domingo, 31 de janeiro de 2016

Macapá aos 258 anos

Rodolfo Juarez
Macapá, capital do Estado do Amapá, completa na próxima quinta-feira, dia 4 de fevereiro, 258 anos de fundação. Um momento para reflexão sobre tudo o que está acontecendo naquela que já foi conhecida como a Cidade Jóia da Amazônia.
Está claro que alguma coisa aconteceu nesse período de cidade jóia. Até agora quando alguns princípios fundamentais foram ficando pelo caminho sem qualquer possibilidade de recuperação.
Perdemos, ao que parece, a capacidade de querer uma cidade melhor e esquecemo-nos de postular por direitos que temos, por exemplo, com relação à qualidade de vida.
Os representantes que a população do município de Macapá escolhe para postular, em seu nome, na Câmara Municipal de Macapá têm preferido alinhar-se ao prefeito – o escolhido para administrar os interesses da população – sem exercer as suas atribuições e permitindo não apenas o desgaste natural pelo tempo, mas os desacertos nas propostas de gestão que são apresentadas.
Mesmo com todos eles conhecendo a importância da coleta, transporte e destino final do esgoto sanitário, nenhum deles, objetivamente, vereador ou prefeito desses últimos 20 anos, reage ao abandono que está relegado o projeto de esgoto para Macapá, pouco importando se quem cobra é a companhia de águas e quem paga é a população.
Macapá passou a ser uma cidade doente, com muitos dos seus moradores precisando de atendimento médico e da confiança nesse atendimento. Os locais até que existem, mas não ganharam a atenção devida dos gestores que continuam, a cada mandato, sendo a fotografia da personalidade de cada um dos gestores.
Macapá já passou dos 440 mil habitantes e ainda trabalha como se fôssemos 200 mil, deixando nos cálculos de atendimento mais da metade dessa população desassistida, desde a coleta do lixo, até as sugestões técnicas para as áreas de expansão onde poderia receber os novos moradores.
Vias maltratadas, sistema de transporte precário e sem abrigos ou terminais ajustados com a modernidade. Sinalização de baixa qualidade, para uma cidade plana e favorável ao oferecimento de serviços urbanos de qualidade que, entretanto sofre com o maltrato dispensado aos canais de drenagem e ao sistema de drenagem.
Uma cidade sem um parque ecológico, mesmo sendo a capital do Estado mais preservado da Amazônia, sem praças nos bairros que surgem mais distantes do centro da cidade e, ainda, deixando de cuidar do seu mais belo cartão postal: a Praça do Parque do Forte São José ou Lugar Bonito
Aqueles que têm a responsabilidade de fazer com que a população adote a cidade como um dos seus amores, não conseguem, sequer, melhorar os serviços básicos muito embora não execute os serviços de água e de esgoto, por isso se exonera da responsabilidade ficando sem dizer o que quer e o que pretende para o povo da cidade.
Os esforços ficam nos limites do prédio da prefeitura. Dá a impressão que falta tempo para tratar do futuro ou que o presente é suficiente para as pretensões do gestor que não se vê como um bem querente da cidade.
É isso mesmo!
No dia que o prefeito e os vereadores se dispuserem a demonstrar que gostam de Macapá, nesse dia saberão encontrar os caminhos para o desenvolvimento e serão reconhecidos pela população.

Neste momento, os vereadores preferem ser reconhecidos pelo prefeito e o prefeito, pelos sues auxiliares e parceiros do grupo político.

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