos ou não públicos, não chegam perto do que representa o
Governo do Estado.
Basta
essa constatação para que se dê muita atenção ao que está acontecendo – ou já
aconteceu – exigindo de cada um, atenção sobre tudo o que faz e não faz essa
instituição, responsável principal pela qualidade de vida da população.
Ninguém
pode se considerar alheio ao que definem os agentes públicos estaduais. É preciso
atenção desde a formatação dos planos e projetos, definição das atividades ou
prioridades dadas pelos que assumem a responsabilidade dos resultados.
Historiando
a administração do governo anterior e analisando os primeiros meses do governo
atual, os resultados não são bons, especialmente considerando os serviços
prestados e os investimentos feitos.
Há
falhas!
Onde
estão essas falhas?
Isso se
constitui em um grande problema. Ninguém consegue descobri, por dentro do
Governo, onde estão essas falhas.
A avaliação
externa, construída pelos analistas do cotidiano, ao que parece, não têm sido
suficientes para influenciar nas tomadas de decisão dos agentes públicos que
assumiram a responsabilidade de gerir os interesses do Estado. Há uma espécie
de aceitação, sem cobrança, dos resultados alcançados.
Não
falo das cobranças políticas ou politiqueiras, essas acabam funcionando até
como justificativa para os erros cometidos, como se fosse aceitável errar
tanto.
Falo
isso sim, daqueles que mesmo percebendo os erros, preferem calar, imaginando
que assim, no seu canto, estão fazendo o que melhor podem oferecer para o povo
que está precisando de quase tudo.
As
organizações da sociedade civil estão desativadas ou sufocadas por um histórico
de espera permanente de que as questões de interesse do Estado melhorem.
Os
cargos políticos devem ser preenchidos pelos melhores que se apresentam para a
população, esses até entendo que estão sendo resultado da democracia que
defendemos, do país que vivemos e do estado que queremos que seja ativo,
participativo, eficiente e impessoal.
Entre
as organizações civis, as organizações empresariais, ao contrário do que a
sociedade espera, estão se alinhando às proposta políticas e, com isso,
prejudicando a sua principal finalidade que é a luta pela melhoria da qualidade
de vida da população.
Uma
organização empresarial só pode contribuir com a sociedade estando fora da
linha de ação do Governo para se assumir a sua posição, questionar as decisões
dos setores públicos, propor modificações, sem ter que se preocupar se vai ou
agradar o governador ou o secretário.
O
Governo do Estado dispõe de 5 bilhões de reais para gastar em 12 meses, a cada
ano. E gasta. Mal, mas gasta.
Que bom
seria se esse dinheiro todo fosse aplicado mais democraticamente, realizando
serviços e investimento que atendesse a mais pessoas, dando o sentido da
amplitude das propostas.
Mas faz
tempo que isso não acontece!
As
crises internas e a pressão externa têm sido predominante nas administrações
dos órgãos que foram imaginados no sentido de tornar robusto o Estado. As
relações de faz de conta que alguns órgãos do estado têm uns com os outros,
prejudicam a eficiência dos resultados e deixa, cada vez mais, a população
distante dos seus objetivos e as organizações em dificuldades.
Mudar o
conceito é muito mais importante do que mudar as pessoas.
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