Rodolfo
Juarez
A
movimentação tímida do final do ano passado com relação às eleições municipais
em Macapá e nos demais municípios do estado, agora é escancarada. Todo mundo
entendeu que não há tempo a perder, ou melhor, que o tempo que foi perdido,
escondendo o jogo, agora não tem mais sentido.
O
trabalho político feito pelo atual prefeito da Capital foi eficiente, pois, ao
mesmo tempo em que arrumava a sua equipe de gestão, conquistava a simpatia dos
partidos nos momentos em que mais os seus dirigentes precisavam de afago, de
carinho e de respeito.
Foi
assim com o PC do B e o Milhomen, com o PSDB e o Luiz Carlos, com o PT (ou a
ala que ela orienta) e Dalva Figueiredo, além das conquistas conseguidas dentro
do parlamento municipal, também com duplo sentido, pois, ao mesmo tempo,
assegurava a maioria, ganhava um aliado para a campanha da reeleição.
O
trabalho foi contínuo e sem muito alarde pegando, de certa forma, os
adversários de surpresa, não deixando tempo para que a sua base fosse impedida
de crescer e a reeleição fosse viabilizada.
Quem
quiser agora, que corra a trás!
Houve
reforço na equipe técnica da gestão, tanto no aspecto da competência com no
aspecto social, este contando com a participação efetiva da comunidade que se
sentiu partícipe das realizações da prefeitura.
Então,
do lado da prefeitura de Macapá tudo arranjado para começar a campanha, cabendo
ainda as medidas de urgência para manter a vantagem que conquistou enquanto os
outros estavam ocupados ou não encontravam o caminho que levasse a uma oposição
que pudesse render frutos eleitorais.
Quando
começou o ano de 2016 e as atenções de todos, inclusive da oposição se voltaram
para as eleições municipais e que os potenciais adversários começaram a
reconhecer o preparo a que o prefeito Clécio havia submetido a sua equipe
política para as disputas de outubro.
Foi
nesse momento que o PDT do governador Waldez acordou, de verdade, para a
eleição municipal, muito embora esteja ainda sonolento devido a ressaca do
Poder que ocupa a maior parte do tempo dos dirigentes daquele partido.
Os
aliados não. Eles passaram a cobrar mais incisivamente dos dirigentes do PDT um
comportamento eleitoral, ou seja, ou comportamento que leve o governo do estado
a ser simpático para a população, resolvendo os mínimos problemas ou, pelo
menos, anunciado que tem vontade de resolver.
O raio
X feito do cenário atual anunciava que não havia tempo para especulações e as
definições teriam que ser tomadas imediatamente, sem dúvida e com a firmeza que
a situação exige.
A ida
de Jorge Amanajás para a Secretaria de Infraestrutura o elimina de todas as
possibilidades da disputa, retirando de cena um candidato que sempre era
lembrado para quase todas as composições da turma da harmonia.
Sem
Jorge Amanajás no tabuleiro da escolha, apareceram fortes os candidatos do PMDB
e do PDT, uma vez que o PP, o primo pobre da coligação que venceu a eleição
para o Governo, pesa quase nada.
O PMDB
trabalha a candidatura de Gilvan Borges, o presidente do partido, e o PDT tem
como principal nome o deputado federal Roberto Góes que tem dito que não vai
disputar o pleito e, correndo por fora, o novo filiado do partido, o vereador e
ex-prefeito João Henrique.
E ainda
tem o candidato do PSB e os candidatos dos outros partidos. O PSB no dilema de
disputar a eleição e não ganhar a Prefeitura de Macapá, neste caso estaria
criando uma imensa barreira para a reeleição de João Capiberibe em 2018.
Com
relação aos outros, o nome citado é o do Promotor Moisés e de Aline Gurgel,
aquele teve uma boa votação para o Senado, gostou e tem garantido que vai ser
candidato.
A
eleição municipal, no primeiro turno de votação acontecerá no dia 2 de outubro
e o segundo turno, se houver, será no dia 30 de outubro.
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