Rodolfo
Juarez
Será
que ainda cabe ser condescendente com o administrador público que se mostra
irresponsáveis com os interesses da população?
Parece
que sim!
A
população é sempre tida pelos administradores públicos, com as honrosas
exceções para justificar a regra, com possível de manobrar, enganar, iludir e
fazer dela um instrumento de legalização de suas propostas indecentes e que
sabe não estarem de acordo com os interesses da maioria e sim com os interesses
de alguns.
Vários
são os aspectos da Administração Pública no Amapá mostra que esse costume está
arraigado nos escaninhos do poder e que confronta os avanços que estão nas
leis, regulamentos, orientações e recomendações.
Alguns
agentes públicos não entendem que, enquanto não estão realizando o que a
população quer, não estão fazendo nada, ou pior, estão piorando as condições de
que essa mesma população dispõe.
Assuntos
como criança, juventude, idoso, minorias afinal, são tratados como se a
Administração estivesse fazendo um favor e não uma obrigação. Mesmo levando
essas minorias para os encontros de “planejamento” que colocam os mais
diferentes nomes, mas aquele que tem mais apelo é o “orçamento participativo”
que nada garante para a população, mas dá discurso para o político que está na
eventualidade de um mandato ou de um cargo público.
O
limite é o recurso disponível que, naturalmente pode ser subtraído ou aumentado
conforme a necessidade do eventual plano que se tenha para desenvolver.
As
reclamações dos dirigentes dos conselhos de idosos, conselhos da criança e dos
adolescentes, e tantos outros conselhos que têm composição paritária, com
agentes do setor público e agentes do setor não público, e que só é assim
porque a lei manda e se assim não fizer os recursos federais podem ser
bloqueados, ter fluxo interrompido, entre outras punições.
Inteligentemente
as regras mandam que em períodos alternados sejam exercidos os cargos de mando
por pessoa oriunda de cada um dos setores. Quando a direção é do setor público
há uma debandada dos representantes da sociedade organizada e o dirigente culpa
os membros da sociedade pelas faltas, mesmo sabendo que o transporte é difícil
e caro, o local não foi discutido com todos, e a ele, representante social, não
foi dado o devido valor.
A
impressão que se tem é que o erro está entranha da Administração Pública e,
principalmente no Executivo que, quanto mais representativo, mais anônimo e
mais longe do povo e quer se manter, ao que parece, mais para esconder as suas
decisões do que para cumprir um cronograma ou plano de trabalho estabelecido.
O tempo
passa e o costume se agarra, através das pessoas, nos erros. Basta observar a
linguagem e procurar entender por que, por exemplo, se diz que o “orçamento do
governo só abre em março”.
Isso
não tem motivo. Vivemos em um mundo informatizado onde os bancos dão exemplo de
eficácia e nem param mais um dia todo para fazer o seu fechamento de balanço no
dia 31 de dezembro.
Ora, sé
é assim para o sistema bancário, porque não poderia ser também assim para o
sistema público?
Todos
sabem que o prejudicado é o povo, exatamente aquele povo de onde saem os
eleitores que vão escolher os seus representantes e administradores.
Deu
para perceber?
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