quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

A Regra do Jogo para prefeito de Macapá

Rodolfo Juarez
A movimentação tímida do final do ano passado com relação às eleições municipais em Macapá e nos demais municípios do estado, agora é escancarada. Todo mundo entendeu que não há tempo a perder, ou melhor, que o tempo que foi perdido, escondendo o jogo, agora não tem mais sentido.
O trabalho político feito pelo atual prefeito da Capital foi eficiente, pois, ao mesmo tempo em que arrumava a sua equipe de gestão, conquistava a simpatia dos partidos nos momentos em que mais os seus dirigentes precisavam de afago, de carinho e de respeito.
Foi assim com o PC do B e o Milhomen, com o PSDB e o Luiz Carlos, com o PT (ou a ala que ela orienta) e Dalva Figueiredo, além das conquistas conseguidas dentro do parlamento municipal, também com duplo sentido, pois, ao mesmo tempo, assegurava a maioria, ganhava um aliado para a campanha da reeleição.
O trabalho foi contínuo e sem muito alarde pegando, de certa forma, os adversários de surpresa, não deixando tempo para que a sua base fosse impedida de crescer e a reeleição fosse viabilizada.
Quem quiser agora, que corra a trás!
Houve reforço na equipe técnica da gestão, tanto no aspecto da competência com no aspecto social, este contando com a participação efetiva da comunidade que se sentiu partícipe das realizações da prefeitura.
Então, do lado da prefeitura de Macapá tudo arranjado para começar a campanha, cabendo ainda as medidas de urgência para manter a vantagem que conquistou enquanto os outros estavam ocupados ou não encontravam o caminho que levasse a uma oposição que pudesse render frutos eleitorais.
Quando começou o ano de 2016 e as atenções de todos, inclusive da oposição se voltaram para as eleições municipais e que os potenciais adversários começaram a reconhecer o preparo a que o prefeito Clécio havia submetido a sua equipe política para as disputas de outubro.
Foi nesse momento que o PDT do governador Waldez acordou, de verdade, para a eleição municipal, muito embora esteja ainda sonolento devido a ressaca do Poder que ocupa a maior parte do tempo dos dirigentes daquele partido.
Os aliados não. Eles passaram a cobrar mais incisivamente dos dirigentes do PDT um comportamento eleitoral, ou seja, ou comportamento que leve o governo do estado a ser simpático para a população, resolvendo os mínimos problemas ou, pelo menos, anunciado que tem vontade de resolver.
O raio X feito do cenário atual anunciava que não havia tempo para especulações e as definições teriam que ser tomadas imediatamente, sem dúvida e com a firmeza que a situação exige.
A ida de Jorge Amanajás para a Secretaria de Infraestrutura o elimina de todas as possibilidades da disputa, retirando de cena um candidato que sempre era lembrado para quase todas as composições da turma da harmonia.
Sem Jorge Amanajás no tabuleiro da escolha, apareceram fortes os candidatos do PMDB e do PDT, uma vez que o PP, o primo pobre da coligação que venceu a eleição para o Governo, pesa quase nada.
O PMDB trabalha a candidatura de Gilvan Borges, o presidente do partido, e o PDT tem como principal nome o deputado federal Roberto Góes que tem dito que não vai disputar o pleito e, correndo por fora, o novo filiado do partido, o vereador e ex-prefeito João Henrique.
E ainda tem o candidato do PSB e os candidatos dos outros partidos. O PSB no dilema de disputar a eleição e não ganhar a Prefeitura de Macapá, neste caso estaria criando uma imensa barreira para a reeleição de João Capiberibe em 2018.
Com relação aos outros, o nome citado é o do Promotor Moisés e de Aline Gurgel, aquele teve uma boa votação para o Senado, gostou e tem garantido que vai ser candidato.
A eleição municipal, no primeiro turno de votação acontecerá no dia 2 de outubro e o segundo turno, se houver, será no dia 30 de outubro. 

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