segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Administração pública: quanto mais confusa, melhor para quem?

Rodolfo Juarez
Será que ainda cabe ser condescendente com o administrador público que se mostra irresponsáveis com os interesses da população?
Parece que sim!
A população é sempre tida pelos administradores públicos, com as honrosas exceções para justificar a regra, com possível de manobrar, enganar, iludir e fazer dela um instrumento de legalização de suas propostas indecentes e que sabe não estarem de acordo com os interesses da maioria e sim com os interesses de alguns.
Vários são os aspectos da Administração Pública no Amapá mostra que esse costume está arraigado nos escaninhos do poder e que confronta os avanços que estão nas leis, regulamentos, orientações e recomendações.
Alguns agentes públicos não entendem que, enquanto não estão realizando o que a população quer, não estão fazendo nada, ou pior, estão piorando as condições de que essa mesma população dispõe.
Assuntos como criança, juventude, idoso, minorias afinal, são tratados como se a Administração estivesse fazendo um favor e não uma obrigação. Mesmo levando essas minorias para os encontros de “planejamento” que colocam os mais diferentes nomes, mas aquele que tem mais apelo é o “orçamento participativo” que nada garante para a população, mas dá discurso para o político que está na eventualidade de um mandato ou de um cargo público.
O limite é o recurso disponível que, naturalmente pode ser subtraído ou aumentado conforme a necessidade do eventual plano que se tenha para desenvolver.
As reclamações dos dirigentes dos conselhos de idosos, conselhos da criança e dos adolescentes, e tantos outros conselhos que têm composição paritária, com agentes do setor público e agentes do setor não público, e que só é assim porque a lei manda e se assim não fizer os recursos federais podem ser bloqueados, ter fluxo interrompido, entre outras punições.
Inteligentemente as regras mandam que em períodos alternados sejam exercidos os cargos de mando por pessoa oriunda de cada um dos setores. Quando a direção é do setor público há uma debandada dos representantes da sociedade organizada e o dirigente culpa os membros da sociedade pelas faltas, mesmo sabendo que o transporte é difícil e caro, o local não foi discutido com todos, e a ele, representante social, não foi dado o devido valor.
A impressão que se tem é que o erro está entranha da Administração Pública e, principalmente no Executivo que, quanto mais representativo, mais anônimo e mais longe do povo e quer se manter, ao que parece, mais para esconder as suas decisões do que para cumprir um cronograma ou plano de trabalho estabelecido.
O tempo passa e o costume se agarra, através das pessoas, nos erros. Basta observar a linguagem e procurar entender por que, por exemplo, se diz que o “orçamento do governo só abre em março”.
Isso não tem motivo. Vivemos em um mundo informatizado onde os bancos dão exemplo de eficácia e nem param mais um dia todo para fazer o seu fechamento de balanço no dia 31 de dezembro.
Ora, sé é assim para o sistema bancário, porque não poderia ser também assim para o sistema público?
Todos sabem que o prejudicado é o povo, exatamente aquele povo de onde saem os eleitores que vão escolher os seus representantes e administradores.

Deu para perceber?

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